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Veja os 10 carros automáticos mais econômicos do Brasil

Listamos os 10 modelos automáticos à venda que tiveram melhor desempenho em nosso teste de consumo. Spoiler: todos são eletrificados

Por João Vitor Ferreira
3 nov 2024, 12h41
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  • Carros automáticos são mais econômicos que os manuais? Uma pergunta relativa que depende muito da mecânica, afinal, existem diferentes tipos de transmissões automáticas, cada uma com suas particularidades.

    Mas o fato é que esse é um dilema do passado, pois a chegada da eletrificação equilibrou as coisas. No título dessa matéria, você viu que estamos falando apenas de veículos automáticos, mas — spoiler — todos eles são híbridos.

    Para você compreender melhor, levamos em consideração a média entre os resultados dos testes de consumo em regime urbano e rodoviário feitos por QUATRO RODAS para definir o quão econômico é um carro. Com isso, obtivemos o ranking que você verá a seguir.

    Vale lembrar que é possível que em alguns casos, modelos a combustão tenham resultados melhores, principalmente em regime rodoviário, onde esse tipo de motor é mais eficiente. Porém a eletrificação beneficia e muito o consumo na cidade, por isso os híbridos acabam levando a melhor.

    Sem mais delongas, vamos à lista.

    Hyundai Ioniq

    Hyundai Ioniq
    Lançado em 2017, o estilo do Ioniq é o automático (e híbrido) mais econômico do Brasil (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Esse foi o primeiro membro da família Ioniq, que estreou em 2018, mas chegou no Brasil tardiamente, só depois do fim da sua produção. Diferente dos modelos mais novos como o Ioniq 5, ele não é elétrico, mas sim híbrido. E a justificativa para vê-lo pouco nas ruas é porque este carro está disponível apenas para locação.

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    Mas não deixe isso te enganar. Apesar de já fora de linha, o Ioniq Hybrid deixou para trás um bom conjunto híbrido pleno, mais rápido e econômico que o do Toyota Corolla, por exemplo. O motor é o 1.6 de ciclo Atkinson de 105 cv e 15 kgfm, e entre ele e o câmbio de dupla embreagem com seis marchas está o motor elétrico um motor elétrico. Juntos eles entregam 141 cv e 27 kgfm.

    Em nossos testes, o modelo fez 23,2 km/l, na cidade, e 22,8 km/l, na estrada, que garantiram o título de automático mais econômico do Brasil. Porém não é só a mecânica que influencia, muito da economia também vem do seu baixo coeficiente aerodinâmico de apenas 0,24 cx.

    Kia Niro

    Kia Niro
    O conjunto mecânico é o mesmo do Ioniq, por isso os bons números (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Não é surpresa que o Kia Niro esteja na segunda posição, afinal, ele tem exatamente o mesmo conjunto mecânico do “irmão” Hyundai Ioniq. Além disso, eles são feitos na mesma plataforma, assim como um terceiro modelo, que não vamos falar qual é para não dar spoiler.

    É a prova que o conjunto híbrido coreano rende muito bem quando o assunto é economizar combustível. Em nossa pista, o Niro fez médias de 21,7 km/l em regime urbano e 20,2 na cidade. E a diferença nos números se dão especialmente pelo bom trabalho de aerodinâmica feito pela Hyundai, pois o Niro, é menor e mais leve que o ‘irmão’.

    Lexus ES 300h

    Lexus ES 300h
    (Divulgação/Lexus)

    Mais um carro que está fora do radar para muitos consumidores. A Lexus não é uma das marcas mais conhecidas no Brasil e o seu ES 300h é o seu único sedã dela no Brasil. Por ser o braço de luxo da Toyota, podemos dizer que ele é o primo rico do Corolla.

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    Em 2022, o ES 300h ganhou algumas leves mudanças visuais, ficou um pouco mais tecnológico e ganhou alguns itens de segurança. Mas a mecânica não foi alterada, o que é bom. Seu conjunto híbrido tem motor 2.5 a gasolina combinado a outro elétrico que somam 211 cv, que lhe renderam um consumo de 22,7 km/l na estrada e 18 km/l na cidade. Bom o suficiente para desbancar o Mercedes C 200 EQ Boost lá em 2020.

    Jaguar F-Pace PHEV

    Opção híbrida plug-in vem com carregador doméstico
    (Divulgação/Jaguar)

    A Jaguar é uma das montadoras de luxo que mais apostam na eletrificação. O F-Pace, por exemplo, só tinha versões híbridas leves quando chegou ao Brasil e, no ano passado, ela trouxe a motorização PHEV que nos surpreendeu pelo baixo consumo, em especial, na cidade.

    Diferente dos MHEV, o F-Pace plug-in tem um motor não tem um motor V8 ou V6, mas sim um 2.0 turbo a gasolina de 300 cv. Aliado a ele, há um elétrico de 140 cv. Somando os dois, são bons 404 cv de potência, colocando-o entre o V6 e o V8.

    Por ser um plug-in, o SUV têm alguns benefícios elétricos, como a autonomia de 59 km garantida só pela bateria de 17,1 kWh. Mas o que é bom mesmo é seu consumo de 26,1 km/l na estrada, o melhor entre todos os modelos da lista. Sua posição só não foi melhor porque ele teve o pior consumo urbano: 14,4 km/l.

