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Citroën C3 Exclusive

O C3 encorpou, perdeu o tanquinho e quer mostrar que, além de conquistar as mulheres, é bom de briga entre os premium

Por Ulisses Cavalcante | Fotos: Marco de Bari
Atualizado em 19 mar 2024, 10h15 - Publicado em 28 ago 2012, 10h36

testes

Não são raros os casos de franceses que chegam por aqui causando frisson entre o público feminino. O C3 é um desses privilegiados sedutores. Desde que se apresentou em 2003 para desfilar no São Paulo Fashion Week, badalado evento de moda realizado na capital paulista, ele caiu nas graças das moças, que, de acordo com a marca, representam 60% de sua clientela. Mas esse apelo de conquistador é justamente seu carma, pois faz com que enfrente rejeição do público masculino. Como convém a um galã, ele mantém sua linha desde então. É fato que o hatch passou por uma atualização, em 2009, mas o botox na dianteira não chegou a alterar sua aparência. O que ele ganhou foram banhos de loja que acrescentaram equipamentos, como o teto solar na versão Solaris.

Após nove anos, uma segunda geração chega com a missão de ampliar o fã-clube do franco-brasileiro produzido em Porto Real, no Rio de Janeiro. A Citroën, claro, evita a conversa de “carro de mulher”, tanto é que pretende conquistar os homens. A novidade coloca ênfase no adjetivo “premium”, apostando em um visual sofisticado para agradar a clientes mais afeitos a um look descolado que a uma pegada esportiva.

O novo C3 chega renovado até os ossos e ficou mais encorpado. Ganhou 9,4 cm no comprimento e 4,1 cm na largura. Cresceu no porte, mas continua pecando no espaço para as pernas no banco traseiro.Você tem mais de 1,80 metro? Não espere con- seguir carregar um adulto alto atrás do motorista. O C3 compartilha plataforma, componentes mecânicos e peças de acabamento com o C3 Picasso. A Citroën irá aproveitar o lançamento para reposicionar as versões disponíveis, incluindo uma troca de nomenclaturas. A versão GLX deixa de existir. A configuração de entrada passa a se chamar Origine, seguida de Tendance e Exclusive, topo da gama. O motor 1.4 sai de cena e dá lugar ao 1.5 bicombustível de 93 cv nas configurações básica e intermediária. Apenas a top terá o 1.6, bem como a opção da transmissão automática. Esta também muda. A AL4 foi substituída pela AT8, mesma caixa utilizada no C4 Pallas. Com o câmbio automático, passam a ser oferecidas também borboletas atrás do volante para as trocas manuais.

Desde a versão mais barata, o C3 vem equipado com airbag duplo, freios com ABS, ar-condicionado, direção elétrica com ajuste de altura e profundidade e cinto de três pontos no meio do assento traseiro. A assistência elétrica foi preservada, pois o equipamento é dividido com o DS3, não com o C3 Picasso – que utiliza uma caixa de direção hidráulica. No eixo traseiro, os tambores de freio não foram abandonados, mas o tamanho da peça subiu de 8 para 9 polegadas.

Outras heranças da linha Picasso são as cinco saídas de ar no painel – três apenas na parte central -, volante, quadro de instrumentos, bancos e sistema de ar-condicionado. Pensando em conter os ruídos externos, a Citroën aumentou a espessura dos vidros, que subiu de 3,15 mm para 3,5 mm. Quem não tem boas recordações do veludo que fazia parte do revestimento dos bancos dos Citroën no começo dos anos 2000 pode celebrar, ele foi extinto. Agora um tecido texturizado, do tipo 3D, foi adotado nas áreas de maior contato com o corpo dos ocupantes. Por compartilhar peças com um carro maior, foi beneficiado, por exemplo, no generoso porta-luvas, capaz de comportar uma mochila. Além disso, tem sistema de iluminação e de refrigeração de série, quase um frigobar…

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Os C3 equipados com o para-brisa Zenith, que se alonga até a altura da cabeça do motorista, expandem a visibilidade ao ponto de tornar o carro um pequeno observatório. O ângulo de visão médio sobe de 30 graus para 80. Ajuda a curtir a paisagem, mas traz inconvenientes, como a falta de luz central e espelho no para-sol.

