Notícias

Índia será o primeiro país com seis airbags obrigatórios em carros novos

As fabricantes já preparam um protesto formal contra a medida, que entra em vigor em outubro, alegando custos e falta de dados

Por Guilherme Fontana SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 21 jan 2022, 09h43 - Publicado em 21 jan 2022, 09h42

A Índia poderá se tornar o primeiro país no mundo a obrigar ao menos seis airbags nos carros novos É isso o que exige uma nova lei aprovada pelo Ministério dos Transportes Rodoviários indiano, que entra em vigor a partir de outubro de 2022. As fabricantes preparam um manifesto contra a medida.

Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 9,90

Para o ministro Nitin Gadkari, a decisão foi tomada para melhorar a segurança dos veículos nas estradas do país. Assim, todos os carros novos com até oito lugares terão que ter dois airbags frontais, dois laterais e dois de cortina.

A preocupação com a segurança demorou para ser oficializada na Índia, que tornou o airbag do motorista obrigatório apenas em 1º de julho de 2019. A obrigatoriedade do airbag do passageiro veio em 1º de janeiro de 2022. Dez meses depois, poderá ser a vez dos seis totais.

Tal quantidade, que até então não é exigida em nenhum país, ainda é difícil de se ver como padrão em carros menores em todo o mundo. Por isso, as fabricantes que operam na Índia já se organizam para lançar um protesto formal contra a nova lei, justificando os altos custos para a implementação dos itens e que o governo indiano não forneceu dados suficiente sobre o impacto desta medida na segurança rodoviária no país.

Continua após a publicidade

Segundo as empresas, a introdução de seis airbags acarretará em um aumento de 8 a 10 mil rúpias – entre R$ 600 e R$ 760 no custo de produção de cada carro. Esse acréscimo, porém, considera apenas os modelos que já são preparados em desenho e estrutura para receberem todas as bolsas.

No caso de modelos sem a preparação, as fabricantes alegam que seriam necessários grandes investimentos e que, por isso, os preços finais seriam ainda mais afetados e assustariam os compradores.