A TAC Motors fabricante brasileira do jipe Stark tem planos de lançar uma nova versão do modelo com motor flex e câmbio automático, para se somar a atual equipada com motor diesel e câmbio manual.
Esse anúncio não estava no roteiro do encontro promovido pela empresa com a imprensa, hoje de manhã, mas o diretor-presidente TAC Motors, Neimar Braga revelou esse objetivo durante o evento.
Segundo ele, a novidade flex ainda não tem data para chegar mas a TAC tem planos de investir R$ 150 milhões nos próximos quatro anos.
E, além do Stark flex, ainda há outros projetos em estudos.
Para a linha 2018, a TAC anunciou o lançamento de uma nova versão de acabamento do Stark e também a nova filosofia de atuação da marca no mercado.
A nova versão batizada Black Cover muda pouco em relação ao Stark convencional.
Na verdade, a principal diferença é o teto preto, uma vez que os acessórios que a versão Black Cover traz a mais, como bancos de couro, snorkel, rodas pretas e central multimídia, são itens que o comprador pode pedir para instalar em uma versão regular, já que os Stark são feitos sob encomenda.
No mais, o Stark é o mesmo desde 2010. Ele é um jipe nascido para o uso off-road, com chassi tubular e carroceria de fibra de vidro e plástico e cabine com quatro lugares.
O motor é o 2.3 16V tubodiesel de 127 cv a 3.600 rpm e 30,6 mkgf a 1.800 rpm , acoplado ao câmbio manual de 5 marchas.
O motor é FPT (uma marca da CNH Industrial), o câmbio é Eaton e a caixa de transferência Borg Warner.
Ao volante, o Stark é um jipe estável, fácil de manobrar e confortável, dentro do possível para um jipe, graças a sua suspensão independente do tipo duplo A, nos dois eixos, com dois amortecedores por roda.
O Stark Black Cover tem preço a partir de R$ 115.000 – é mais barato que o Troller T4, seu rival por excelência.
O T4 sai por R$ 131.329. Mas, entre outras diferenças, o T4 traz motor 3.2 diesel de 200 cv, câmbio de seis marchas e seletor eletrônico de modos de tração 4×2, 4×4 e 4×4 reduzida, enquanto no Stark o engate é mecânico.
No que diz respeito à comercialização, a novidade anunciada pela TAC é a implantação (em andamento) de cinco unidades regionais (uma para cada região do país: norte, sul, centro-oeste, nordeste e sudeste) que devem funcionar não só como pontos de venda e de assistência técnica mas, principalmente, como centro de convivência e relacionamento, de acordo com a empresa.
Além de promover encontros, passeios, test-drives e cursos off-road, entre outras atividades, as regionais pretendem ajudar os clientes no que for preciso para manter seu jipe em dia, como encontrar peças ou mecânicos especializados em qualquer lugar do país, conforme afirmam os diretores da TAC.
A TAC nasceu em Santa Catarina e mudou-se para Sobral, no Ceará, em 2013.
Atualmente a capacidade produtiva da fábrica é de 1.000 unidades/ano, sendo que um modelo leva cerca de 90 dias para ser produzido.
Segundo a empresa, desde o lançamento em 2009, já foram vendidos 217 modelos e até o final de 2018 outras 100 unidades já encomendadas devem ser entregues aos compradores.
Apesar do anúncio feito em 2015 de que a TAC teria sido comprada pela chinesa Zotye, o negócio não se concretizou e a TAC segue independente com capital 100% nacional.