Pneus verdes

A versão Exclusive ficou 80 kg mais pesada que a anterior, mas, apesar disso, não abusa no consumo de combustível. Fez 7,2 km/l dentro da cidade com etanol. Em 2003, foram 8 km/l usando gasolina. Uma bem-vinda providência foi o aumento do tanque, que cresceu de 46 para 55 litros. Segundo a Citroën, a adoção de pneus verdes e carroceria com coeficiente aerodinâmico menor compensou o peso extra.

O motor 1.6 passa a contar com o sistema Flex Start, que elimina o tanquinho de gasolina para partida a frio. Fornecido pela Bosch, o equipamento aquece o etanol antes da fase de injeção, permitindo que o motor seja ligado em locais de baixa temperatura. Não é o estreante da tecnologia – o VW Polo E-Flex a inaugurou no Brasil -, mas é o primeiro a adotá-la em grandes volumes.

O C3 brasileiro não é o mesmo à venda na Europa. Feito em Porto Real (RJ), o compacto tem diferenças na motorização e no visual. A dianteira, assim como ocorre com o C3 Picasso, é exclusiva para a América Latina. O “nosso” tem uma entrada de ar entre o para-choque e o capô, fechada por duas linhas cromadas unidas pelos chevrons da Citroën. O “deles” tem o símbolo da empresa instalado acima da grade do radiador. Com o design mais bem resolvido, o nacional não fica atrás em tecnologia.

O lançamento provocou uma queda no preço do atual. Por 34 990 reais, a versão GLX vem com motor 1.4 e uma boa lista de equipamentos.

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DIREÇÃO, FREIO
E SUSPENSÃO


A direção elétrica
foi uma das grandes novidades do C3,
em 2003, e continua agradando. A suspensão é macia, mas não chega a ser instável, como ocorria com o Fiat Stilo.

★★★★

MOTOR E CÂMBIO

O ganho de potência trouxe bons resultados, melhorando o já eficiente motor 1.6 do grupo PSA. O mesmo vale para a transmissão, que se esquiva bem das críticas.

★★★★

CARROCERIA

O visual adotado no Brasil é requintado
e mais bem resolvido que o modelo europeu, assim como ocorre com o C3 Picasso. Não deve envelhecer tão cedo, como o hatch de 2003.

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★★★★☆

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VIDA A BORDO

Mostra clara evolução em relação ao antigo C3. Melhorou em ergonomia e em acabamento. Os bancos de tecido são superiores ao veludo. O para-brisa alongado faz a viagem valer a pena.

★★★★★

SEGURANÇA

Vem de série com freios ABS e airbags duplos desde a versão básica. Ajustes da direção e altura do assento garantem boa posição para dirigir.

★★★★☆

SEU BOLSO

O preço de 49990 reais para a versão top é competitivo, mas não agressivo. A configuração intermediária ganha em custo-benefício, pois é rica em equipamentos. Apenas corta os itens que não são essenciais.

★★★★

OS RIVAIS Fiat Punto

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Lançado em 2007, chega renovado no mesmo mês de estreia do C3 de 2a geração. Leia a avaliação nesta edição.

Ford Fiesta

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No Brasil desde o fim de 2011, tem reestilização agendada para o ano que vem. O conjunto mecânico é seu destaque.

VEREDICTO

Até o fechamento desta edição, apenas o preço oficial do C3 Exclusive havia sido divulgado. A melhor opção de compra deve ser a Tendance, intermediária, que conta com farta lista de equipamentos. A Citroën espera que 50% das vendas sejam dessa versão.

>> Confira aqui a Ficha Técnica do carro

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