No Japão, o Toyota Century tem status de Rolls-Royce. Nasceu sedã e foi pensado justamente para substituir os carros ultraluxuosos ocidentais e se tornou o carro do imperador japonês. Não à toa, carrega uma fênix em sua grade, símbolo da família imperial japonesa. E isso não mudou em sua transformação em SUV.
Para o século XXI — com mais de 20 anos de atraso — a Toyota revolucionou o seu carro mais luxuoso, transformando-o em um SUV. Para quem gosta do sedan, não se preocupe, pois ele seguirá a venda.
O Toyota Century SUV segue a mesma identidade visual: tem linhas bem quadradas, com direito a faróis e lanternas também quadrados. Já a grade dianteira, como dito, ostenta a fênix imperial no centro e traz detalhes em forma de favo de mel para substituir as barras verticais do sedã. Outros detalhes que ajudam a reforçar o design vintage são os para-choques robustos e as rodas raiadas.
Por ser um SUV, logo imagina-se que seja maior que o sedã, mas na verdade é o contrário: tem 5,20 m de comprimento, contra 5,35 do três-volumes, enquanto o entre-eixos é 14 cm menor, medindo 3,95 m. Ou seja, há menos espaço na cabine, na teoria.
Para contornar isso, o SUV pode levar quatro passageiros, enquanto o sedã está configurado para cinco pessoas. Isso ajuda a dar mais espaço, aos ocupantes da segunda fileira, afinal, é lá onde o verdadeiro dono do carro costuma sentar.
Quem viaja atrás terá diversos itens para o seu conforto, como massageador, apoio para os pés, regulagem elétrica do banco e sistema de climatização para os bancos. Para aumentar o relaxamento, os passageiros podem reclinar as poltronas totalmente, enquanto ouvem sua música favorita em um sistema de som com 18 alto-falantes feito com técnicas de um “mestre na fabricação de instrumentos musicais”. E não se preocupe com qualquer som indesejável, pois um vidro laminado transparente com redução de ruído foi usado para separar a cabine do porta-malas.
E as regalias não param por aí. Na segunda fileira você ainda encontra telas de 11,6’’ montadas nos encostos de cabeça, mesas giratórias retráteis, dois painéis de controle touchscreen removíveis de 5,5’’, iluminação ambiente em LED e até uma geladeira.
Para facilitar a entrada da “realeza”, as portas abrem em um ângulo de 75° e um degrau elétrico surge quando ela é aberta. Já o banco do passageiro dianteiro, pode ser empurrado para frente até encostar no painel, para aumentar o espaço de quem vai no “assento principal”.
A Toyota chama atenção para todo o acabamento feito manualmente pelos seus artesãos, tanto no interior como por fora. Na carroceria, o que se destaca é o processo chamado de “kichomen”, feito com total delicadeza para alcançar a perfeição nos mínimos detalhes.
Apesar de não ser o foco, o Century recebe um conjunto mecânico interessante. Assim como o sedã, o SUV também será híbrido plug-in, mas com motor V6 3.5 em vez do V8 5.0. Ele atuará com o auxílio de um motor elétrico e juntos entregam 411 cv, segundo a Toyota. O câmbio é do tipo CVT e distribui a potência nas quatro rodas. Essa é a mesma motorização usada no Lexus TX 550h+.
Na cidade, o motor elétrico pode empurrar o carro sozinho, favorecendo o conforto e a diminuição de ruído, enquanto o motor a combustão atua nas estradas, onde a velocidade é mais alta. O Century SUV é feito sobre a famosa arquitetura TNGA, que recebeu reforços para aumentar o conforto e a rigidez torcional. Há também o exclusivo modo Rear Comfort, que auxilia no controle de frenagem para suprimir solavancos quando o veículo para.
O Century será vendido exclusivamente no Japão e terá, em um futuro próximo, mais opções de cores para a carroceria e interior, o que era bem raro no caso do sedã. Seu preço será de 25.000.000 de ienes, algo em torno de R$ 842.400, e cada concessionária selecionada terá um time de vendedores e engenheiros, chamados “Meisters”, exclusivo para atender aos compradores da linha Century.