Diretor da VW não descarta investigação sobre fraude no Brasil
Por aqui, único veículo da marca com motor movido a diesel é a Amarok
Alguns depois de o Ibama anunciar que faria uma investigação na Volkswagen do Brasil por conta do escândalo envolvendo a fraude na emissão de poluentes do motor a diesel EA 189 e os 11 milhões de carros nos quais ele foi instalado, a montadora se pronunciou publicamente sobre o caso. A palavra coube a Antonio Megale, diretor de Assuntos Governamentais da marca.
Convidado do painel “Inovar-Auto 2” do Fórum Direções, organizado nesta terça-feira (29) por QUATRO RODAS, Megale admitiu que ainda não há uma posição concreta a respeito da existência de veículos equipados com o polêmico motor no Brasil. Na verdade, haverá uma investigação global detalhada para saber quais são as unidades afetadas, da qual o Brasil fará parte num segundo momento.
Isso acontecerá pelo fato de apenas um modelo do portfólio da Volkswagen no mercado brasileiro ser equipado com motor movido a diesel – a picape Amarok. Ela é produzida na Argentina, mas o motor 2.0 de quatro cilindros é proveniente da Alemanha, sendo oferecido em configurações de 140 e 180 cavalos de potência.
No que diz respeito aos mercados que mais utilizam propulsores a diesel, como os do oeste e do centro da Europa, a Volkswagen pretende agir com mais rapidez. A expectativa é de que os recalls sejam anunciados em outubro. Já é certo que eles irão demandar aos proprietários dos veículos afetados que levem os respectivos carros às concessionárias das marcas do grupo para os devidos procedimentos.
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