Os recalls como conhecemos hoje estão com os dias contados. De acordo com matéria publicada pela agência Reuters, as grandes montadoras automotivas estão se apressando em desenvolver mecanismos OTA, sigla para “Over the Air” (“Pelo ar”). Em outras palavras, as fabricantes querem começar a oferecer atualizações e correções de software remotamente.
A inspiração para isso é a queridinha do mercado norte-americano, a Tesla Motors, conhecida por divulgar atualizações à distância. A próxima delas, por exemplo, abrangerá o controle de cruzeiro adaptativo, e está programada para os próximos dias. O sistema funciona de modo muito similar ao de dispositivos da Apple ou do Google, por exemplo. Já são 75 pacotes disponibilizados pela marca californiana.
Diante desse panorama, as demais montadoras resolveram se mexer. De acordo com Ota Betzaleli, gerente de Estratégia de Produto da empresa israelense Redbend, afirma que a seis em cada dez grandes companhias estão engajadas com sua empresa no desenvolvimento de produtos que podem ser entregues “pelo ar”.
Outro exemplo que reforça a importância da tecnologia: de acordo com especialistas na área de segurança, a melhor maneira de evitar situações como a invasão ao sistema Uconnect de um Jeep Cherokee feita por dois hackers é por meio de atualizações remotas.
Além da praticidade de corrigir as falhas mais facilmente, as atualizações OTA terão impacto direto nas finanças das fabricantes. A estimativa é de que os reparos virtuais sejam entre 20 e 30% menos dispendiosos para as companhias do que os recalls físicos. Segundo a IHS, empresa do ramo de pesquisa, até 2022 devem ser economizados US$ 35 bilhões graças a essa tecnologia.
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