Fiat Fastback Abarth é SUV esportivo de verdade e chega por R$ 159.990

O Sol está no signo de Escorpião, mas até quem não liga para astrologia tem motivos para pensar no aracnídeo — que é o “mascote” da divisão esportiva da Fiat. Isso porque, depois do Pulse, é a vez do Fiat Fastback Abarth ser lançado. 

O SUV cupê não traz mais potência ou torque, mas a equipe de engenharia de Betim (MG) se esforçou para incrementar diversos aspectos mecânicos do carro, que vai muito além de um “esportivado”.

Também há mais estilo e, surpreendentemente, o Fastback Abarth chega por R$ 159.990; logo, o novo topo de linha da gama é bem melhor que o antigo detentor do posto, e ainda assim custa menos do que seu antecessor custava até então.

Preços do Fiat Fastback 2024

^{*Versões com motor 1.0 turbo (130 cv/20,4 kgfm)
**Versões com motor 1.3 turbo (185 cv/27,5 kgfm)}

“Mas já não existia um Fastback Abarth?”, diriam alguns. Na verdade, esse é o Fastback Limited Edition Powered by Abarth, que era o único a oferecer motor 1.3 turbo de 185 cv e 27,5 kgfm. O Abarth no seu batismo não passava de marketing, pois não havia estética esportiva tampouco modificações estruturais nesse sentido. No Fastback Abarth de verdade, a história é outra.

O que muda na mecânica?

Ao contrário do Pulse Abarth, aqui não há ganho de potência ou torque: o Fastback Abarth mantém o 1.3 turbo de 185 cv e 27,6 kgfm, com transmissão automática de seis marchas. Era a única opção, dado que o motor 2.0 turbo (272 cv/40,8 kgfm) que estreou na Ram Rampage — e chega em breve aos Jeep Compass e Commander — é incompatível com o SUV cupê. 

A própria Stellantis, porém, já confirmou que oferecerá uma preparação à parte para a dupla de SUVs esportivos. Com tais incrementos, a expectativa é que potência e torque cheguem a impressionantes 220 cv e 35,0 kgfm, graças a escapes quádruplos, novos coletores de admissão, filtro de ar e intake (o filtro de ar cônico, que dispensa a caixa do filtro) e downpipe, entre outras coisas.

Mas números não são tudo, e o ganho de esportividade começa no escapamento duplo, com tubulações alteradas para que o 1.3 turbo faça mais barulho e tenha ronco mais grave, com direito a “pipocos”.

No conjunto de suspensão, amortecedores mais rígidos e estáveis foram instalados na frente e atrás. Na dianteira, ajustes de geometria deixaram o SUV cupê 0,5 cm mais baixo, diminuindo a rolagem em curvas exigentes e tornando a direção mais direta. Por fim, rodas de aro 18”, mais largas e com pneus mais aderentes, ampliam a força G à qual o Fastback se submete antes de derrapar.

Um destaque é o modo Poison, ativado através do chamativo botão vermelho do volante: ele deixa o acelerador tão sensível que basta pressioná-lo até a metade do curso para que 100% do torque seja entregue. 

O computador passa a subir marchas em rotações 30% mais altas, e as reduções ocorrem precocemente para que o freio motor ajude nas frenagens. O “veneno” também age endurecendo o volante, tornando controles de tração e estabilidade mais sutis e ativando a vetorização dinâmica de torque.

A dirigibilidade fica muito mais arisca, mas o Fastback Abarth também é mais rápido de fato e vai de 0 a 100 km/h em 7,6 s — 0,5 s a menos que a outra versão com 1.3 turbo. Graças ao novo aerofólio traseiro e difusor de ar, a velocidade máxima também cresceu 5%, indo aos 220 km/h.

O que muda no visual?

O jeito mais fácil de identificar um Fiat Pulse Abarth é pelo seu para-choque dianteiro. Acontece que essa peça veio justamente do SUV cupê, e a fabricante não quis criar algo exclusivo para o Fastback Abarth.

Na dianteira, as novidades são um pouco mais sutis, incluindo o emblema do Escorpião na grade dianteira, textura de fibra de carbono no friso que vai de uma ponta a outra do capô e elementos coloridos na entrada de ar inferior.

As rodas exclusivas devem agradar, com design de raios finos, uma fina borda vermelha na circunferência externa e até a simulação de parafuso central, meio que à moda dos carros de corrida.

Por dentro, a decoração rubro-negra é predominante, com friso em vermelho bem chamativo no painel tal como a textura que imita fibra de carbono logo abaixo, com costuras igualmente vermelhas. O escorpião aparece em frisos e vários emblemas espalhados pela cabine.

Os bancos são em couro, como já era no antigo topo de linha. A diferença é que o símbolo da Abarth está impresso em baixo relevo e, novamente, as costuras vermelhas estão presentes.

O mesmo vale para o volante, que é idêntico ao do resto da linha mas traz revestimento em couro perfurado e o emblema da Abarth, além de borboletas para trocas sequenciais de marchas.

Também segue o mesmo o quadro de instrumentos digital de 7”, mas com grafismos próprios. Se mantêm, por fim, a central multimídia de 10,1” com Android Auto e Apple Carplay e carregador de celular por indução. Não há controle de cruzeiro adaptativo, mas frenagem autônoma de emergência, assistente de permanência em faixa e farol alto automático estão presentes.

Os test-drives do novo Fiat Fast Abarth começam nesta quinta-feira (26), nos 70 pontos de venda da divisão esportiva no país. A lista completa pode ser conferida aqui. Curiosamente, as outras 500 concessionárias da Fiat no país também vendem Pulse e Fastback Abarth, mas só na modalidade de venda direta.

Ficha Técnica – Fiat Fastback Abarth

Motor: flex, dianteiro, transversal, 4 cil., 16V, 1.332 cm³, 185/180 cv a 5.750 rpm, 27,5 kgfm a 1.750 rpm
Câmbio: automático, 6 marchas, tração dianteira
Suspensão: McPherson (diant.), eixo de torção (tras.)
Direção: elétrica, 10,9 m (diâmetro de giro)
Freios: disco ventilado (diant.); tambor (tras.)
Pneus: 215/45 R18
Dimensões: comprimento, 442,5 cm; largura, 178,0 cm; altura, 154,4 cm; entre-eixos, 253,2 cm; porta-malas, 516 l, tanque, 47 l; peso, 1.299 kg

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