O Bugatti Chiron é daqueles carros extremos que só aparecem de vez em quando. Consegue combinar o luxo de um enorme sedã com o desempenho de um superesportivo. A culpa é do enorme W16 8.0 com quatro turbocompressores e 10 radiadores, que gera 1.500 cv e 163,2 mkgf de torque.
Cavalo que anda é cavalo que bebe. E os 1.500 cv gerados pelo Chiron são uma ótima fonte de pontos no programa de fidelidade do posto de gasolina.
Testado pela Agência de Proteção Ambiental dos EUA, o Bugatti Chiron obteve consumo de 3,9 km/l em ciclo urbano e 6 km/l em ciclo rodoviário. Na média, faz 4,7 km/l. Com um tanque de 100 litros, isso significaria uma autonomia de até 600 quilômetros na estrada – sem pisar demais, claro.
No Brasil, onde os números reais de consumo de um Chiron certamente seriam piores devido à nossa gasolina, é possível (só por curiosidade) compará-lo com outros ícones da “bebedeira”, como o Ford Galaxie. Testado em 1971, o sedã fez 3,7 km/l na cidade e 5,5 km/l na estrada, movido por um ancestral V8 de 4.8 litros, duas válvulas por cilindro e carburador duplo.
Esportivo mais desejado daquela época, o Dodge Charger R/T também tinha consumo comparável ao do Chrion: com gasolina azul de alta octanagem, seu V8 de 215 cavalos fazia 4 km/l na cidade e 6 km/l na estrada, acelerando de 0 a 100 km/h em 11 segundos.
Quase cinco décadas mais novo, o Chiron mostra nas provas de performance a brutal evolução mecânica e tecnológica: chega aos 100 km/h em 2,3 s e aos 400 km/h em 32,6 s.