O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, negou a existência de um estudo para a adoção do rodízio de veículos em tempo integral. A medida foi tomada por duas vezes nesta semana na capital paulista, justamente nas datas de dois jogos da Copa do Mundo – Brasil x Camarões e Bélgica x Coreia do Sul, este último realizado na Arena Corinthians. Nestes dias, a restrição valeu das 7h às 20h, e não somente das 7h às 10h e das 17h às 20h, os chamados horários de pico.
“Não tenho essa pretensão (de estender o rodízio). Tomamos essa medida depois que a Câmara recusou a possibilidade de feriado. Nosso foco hoje é Copa”, assegurou.
Segundo informações da Agência Estado, quando perguntado se a decisão serviria de “teste” para medir a influência no trânsito, Haddad disse que não ter sido notificado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) sobre o assunto. “Claro que há estudiosos na CET, mas ainda não temos nenhuma sinalização e acho até que seria prematuro ter”.
O discurso de Haddad contraria as declarações do secretário municipal dos Transportes, Jilmar Tatto. Em entrevista à Rádio Estadão, ele afirmou que a CET estuda ampliar o rodízio para o dia todo, e que a Prefeitura poderia aumentar para quatro o número de placas restritas a cada dia da semana. Tatto afirmou que há muitas possibilidades sendo estudadas neste momento, incluindo a de aumentar a abrangência do rodízio em vez de limitá-lo ao chamado “Centro Expandido”. Esta sugestão, aliás, também foi praticamente descartada por Haddad.