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Limite de emissões regride na Europa e carros poluirão como 9 anos atrás

Regras do novo padrão Euro 7 se tornaram mais brandas a pedido dos fabricantes, para reduzir custos dos veículos

Por Julio Cabral
Atualizado em 6 Maio 2024, 17h18 - Publicado em 22 dez 2023, 18h12
Novas regras do Euro 7 ainda precisam ser aprovadas pelo Parlamento e Conselho europeus (Gai/Bru/Wikimedia/Reprodução)
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Enquanto o mundo vê a ampliação cada vez mais forte de eletrificação, algumas marcas pleitearam limites mais brandos de emissões. Foi exatamente assim na Europa, onde os fabricantes recorreram ao Parlamento ao Conselho europeus para abrandar as regras do novo padrão de emissões Euro 7 e, com isso, diminuir os custos de produção. 

As novas regras do Euro 7 foram modificadas para manter o percentual de poluição no mesmo patamar do Euro 6, lançado em 2014. O acordo inclui carros, vans, caminhões e ônibus no mesmo pacote. Ainda é necessária a aprovação governamental para ele entrar em vigor, no entanto, isso não deve demorar muito.

O lobby da ACEA (Associação dos fabricantes europeus de automóveis) conseguiu com que o padrão Euro 7 mantivesse o limite de emissões de NOx (óxidos de nitrogênio) em 60 miligramas por quilômetro para carros a gasolina e 80 mg/km para os movidos a diesel – que deveriam seguir também o limite de 60 mg/km no plano original.

Para os automóveis e vans, foi acordado que as condições de teste do programa Euro 6 serão mantidas. O número de partículas será medido no nível PN10, uma regra menos exigente do que o padrão PN23 que mede também partículas menores. 

Nos casos dos caminhões e ônibus, as regras de emissões ficaram um pouco mais rígidas. Se medido em laboratório, o limite de NOx é de 200 mg/kWh, face aos 260 mg/kWh permitidos em testes de tráfego. 

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Ao contrário do Euro 6, o novo padrão também estabelece limites para as emissões de partículas de freio de automóveis e vans. São permitidos 3 mg/km para veículos elétricos, 7 mg/km para modelos a combustão, híbridos e a célula de combustão (hidrogênio, por exemplo) e 11 mg/km para vans.  

Baterias terão que garantir capacidade de acordo com o tempo de vida útil
Baterias terão que garantir capacidade de acordo com o tempo de vida útil (Divulgação/GMC)

Para se defenderem, os fabricantes europeus afirmam que 90% das emissões já foram cortadas quando entrou em vigor o Euro 6. Por outro lado, o plano original do Euro 7 incluía estudos que projetam que 35 mil mortes prematuras seriam evitadas com as novas regras originais. 

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Novas regras de vida útil para baterias

Em um ponto novo, os elétricos e híbridos também terão que obedecer às novas regras de durabilidade de baterias. Elas devem manter 80% da capacidade do início da vida útil até cinco anos ou 100 mil km e 72% até oito anos ou 160 mil km. No tocante às vans, as suas baterias seguem um padrão de medição menos rígido. O conjunto tem que manter 75% da capacidade até os cinco anos ou 100 mil km e 67% até os oito anos ou 160 mil km. 

Qual será o tempo de aplicação?

As regras do Euro 7 não serão aplicadas de imediato, muito pelo contrário. São 30 meses de prazo para novos tipos de carros e vans e  48 meses para caminhões, ônibus e trailers novos. Novos sistemas e componentes têm 30 meses de prazo para serem instalados em automóveis e comerciais leves, prazo que aumenta para 48 meses para ônibus, caminhões e trailers. 

Pequenos fabricantes têm parâmetros de tempo menos rígidos. Carros e vans de escala reduzida devem adequar seus modelos às novas regras até 1 de julho de 2030, sendo que ônibus e caminhões têm que ser modificados até 1 de julho do ano seguinte.

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