Máquinas evoluídas
Os novos robôs da indústria automobilística ganharam habilidades humanas
Com a recente inauguração das fábricas da Hyundai, em Piracicaba (SP), e da Jeep, em Goiana (PE), a indústria automobilística brasileira está subindo um degrau no nível de automação. Nessas unidades, os robôs estão presentes não apenas em maior quantidade, mas também em um maior número de atividades, chegando ao ponto de responder pela totalidade dos processos de estamparia, soldagem e pintura. Uma das razões para isso é a evolução tecnológica dos robôs. Eles se tornaram mais inteligentes, rápidos e eficientes. E passaram a realizar tarefas que antes, no Brasil, ficavam a cargo apenas dos operários, como a fixação dos vidros.
As novas gerações de robôs têm habilidades próprias dos seres humanos, como sensibilidade, destreza e memória. Graças a sensores e centrais eletrônicas com alta capacidade de processamento, as máquinas podem ver o trabalho que estão realizando, dosar a força com que tocam as peças e controlar a quantidade de materiais que aplicam nos carros.
A maior indicação de evolução, porém, é a capacidade de se comunicar com pessoas e outras máquinas. Os novos robôs podem trabalhar em conjunto e também ajudar os humanos onde a mão de obra ainda é necessária. Veja ao lado mais detalhes do que os robôs estão fazendo nas fábricas do Brasil e do mundo.
Eles, robôs
Mais eficientes, robôs contribuem para melhorar a qualidade dos carros
DOSE CERTA
Graças a medidores de fluxo, instalados nos braços borrifadores, os robôs são capazes de controlar exatamente a quantidade de tinta que deve ser aplicada em cada região da carroceria.
TATO
Os robôs realizam tarefas delicadas graças a sensores de torque que reconhecem as peças. Eles podem identificar também componentes defeituosos ou fora de especificação.
VISÃO
Uma câmera de vídeo e um emissor de laser permitem acompanhar a execução das tarefas com exatidão, sem a necessidade de modelos e gabaritos tradicionalmente usados.
INTEGRAÇÃO
Um segura, o outro solda. Com essa parceria, a fábrica chinesa da Great Wall, considerada uma das mais produtivas do mundo, consegue fazer 4 000 operações de solda em apenas 86 segundos.
HOMEM-MÁQUINA
A cola é aplicada por robôs, enquanto a fixação das peças cabe aos operários. Esse tipo de simbiose é muito útil nas situações onde os humanos ainda apresentam qualidade superior à das máquinas.
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