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Usar a central multimídia enquanto dirige é mais perigoso do que parece

Segundo os especialistas, mexer nas centrais multimídias com espelhamento de celulares pode ser tão perigoso quanto dirigir alcoolizado

Por Isadora Carvalho Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
16 mar 2021, 08h00
Central multimídia
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

A distração é responsável por 80% dos acidentes de trânsito, segundo o instituto de segurança viária americano NHTSA. Quando falamos de distração ao volante, podemos incluir situações como: motorista alcoolizado, sonolento, fazendo o uso do celular e até operando a central multimídia.

Mesmo com as novas tecnologias embarcadas sendo desenvolvidas priorizando a segurança, os sistemas de espelhamento dos celulares, que são cada vez mais comuns, também oferecem os seus riscos de distração, que não são nada desprezíveis.

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Segundo um estudo britânico coordenado pela organização de segurança rodoviária (IAM RoadSmart) em nome da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), usar os sistemas operacionais de celulares a bordo, Android Auto ou Apple CarPlay, pode prejudicar o tempo de reação do motorista tanto quanto a ingestão de álcool ou atitudes como digitar mensagens de texto enquanto se dirige.

Esses recursos distraem os condutores, que deixam de olhar para a estrada por até 16 segundos, segundo o estudo, reduzindo em até 50% o tempo necessário para reagir a uma situação de emergência no tráfego.

“O tempo médio de reação de um condutor sadio e atento é de normalmente 0,75 segundo, portanto deixar de olhar para a via por 16 segundos coloca o motorista em uma situação iminente de um acidente”, afirma o dr. Dirceu Rodrigues Alves Junior, diretor da Abramet, Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, que não faz concessões aos motoristas.

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Para ele, no trânsito, não existe acidente como algo fortuito, inesperado. E, sim, comportamentos inseguros que levam aos sinistros. De acordo com o especialista, ao dirigir uma pessoa conta com três tipos de habilidades do corpo humano.

A função cognitiva, que engloba a atenção, concentração, vigília, percepção e raciocínio; a função motora, que controla exatamente o tempo de resposta aos movimentos observados; e a função sensorial perceptiva, que reúne os sentidos: audição, visão, tato e olfato.

“Se uma das três funções for prejudicada por alguma ação externa, consequentemente o condutor não estará dirigindo com todas as suas capacidades cognitivas e estará correndo risco”, afirma o médico.

Distração ao volante
Digitar e dirigir: atividades incompatíveis (Divulgação/Quatro Rodas)

O estudo inglês levantou também situações específicas e descobriu que a reação dos motoristas é ainda mais lenta quando eles selecionavam músicas no aplicativo Spotify, independentemente do sistema utilizado (Android Auto ou Apple CarPlay).

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Além disso, ainda sob o efeito do Spotify, também foi afetada a capacidade de o motorista manter a velocidade constante a uma distância segura do veículo à frente, na faixa de rodagem da estrada. A pesquisa constatou que os condutores que usam a navegação pelo Apple CarPlay se desviaram de sua posição na faixa em cerca de 50 cm, enquanto os usuários do Android Auto saíram 53 cm da trajetória.

Segundo os pesquisadores, o impacto no tempo de reação dos motoristas ao usarem os controles da tela sensível ao toque no lugar do comando por voz foi pior que o desempenho registrado ao enviar mensagens de texto.

A Nasa (Agência Espacial Americana) constatou que nenhum ser humano consegue cumprir com perfeição duas atividades ao mesmo tempo. Ao dirigir isso é um fato.

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