Lançado em 2010, o Nissan Leaf precisou de poucos anos para se tornar o veículo 100% elétrico mais vendido do mundo.
A empresa acaba de divulgar a segunda geração do modelo, que passa a contar com um sistema elétrico mais convincente e eficiente – além de design inspirado.
A fase dos faróis enormes e volumes estranhos na carroceria passou. Nesta nova fase o Leaf tem faróis afilados integrado com o que seria a grade dianteira.
Como o motor elétrico não depende tanto da passagem de ar para arrefecimento, a grade foi substituída por uma peça plástica com leds ao fundo.
Se antes o Leaf mais parecia uma variação do Tiida, agora tem caimento do teto mais acentuado e linha de cintura ascendente, o que dá certa esportividade.
Faixas pretas nas colunas C interligam vidros laterais à tampa traseira, que é parcialmente preta. As lanternas em forma de bumerangue, parecidas com as do SUV Juke, complementa o visual.
No interior é possível reconhecer o quadro de instrumentos parcialmente digital e o volante que também são usados no Kicks. O seletor do câmbio é um pequeno um joystick no console. Não faltam central multimídia, nem ar-condicionado automático.
A mecânica é composta por dois elementos: o novo motor elétrico de 147 cavalos e consistentes 32,6 mkgf de torque e a bateria de íons de lítio de 40 kWh. Sob os padrões europeus, tem energia o suficiente para rodar 378 km com uma carga completa. Já no padrão utilizado nos Estados Unidos a autonomia anunciada é de 241 km.
Seja como for, a recarga total da bateria leva 16 horas em tomadas de 3kW, 8 horas em tomadas de 6kW e ela ainda suporta carregamento rápido que garante 80% da carga em 40 minutos.
Em tecnologia, o Nissan Leaf também está melhor servido. Uma das novidades é o ProPilot, um modo de condução autônoma para estradas, capaz de mantê-lo na faixa e acompanhar a velocidade do carro da frente entre 30 e 100 km/h. Porém, não é capaz de fazer ultrapassagens ou acessar vias de acesso sem intervenção do motorista.
Outro é o ProPark – um sistema de estacionamento automático. Complementa a lista de assistentes eletrônicos o alerta de saída de faixa, frenagem de emergência autônoma, alerta de pontos cegos, reconhecimento de placas de trânsito e alerta de tráfego traseiro.
O equipamento mais inovador porém, é o e-Pedal. Esta função permite que o motorista acelere, desacelere, pare e segure o carro usando apenas o pedal do acelerador.
Segundo a Nissan, o e-Pedal atende mais de 90% das necessidades médias de um motorista. E nem dá para dizer que os outros 10% devem corresponder ao punta-tacco, pois o Leaf não tem embreagem.
A nova geração do Leaf tem sua primeira aparição em público marcada para a próxima semana, no Salão de Frankfurt. Suas vendas começarão pelo Japão, já em outubro.
Até o final do ano chegará aos EUA e Canadá e em 2018, à Europa. Versão com bateria maior é esperada para o ano que vem.