Enquanto as fabricantes de automóveis ocidentais se movimentam para enfrentar a ofensiva dos carros elétricos chineses, os chineses fazem o possível para tentar fazer carros à altura do luxo e da exclusividade de um Rolls-Royce. Pelo menos em preço o novo FAW Hongqi L5 consegue se aproximar dos carros de luxo ocidentais.
O novo Hongqi L5 resgata o visual das limusines Hongqi das décadas de 1960 e 1970, que costumavam transportar pessoas importantes do Partido Comunista. A dianteira segue as linhas do Hongqi CA72 original, com os faróis redondos posicionados bem nas extremidades da dianteira e a grade com aletas verticais. Até mesmo a posição das setas se repetem.
Na traseira, o nome ‘Hongqi’ aparece em caracteres chineses na tampa do porta-malas, que supostamente estão na caligrafia de Mao Zedong, ex-presidente da república da China.
Este sedã, na tentativa de se tornar um rival de nomes como Rolls Royce. O L5 tem um preço de 5.000.000 de yuan (aproximadamente US$ 680.000 e cerca de R$ 3,4 milhões). No interior, é equipado com um painel de três telas, os mesmos usados pela Bentley.
O design interior, apesar de sua tecnologia digital, preza em manter uma homenagem à tradição. Botões físicos enfeitam tanto o console quanto o volante, e um relógio analógico de estilo clássico fica entre as duas saídas de ar centrais, sendo mais uma semelhança aos Rolls-Royce.
Seu motor é um V8 4.0 que gera 388 cv e leva o sedã à velocidade máxima de 220 km/h, o que só é até surpreendente para um carro que pesa 3.150 kg, ainda sem contar os passageiros e motoristas. Porém, a ideia inicial do carro é que seja um veículo para passeio, nada muito esportivo, mas que seja sofisticado e confortável.
O mais surpreendente talvez seja o fato de este ser o carro mais caro fabricado na China. Esse sedã com 6 m de comprimento custa 5 milhões de yuans, o que corresponde a cerca de R$ 2,05 milhões.