A apresentação do Renault Kardian teve mais uma surpresa. Se o objetivo da marca é sinalizar uma guinada em sua estratégia no Brasil, usaram a Renault Niagara, uma picape ainda conceitual, para mostrar até onde pode ir a nova plataforma CMF-B.
Agora está mais claro: pode ir dos 2,60 m de entre-eixos do Kardian aos 2,95 m de entre-eixos da Niagara, que terá 4,90 m de comprimento no total.
Trata-se de uma picape monobloco híbrida plug-in 4×4 que, em sua versão final, ficará encarregada de substituir a Renault Oroch. Ela terá um motor a combustão híbrido leve 48V montado na dianteira e um motor elétrico no eixo traseiro.
Se um dos pilares da estratégia Renaulution, que dita o caminho da Renault para os próximos anos, é aumentar o valor percebido e a rentabilidade dos seus carro, um dos meios é escalar nos segmentos dos seus carros. Esta picape conceitual tem entre-eixos 12 cm mais longo que o da Oroch, se aproximando da Fiat Toro.
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A dianteira, porém, guarda semelhanças com o conceito Dacia Bigster, que dará origem à nova geração do Duster – que será apresentado no mês que vem.
Quando ganhar uma versão definitiva, o que pode demorar até pelo menos 2025, esta nova picape intermediária representará um produto mais estratégico do que seria, por exemplo, a Renault Alaskan. Esta picape média fabricada na Argentina com base na Nissan Frontier foi considerada para o Brasil, que deu para trás por falta de tradição com picapes médias.