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Toyota Hilux movida a hidrogênio inicia testes no mundo real

Usando o trem de força do Mirai, picape oferece até 600 km de autonomia sem depender de grandes baterias e será mostrada ao público nas Olimpíadas de Paris

Por João Vitor Ferreira
11 jun 2024, 10h00
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  • A Toyota já deixou claro que o seu futuro não será só elétrico. A montadora japonesa já se posicionou diversas vezes dizendo que estão estudando uma variedade de alternativas para um futuro livre de carbono, fugindo do usual foco em elétricos dependentes de grandes baterias.

    Foi dessa vontade de diversificar as ofertas de veículos limpos que surgiu o Toyota Mirai, o primeiro veículo a hidrogênio em série do mundo. E do Mirai, estamos muito próximos de ver o surgimento de outro modelo que também utiliza a mesma tecnologia de células de combustível, mas em com um rosto bem mais familiar.

    Estamos falando da Toyota Hilux a hidrogênio, que está entrando na fase de demonstração e testes. A Toyota deu início ao projeto em setembro de 2023, quando anunciou que iria testar o trem de força do Mirai em sua picape global.

    Os testes estão sendo feitos no Reino Unido e todos os dez protótipos saíram da fábrica da montadora em Derby. Foram 10 Hilux a hidrogênio construídas: cinco delas estão passando por uma bateria pesada de testes de campo. Enquanto isso, a outra metade está sendo usada em eventos públicos, sendo as Olimpíadas e Paraolimpíadas de 2024, em Paris, sua próxima — e talvez mais importante — aparição.

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    (Divulgação/Toyota)
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    Mecanicamente, a Hilux recebe o mesmo conjunto do Mirai. Logo, a picape é impulsionada por um motor elétrico de 182 cv e 30,59 kgfm. Com isso, ela pode desfrutar dos principais benefícios dos carros elétricos, como o torque instantâneo, ruído baixíssimo do motor e a emissão 0, já que no final do processo o carro libera apenas água.

    A autonomia da Hilux a hidrogênio é de 600 km, superando a de picapes elétricas como a Tesla Cybertruck e a Ford F-150 Lightning. O combustível fica armazenado em três tanques que somam 7,8 kg de capacidade, que ficam dentro do chassi de longarinas. Já a pilha com 330 células de combustível é montada sob o eixo traseiro.

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    toyota-hilux-h2-fcev-202397190-1693927780_1
    (Divulgação/Toyota)

    Há ainda uma bateria de íons de lítio que armazena a energia gerada pelas células e está localizada abaixo da caçamba, justamente, para não diminuir o espaço da cabine. Aliás, a Hilux a hidrogênio conserva exatamente os mesmos 5,32 m de comprimento, 1.85 m de largura e 1.81 m de altura do modelo movido a diesel que temos no Brasil.

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    Para a Toyota, a Europa se tornará um grande mercado para células de combustível até 2030, quando as leis contra emissão de gases poluentes se tornará mais severa. A montadora já está desenvolvendo uma nova geração de células mais potentes e de maior densidade energética, previstas para serem lançadas entre 2026 e 2027. Com o avanço da tecnologia e do volume de produção, a previsão é que esse trem de força torne-se até 30% mais barato em um futuro próximo.

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