    Honda Civic e:HEV

    Honda Civic eHEV testado pela revista QUATRO RODAS
    Honda Civic eHEV (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    É verdade que o Honda Civic híbrido não fez tanto sucesso por aqui quanto suas gerações anteriores. Mas o principal motivo é porque essa é a única variante disponível e o seu preço é alto se comparado ao de outros rivais. Tanto é que, recentemente, a Honda promoveu diversos descontos para tentar aumentar suas vendas.

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    Apesar do preço, que atualmente parte dos R$ 265.900, o Civic e:HEV cumpre com o seu papel. O conjunto mecânico do sedã é composto por um motor 2.0 a gasolina de 143 cv e outros dois elétricos, sendo um gerador e o outro de 183 cv que traciona as rodas.

    O interessante é que o sedã só é tracionado pelo motor a combustão ou só pelo elétrico, nunca pelos dois ao mesmo tempo. Foi a forma que a Honda encontrou para otimizar o consumo, que em nosso teste foi de 22,5 km/l na cidade e 17,9 km/l na estrada.

    Haval H6 PHEV36

    Haval H6 GT 2
    GWM Haval H6 é o mais novo da lista e também o mais vendido (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    O mais recente modelo dessa lista é também o mais vendido. No meio do boom dos elétricos, o Haval H6 se mostra que existe sim espaço para os híbridos e, em agosto, vendeu um total de 2.112 unidades.

    Quem entra para o nosso ranking é a versão PHEV34, ou seja, o híbrido plug-in com a bateria de 34 kWh. Além da bateria maior, o conjunto mecânico é mais potente que o da versão PHEV19. Ele une o motor 1.5 aspirado a outros dois elétricos para entregar 393 cv.

    A bateria garante 116 km de autonomia elétrica em modo elétrico e, quando carregada, ajuda a entregar um consumo de 20,4 km/l em regime urbano e 19 km/l no rodoviário.

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    Lexus UX 250h

    Lexus UX
    A Lexus foi uma das primeiras a eletrificar todo o seu portifólio e conseguiu emplacar dois modelos na lista (Divulgação/Lexus)

    A Lexus foi uma das pioneiras ao hibridizar toda sua linha e soma experiência nesse ramo. Embora não seja um modelo novo no mercado, o UX 250h ainda consegue entregar bons números com o seu conjunto híbrido e câmbio do tipo CVT transaxial.

    O motor é o 2.0 turbo que trabalha junto de outro elétrico para entregar 181 cv. O desempenho não é seu forte, falta esportividade para o SUV japonês. Mas o foco aqui é o consumo e nisso ele vai bem: 22,7 km/l em regime urbano e 16,5 km/l.

    Hyundai Kona

    Hyundai Kona
    O Kona trás o mesmo conjunto do Niro e do Ioniq, embora não consiga repetir o bom consumo bom dos ‘irmãos’ (Murilo Góes/Quatro Rodas)

    Lembra falamos que teríamos mais um modelo com o conjunto híbrido da Hyundai? Pois bem, trata-se do Kona. Como nos outros dois casos, o maior destaque é na economia, embora o consumo seja um pouco maior por aqui: 20,7 km/l na cidade e 17,3 km/ na estrada.

    Ford Maverick Hybrid

    Ford Maverick Hybrid Lariat testada por QUATRO RODAS
    Atualmente a Maverick é a única picape híbrida do mercado, mas em breve terá que enfrentar a BYD Shark (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Por enquanto o trono é dela, mas em breve a Maverick terá companhia no segmento das picapes híbridas. Enquanto única caminhonete híbrida do mercado, ela sobra com a sua mecânica híbrida plena composta pelo motor 2.5 de 165 cv, o elétrico de 128 cv e o câmbio e-CVT.

    Ao todo são 194 cv, que configuram a picape um bom desempenho, mas não tão bom quanto o da versão 2.0. Porém, o foco é no consumo e a Maverick Hybrid conseguiu cravar 16,3 km/l na estrada e 18,9 km/l na cidade. Vamos ver se eles serão suficientes quando a BYD Shark chegar ao Brasil.

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    Honda Accord

    Honda Accord Advanced Hybrid
    Honda Accord Advanced Hybrid (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Mais um caso de mecânicas iguais e conjuntos diferentes. O Accord repete exatamente o mesmo sistema e:HEV do Civic, com motor elétrico de 183 cv e a combustão de 143 cv. Vale ressaltar que a Honda não divulga os números de potência e torque combinados dos modelos.

    Mas no Accord o conjunto não é tão econômico, já que ele é um modelo maior e mais pesado que o Civic. Mesmo assim os números não são ruins: 17,5 km/l na estrada e 17,2 km/l na cidade.

    Lista dos 10 carros automáticos mais econômicos do Brasil

    Modelo

    Consumo Cidade (Km/l)

    Consumo Estrada (Km/l)

    Média

    (Km/l)

    1- Hyundai Ioniq 23,2 22,8 23,00
    2- Kia Niro 21,7 20,2 20,95
    3- Lexus ES 300H 22,7 18,7 20,70
    4- Jaguar F-PACE 26,1 14,4 20,25
    5- Honda Civic 22,5 17,9 20,20
    6- HAVAL H6 GT PHEV 20,4  19,0   19,70
    7- UX 250h 22,7 16,5 19,60
    8- Hyundai Kona 20,7 17,3 19,00
    9- Ford Maverick Hybrid 18,9 16,3 17,60
    10- Honda Accord 17,5 17,2 17,35

     

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