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GT Malzoni teve segunda geração criada a partir de carro da Quatro Rodas

O segundo GT Malzoni foi feito pelo filho de Rino, pai do primeiro GT, que por sua vez deu origem ao Puma

Por Fabiano Pereira
Atualizado em 25 jan 2024, 15h31 - Publicado em 25 jan 2024, 13h15
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  • GT Malzoni
    Foram produzidas menos de 50 unidades no final dos anos 1970 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
    GT Malzoni
    Foram produzidas menos de 50 unidades no final dos anos 1970 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Criar um carro faz parte do sonho de boa parte dos meninos. Mas, daí para a realidade, as chances são quase as mesmas de se tornar um super-herói.

    Já para o universitário Francisco “Kiko” Malzoni, que intercalava os estudos na faculdade de economia com modificações nos carros que dirigia, a empreitada não exigiria superpoderes. E aceitou o desafio de um amigo que queria um carro totalmente novo.

    Aqui vale uma explicação e referência genética. Se você ainda não estabeleceu a ligação, Kiko é filho de Genaro “Rino” Malzoni, idealizador do Puma e um dos sócios da fábrica que o produziu.

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    GT Malzoni
    As lanternas eram feitas com exclusividade para o esportivo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Para executar o pedido de um carro exclusivo, ao fim de 1975 Kiko pediu ao pai a forma do GT 4R – esportivo do qual foram feitos apenas três exemplares, sorteados em 1969 entre os leitores de QUATRO RODAS (a história completa foi publicada aqui, e o relato do último exemplar restaurado recentemente você lê aqui), que serviria de base para o projeto.

    O GT foi desenvolvido na oficina de um amigo no Rio de Janeiro. Pintura e acabamento foram feitos em São Paulo.

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    Rino gostou tanto do trabalho do filho que decidiu levar o carro ao Salão do Automóvel de 1976, ainda que achasse que o preço alto deveria inviabilizá-lo. Surpreendentemente, o custo de produção não foi suficiente para afastar os candidatos e os dois decidiram produzir o carro em Araraquara (SP), local em que foram concebidos os protótipos Puma.

    GT Malzoni
    Originalmente, os bancos eram de veludo com portas e painel de couro (Christian Castanho/Quatro Rodas)
    GT Malzoni
    Atrás dos bancos, um espaço para levar bagagens – ou crianças (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Quando QUATRO RODAS publicou suas Impressões ao Dirigir do GT em agosto de 1978, a produção já tinha sido transferida para Matão (SP), onde ficava a Marques Indústria e Comércio de Veículos, que adquiriu a patente do projeto.

    Durante a reportagem, numa visita à fábrica, a reportagem conferiu uma versão conversível sendo desenvolvida. O cupê custava 220.000 cruzeiros, equivalente hoje a 162.000 reais.

    Os bancos eram originalmente de veludo e reclináveis e as portas, revestidas de couro, tinham vidros elétricos.

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    Ao volante, a ergonomia não era perfeita: o pé tocava de lado o acelerador e o freio de mão baixava até espremer os dedos. Forrado de couro, o painel era completo, mas o volante atrapalhava a visão.

    GT Malzoni
    Painel completo, com direito a voltímetro, amperímetro e manômetro de óleo (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    A genérica opção pela mecânica Volkswagen a ar facilitava a vida do construtor, mas impunha realistas 65 cv à proposta esportiva do carro. “Equipado com motor VW 1600, o carro não supera em velocidade máxima nem mesmo o Passat com motor de 1 500 cm3”, dizia QUATRO RODAS.

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    GT Malzoni
    O motor VW 1600 a ar limitava a potência a 65 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Em compensação, o teste registrava que, nas frenagens mais bruscas, o carro não alterava a trajetória e ressaltava o reduzido nível de ruído. Em defesa do desempenho de sua criatura, o criador afirma que, pelo fato de ter acordo com os principais preparadores da divisão 3 na época, boa parte da produção saiu com motor 2.0 e potência em torno de 110 cv.

    “O último deve ter sido feito em 1978”, diz Kiko. Sua estimativa é de 35 a 45 unidades produzidas no total. Ele seguiu carreira em economia e finanças, mas guarda em sua garagem algumas das melhores obras de Rino. Homenagem a um clássico da nossa indústria, o segundo GT Malzoni foi um atraente exemplo de como a paixão por carros passa de pai para filho.

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    GT Malzoni
    Faróis duplos escamoteáveis e carroceria de fibra de vidro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Ficha técnica – GT Malzoni 1978

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