Assine QUATRO RODAS por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Grandes Brasileiros: a valente família de picapes irmãs da Chevrolet D-20

Rejuvenescida de corpo e alma em 1985, a linha de utilitários da GM fez sucesso no trabalho pesado e nos momentos de lazer

Por Felipe Bitu
Atualizado em 26 mar 2023, 20h12 - Publicado em 14 nov 2014, 18h14
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Chevrolet Série 10/20
    A nova linha Série 10/20 tinha alguns elementos do Opala, como motorizações e faróis (Xico Buny/Quatro Rodas)

    Instalada no Brasil em 1925, a GM iniciou a produção de utilitários em 1958, com a picape Chevrolet 3100 (conhecida como Brasil), substituída pela C-14 (depois C-10) em 1964.

    Publicidade

    Com estilo exclusivamente nacional, seis cilindros e suspensão dianteira independente, ela seguiu quase sem alterações até 1985, quando foi apresentada a Série 10/20.

    Publicidade

    O estilo era típico das americanas, com linhas retas, para-brisa inclinado e conjunto óptico dianteiro do Opala, que também cedia o seis-cilindros a álcool (A-10/A-20) e gasolina (C-10/C-20).

    Continua após a publicidade

    A carga variava com a configuração: duas medidas de chassi (2,92 e 3,23 metros de entre-eixos) e duas capacidades (750 kg para a Série 10 e 1 020 kg para a Série 20).

    Publicidade

    A antiga concepção era mantida: chassi de longarinas, tração traseira por eixo rígido e suspensão dianteira independente. Só a Série 20 oferecia o motor diesel, Perkins Q20B, de muita vibração, pouco desempenho e preço alto.

    Ainda assim, a D-20 respondia por mais de 75% das vendas – as C-20/A-20 eram rápidas, velozes e silenciosas, mas seu consumo voraz logo secava o tanque de 88 litros.

    Publicidade
    Continua após a publicidade

    Havia a versão básica e a Custom, esta com pintura em dois tons, rodas esportivas e acabamento superior. Ambas traziam painel envolvente de plástico.

    A espaçosa cabine era arejada pela ventilação forçada (com ar quente e desembaçador), teto com tampa basculante e janela traseira corrediça. O banco do motorista trazia ajustes individuais, mas faltavam apoios de cabeça e cintos de três pontos.

    Publicidade
    Chevrolet Série 10/20
    Seus 5,34 m levavam seis pessoas e muita carga (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Era uma picape confortável e de fácil condução: era notável pela maciez da suspensão e pela leveza do câmbio e dos pedais, especialmente o do freio, com discos ventilados na frente. Entre os opcionais da D-20, a direção hidráulica e o câmbio de cinco marchas.

    Logo ganhou a preferência dos jovens solteiros – as famílias as adquiriam para transformá-la em cabine dupla.

    Publicidade

    Para suprir essa demanda, uma versão com quatro portas surgiu em 1986: o projeto foi desenvolvido pela Brasinca (com apoio da GM), que também criou duas peruas: a Passo Fino (de duas portas) e a Mangalarga (de quatro), depois incorporadas pela GM e rebatizadas de Bonanza e Veraneio.

    Continua após a publicidade

    Em 1988 as versões passavam a se chamar Custom S e Custom DeLuxe, e em 1989 veio a tração 4×4, com suspensão dianteira independente e rodas livres automáticas. Apesar do pioneirismo, não fez sucesso, pela baixa confiabilidade – usava as frágeis cruzetas no lugar das robustas homocinéticas.

    A cabine dupla das fotos é uma modelo 1991, do colecionador Alfredo Anastasi Sturlini, e representa o ápice da Série 10/20: foi neste ano que a Ford contra-atacou, colocando um turbo na F-1000.

    A D-20 reagiu com o motor Maxion S4 turbinado e as A-20/C-20 receberam a quinta marcha. Em vão: nesse ano estreava a nova geração da F-1000.

    Continua após a publicidade
    Chevrolet Série 10/20
    Quadro de instrumentos completo e envolvente encantava os picapeiros tradicionais (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    A reestilização de 1993 trouxe os faróis trapezoidais do finado Opala: a direção hidráulica adotava controle eletrônico e a embreagem passou a ser também hidráulica.

    O painel de instrumentos foi redesenhado e havia mais itens de série: trio elétrico, alarme, volante com regulagem de altura e rodas de liga. A cabine dupla poderia vir com bancos dianteiros individuais e console central.

    Continua após a publicidade

    Mas a Série 10/20 já havia cumprido sua missão: a D-20 encerrou a carreira com um belo motor Maxion S4T-Plus de 150 cv e a C-20 finalmente recebeu injeção eletrônica (a A-20 foi descontinuada antes).

    Ambas receberam diferencial de escorregamento limitado Positraction e ABS traseiro, despedindo-se do mercado brasileiro em 1997 ao som de um tango: as últimas unidades foram produzidas em Córdoba, na Argentina.

    FICHA TÉCNICA
    Motor longitudinal, 6 cilindros em linha
    Cilindrada 4 093 cm3, 2 válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no bloco, alimentação por carburador de corpo duplo
    Potência 141 cv a 3 800 rpm
    Torque 31 mkgf a 2 000 rpm
    Câmbio manual de 4 marchas, tração traseira
    Dimensões comprimento, 534 cm; largura, 199 cm; altura, 188 cm; entre-eixos, 323 cm
    Peso 2 040 kg
    Pneus 31 x 10.5 x 15 radiais
    Preço (maio de 1986) Cr$ 144.354
    Preço (atualizado IGP-DI/FGV) R$ 128.945

     

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 2,00/semana*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de R$ 12,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.