Enquanto carros como o novo Renault Kwid estão entrando na moda dos faróis divididos em dois blocos independentes, o novo Citroën C5 Aircross está abandonando esta antiga tendência em sua primeira reestilização. Isso não quer dizer que o SUV compacto não traz algo diferente no design.
Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 9,90
Obviamente, tudo não passa de coincidência, mas o C5 Aircross de fato ganhou nova cara, com a típica ousadia da fabricante. Também houve mudanças nos assentos, suspensão, central multimídia e rodas.
Nova grade frontal
Com licença poética à moda da França, a Citroën definiu o novo “rosto” do modelo como “mais vertical e moderno”, com “curvas dando lugar a linhas mais estruturadas”.
Na prática, isso significa que enquanto modelos como Kwid e Toro, por exemplo, apostam em DRLs separadas acima dos faróis, o C5 volta ao estilo clássico, com iluminação integrada em uma única peça.
Quatro Rodas
Clique e AssineAs luzes de rodagem são duplas e se conectam à grade, que traz leds pontilhados separados pelo emblema da marca, que abandonou o cromado e adotou o black piano. A entrada de ar inferior tem entalhes que parecem inspirados pelo símbolo da Citroën, com faróis de neblina pequenos e discretos nas extremidades.
Atrás não houve tanto atrevimento e as mudanças se limitaram às lanternas. Se antes essas “adentravam” a carroceria, agora os moldes trazem saliências bem notáveis, junto à nova assinatura luminosa em três retângulos de cada lado e máscara negra.
Assentos de alta densidade
Por dentro as atualizações são mais do que estéticas: a central multimídia já bem datada deu lugar a uma nova tela flutuante, de 10’’. Seguindo a tendência da Stellantis, as saídas de ar passaram para baixo da central, que segundo a marca tem melhor resolução.
Também há tela nova no elegante quadro de instrumentos, que vem com 12,3’’ e, além das informações básicas, também exibe dados de navegação, fluxo energético (nas versões híbridas) e direção autônoma de nível 2 (controle de cruzeiro adaptativo e assistentes de permanência, entre outros).
Os ocupantes têm a promessa de novo patamar de conforto, graças ao uso dos assentos Citroën Advanced Comfort. Feitos de espuma de alta densidade, os bancos não apenas “oferecem o melhor em termos de conforto visual, ergonômico e de condução”, mas também prometem resistir muito bem ao afundamento que o estofado sofre com o passar do tempo, tornando-se flácido. O ápice desses bancos, reforça a montadora, vêm do aquecimento e sistema de massagem opcionais à primeira fileira.
Tapete voador
Em termos mecânicos o C5 Aircross continua basicamente o mesmo — o que não é demérito. O utilitário se destaca pela uso de coxins hidráulicos adaptativos, que absorvem com grande efetividade as imperfeições do solo e geram estabilidade interna que a Citroën chama de “efeito tapete voador”.
Também não há novidades na motorização, que segue com opções híbridas a gasolina, puramente a gasolina ou a diesel. A variante híbrida se destaca por oferecer cerca de 32,6 kgfm instantaneamente, permitindo arrancadas com extrema agilidade e propulsão puramente elétrica a até 135 km/h.
Com zero emissão de dióxido de carbono, o modo elétrico também permite que o SUV circule nas cada vez mais comuns zonas urbanas onde é proibida a circulação de carros a combustão. Mesmo assim é preciso atenção, dado que as baterias permitem alcance máximo de aproximadamente 60 km.
Junto ao motor 1.6 a gasolina (183 cv/30,6 kgfm), o C5 Aircross híbrido têm valores combinados de 228 cv e 36,7 kgfm. O motor a diesel 2.0 BlueHdi tem ainda mais torque (impressionantes 40,8 kgfm), mas a potência é de “apenas” 180 cv.