O aguardado Mobi enfim chegou para a briga dos subcompactos de entrada. Mais do que isso, o modelo ocupa uma importante fatia do mercado, que abriga aqueles que podem vir a ser os primeiros carros de muita gente – além dos frotistas. Mas, afinal, quem são os principais concorrentes do Mobi?
O MOBI
A principal novidade do mercado está disponível em seis versões: Easy, Easy On, Like, Like On, Way e Way On. O foco será dado para a primeira e mais barata, Easy, que parte de R$ 31.900. De série, o modelo é equipado com rodas de aço de 13 polegadas cobertas por calotas, Lane Change (ao dar um toque na alavanca de seta, a luz de direção pisca cinco vezes), alerta de frenagem de emergência e banco traseiro bipartido.
Ficam de fora itens como ar-condicionado (disponível de série para a versão superior, Easy On), trio elétrico, faróis de neblina, rádio e detalhes de acabamento como maçanetas e retrovisores na cor do veículo. O destaque fica para a tampa traseira de vidro. Mais leve, ela ajuda o Mobi a ter 60 kg a menos que o Uno.
Na mecânica, o Mobi não apresenta grandes novidades. O motor 1.0 de quatro cilindros (não foi dessa vez que o três cilindros da Fiat chegou) é o mesmo que equipa Uno e Palio. São 75/73 cv de potência e 9,9/9,5 mkgf de torque com etanol/gasolina. Nos testes de QUATRO RODAS, feitos sempre com gasolina, o pequeno foi de 0 a 100 km/h em 17,5 segundos. O consumo ficou em 11/15,2 km/l em ciclo urbano/rodoviário. O câmbio é sempre manual de cinco velocidades.
CHERY QQ
O chinês (que acaba de ser nacionalizado pela Chery) por enquanto carrega o título de carro mais barato à venda no Brasil. Por R$ 28.790 na versão Look, o QQ oferece o pacote de série mais completo entre os modelos de entrada: ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, banco do motorista com ajustes manuais, rádio AM/FM com USB, direção hidráulica, limpador traseiro, computador de bordo com aviso de revisão e faróis com ajuste de altura. A versão mais cara ACT, que sai por R$ 31.190, acrescenta vidros traseiros e retrovisores elétricos, 4 alto-falantes, chave com controle remoto, alarme e sensores de estacionamento.
O motor 1.0 do QQ tem três cilindros, 69 cv de potência máximos e 7 mkgf de torque, acompanhado sempre da transmissão manual de cinco velocidades. Ele vai de 0 a 100 km/h em 16,7 segundos e, segundo os testes de QUATRO RODAS, alcança médias de consumo de 12,6/18,2 km/l em ciclo urbano/rodoviário.
Vantagens: é disparado o mais bem equipado entre os modelos de entrada.
Desvantagens: são comuns os problemas de acabamento, ruídos e suspensão.
RENAULT CLIO
Projeto mais antigo dos modelos de entrada, o Clio de segunda geração sobrevive no país há pelo menos 18 anos, com duas mudanças visuais nesse período. O interior tem visual defasado e materiais que foram baixando de qualidade com o tempo, em sintonia com o rebaixamento de categoria do carro dentro da própria marca. Hoje com preço inicial de R$ 33.678, o Clio é oferecido numa única versão, com boa lista de equipamentos: direção hidráulica, ar-condicionado, vidros dianteiros elétricos, trava central, retrovisores com ajustes manuais internos, rodas de 13 polegadas com calotas, alarme com acionamento à distância, pré-disposição para rádio e limpador do vidro traseiro – no configurador do carro na internet, alguns desses itens são considerados opcionais, mas acabam inclusos no preço de tabela.
O motor 1.0 16V flex tem 80/77 cv de potência e 10,5/10,1 mkgf de torque quando abastecido com etanol/gasolina — a transmissão é manual de cinco marchas. Com gasolina, o hatch vai de 0 a 100 km/h em 15,5 segundos. No consumo, nossa referência é a medição do INMETRO: 13,01 km/l de gasolina em ciclo urbano e 14,3 km/l no rodoviário.
Vantagens: agradável de dirigir e fácil de manter, oferece maior espaço interno.
Desvantagens: é um projeto que sente o peso de quase duas décadas de vida.
VOLKSWAGEN UP!
Pelas características mais modernas do projeto, este é o grande rival do Mobi. Apesar do visual que ainda divide opiniões, o Up! tem boa qualidade de construção e um nível de segurança que o classificou com nota máxima no Latin NCAP. A configuração de entrada, Take Up! (R$ 32.590), é equipado com nada além do básico. Há abertura do porta-malas por acionamento elétrico, limpador traseiro, chave “canivete”, banco do motorista com ajuste de altura e (assim como todos os concorrentes) os obrigatórios ABS e duplo airbag.
Direção elétrica, coluna de direção com ajuste de altura, ar-condicionado, calotas aro 14, vidros e travas elétricos são opcionais e custam, juntos, R$ 5.100. De fábrica com três portas, o Take Up! pode ter cinco portas por mais R$ 2.300.
O conjunto mecânico é o grande trunfo do Up!. O motor 1.0 de três cilindros entrega 82/75 cv de potência e 10,4/9,7 mkgf de torque com etanol/gasolina. Ele vai de 0 a 100 km/h em 14,3 segundos, enquanto o consumo em ciclo urbano/rodoviário, segundo testes de QUATRO RODAS, é de 14,2/18 km/l, as melhores marcas entre os modelos abordados aqui.
Vantagens: oferece segurança e um conjunto mecânico mais avançado.
Desvantagens: mais caro, e a versão com preço mais próximo tem só três portas.
BÔNUS: FIAT PALIO FIRE
Palio e Mobi, definitivamente, não são concorrentes internos na linha Fiat. Com grandes chances de sair de cena em breve, o Palio Fire é o carro mais barato da marca, partindo de R$ 29.160. Esqueça ar-condicionado, direção hidráulica, limpador traseiro, vidros e travas elétricos. Tudo isso está entre os diversos pacotes de opcionais: para direção, travas e vidros, são R$ 2.443; só o ar custa R$ 3.225 extras. O conjunto mecânico é o mesmo do Mobi: motor 1.0 flex de 75/73 cv e 9,9/9,5 mkgf com etanol/gasolina e cãmbio manual de cinco marchas.
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