A plataforma modular MQB acabou de completar 10 anos. Sua versatilidade foi fundamental para o Grupo Volkswagen cortar custos com o desenvolvimento de carros de portes similares para diferentes marcas. Agora, a empresa alemã quer um compartilhamento de peças ainda maior.
O aumento do compartilhamento de peças entre carros da Volkswagen, Seat e Skoda será 20% maior no futuro em busca de uma maior eficiência nos custos de desenvolvimento e produção da próxima geração de produtos das marcas.
Ao Bloomberg o CEO da VW, Thomas Schaefer, disse que a diferenciação entre os carros das principais marcas do Grupo VW estará simplesmente no design. “No passado, perdíamos muito tempo nos preocupando um com o outro. A concorrência está fora, não está dentro da empresa”, justificou.
As três marcas, juntas, respondem por 80% das vendas do Grupo VW a nível mundial, então um incremento de 20% no compartilhamento de peças resultaria em uma grande economia a longo prazo. Marcas de luxo como Audi, Porsche e Bentley seguirão com maior independência no desenvolvimento de seus carros.
E o montante economizado será destinado ao desenvolvimento de carros elétricos, algo que vem exigindo muito dos caixas de todos os fabricantes de automóveis.
O próprio Grupo VW tem em curso o projeto Trinity, que prevê uma família de carros elétricos desenvolvida em uma nova arquitetura prevista para estrear em 2026. Só a nova fábrica destinada a eles custará 2 bilhões de dólares, quase R$ 11 bilhões ao câmbio atual.
O Grupo VW já fez carros quase que rigorosamente iguais para marcas diferentes, caso do trio VW Up!, Skoda Citigo e Seat Mii. Mas irmãos de plataforma como VW Polo, Seat Ibiza e Skoda Fabia tendem a ficar ainda mais parecidos. Pelo menos no que diz respeito à parte técnica.