Milionários que sempre desejaram ter uma mansão móvel não precisam mais se preocupar. A Rolls-Royce encerrou nesta quinta (10) o mistério em torno do Cullinan, seu primeiro SUV da história.
O utilitário esportivo, feito basicamente para árabes e empresários que ainda não mandaram asfaltar o acesso à sua fazenda, usa a mesma plataforma do novo Phantom.
O motor é o mesmo V12 6.75 biturbo usado no sedã. O propulsor famoso por sua suavidade gera 571 cv e altos 86,7 mkgf – mais do que suficientes para levar o tijolo britânico a 250 km/h. Isso levando em conta que desempenho não é a prioridade máxima de um Rolls-Royce.
O Cullinan foi projetado para manter o padrão de conforto batizado de “tapete mágico”, característico dos sedãs da marca.
Algo especialmente desafiador em um SUV com enormes 5,34 m de comprimento, 2,16 m de largura e 1,83 m de altura. Para se ter uma ideia, o igualmente requintado Bentley Bentayga é 20 cm mais curto.
O sistema de suspensão a ar foi reprojetado para lidar com as mais de 2,6 toneladas do Cullinan e tem ajustes inéditos na empresa. Quando uma das rodas perde tração, por exemplo, a bolsa de ar daquele ponto se expande para aumentar o contato do pneu com o solo.
O espaço interno tem o gigantismo de se esperar daquele que é – até o momento – o SUV mais luxuoso do planeta. Os quase 3,3 metros de entre-eixos permitem que os dois ocupantes dos bancos individuais traseiros (ou três, na versão mais mundana com assento posterior integral) possam tomar champagne nos copos de cristal exclusivos do Cullinan sem chance de aperto.
Como era de se esperar, a Rolls-Royce também desenvolveu soluções para problemas que muita gente nem sabia que existia.
Isso inclui a opção de uma janela de vidro atrás dos bancos traseiros, capaz de isolar a cabine acústica e termicamente do ambiente exterior mesmo quando o porta-malas está aberto.
O compartimento de carga, aliás, é outro exemplo de luxo a atacado. Os assentos “de caça”, que são montados sobre a tampa inferior do porta-malas, são abertos e recolhidos eletricamente – dispensando a frugal montagem manual do Range Rover SVAutobiography.
O volume de 560 litros pode chegar a 1.930 litros com os bancos traseiros rebatíveis – recurso que estreia pela primeira vez em um Rolls-Royce.
O motorista que guiará o Cullinan também estará bem servido com o que há de melhor em tecnologias de condução semi autônoma e auxílio à direção.
Isso inclui controlador de velocidade adaptativo, sistema de visão noturna e assistente de manobra que simula uma visão em 3D ao redor do carro.
O preço do Rolls-Royce Cullinan na Europa parte de R$ 1,1 milhão, pela cotação do dia 10/05/2018. No Brasil, porém, esse valor certamente quadruplicaria.