A Mercedes apresentou a nova geração do Classe G em janeiro. Agora, a AMG mostra como fez para transformar o jipe rústico em esportivo, tanto no desempenho como no visual.
A grade Panamericana, com aletas verticais cromadas e já presente em outros AMG, foi adaptada às formas quadradas do G63. O para-choque envolvente ganhou tomadas de ar maiores – e um pouco estranhas.
Na prática, estas mudanças e os novos faróis full led não combinaram muito com o estilo clássico do G-Wagen.
Mas a AMG foi além. As rodas são novas e podem ter até 22 polegadas. Também há mais frisos cromados e saídas de escape duplas junto às caixas de roda traseiras. A traseira, contudo, recebeu apenas novo para-choque – também maior.
As mudanças no interior se resumem a novo acabamento para o volante, além dos bancos aquecidos e, a partir de agora, também com ajustes elétricos para as abas laterais.
Ao menos a mecânica recebeu bastante atenção da engenharia da AMG. Enquanto a versão civil tem motor de 422 cv, o G63 AMG tem motor V8 4.0 biturbo de 585 cv e 86,7 mkgf de torque entre 2.500 e 3.500 rpm.
O câmbio é o automatizado Speedshift TCT 9G, de nove marchas, com embreagens banhadas a óleo. Ele envia a força para o sistema de tração integral 4Matic, com que estabelece a distribuição padrão da força na proporção 40/60, mas usa três diferenciais blocantes e tem caixa reduzida.
Esse conjunto permite que o Mercedes G AMG alcance os 100 km/h em 4,5 segundos. Isso, pesando 2.560 kg. A velocidade máxima é limitada a 220 km/h, mas o pacote AMG Driver permite alcançar os 240 km/h.
O que você não encontrará em outros AMG é uma de suspensão tão robusta. A Mercedes trocou o eixo rígido dianteiro por um conjunto independente, mas o eixo rígido com barra Panhard está mantido na traseira.
Também mantiveram as molas helicoidais em vez de colocar bolsas pneumáticas. Ao menos os amortecedores são ajustáveis, com modos Comfort, Sport e Sport Plus, voltados para o asfalto, e os Sand, Trail e Rock para o off-road.