Quando foi lançado, o Chery eQ5 tinha um projeto no mínimo ousado. Ele era o primeiro SUV elétrico da marca, foi oferecido em três versões com potências diferentes e estreava a nova plataforma LFS, além de ter sua carroceria assinada pela famosa Pininfarina. Mesmo assim, não caiu no gosto do público chinês e teve números baixos de venda, sendo comercializado de 2020 a 2022 apenas.
Mas o tempo passou e a Chery voltou a apostar suas fichas no eQ5. Dessa vez o projeto foi revisado, começando pelo nome que agora é eQ7.
O visual também é outro: a carroceria é a mesma — afinal, não seria uma boa ideia jogar fora um design da Pininfarina — mas houve alterações na dianteira e traseira para agradar mais o público chinês.
Na frente, o estranho farol à la Porsche Cayenne (e que tinha uma posição bem elevada) saiu de cena. Agora o eQ7 tem DLRs bem finas e um par de grandes faróis principais, posicionados mais abaixo e na frente do carro. Um estilo mais comum e menos agressivo aos olhos.
A traseira era mais tradicional no eQ5. O padrão se manteve no eQ7, com faróis interligados por uma barra luminosa, que quase não teve seu formato alterado. Isso ao contrário do para-choque, que foi reformulado e agora tem grande área central na cor do veículo, com extremidades em preto, formando um desenho estiloso.
O SUV cresceu e agora tem 4,65 m de largura e 1,66 m de altura, mas a largura se manteve no 1,91 m. O mesmo vale para o porta-malas, que continua com 386 litros de capacidade. Por dentro, a principal mudança está no console central, agora livre de botões e alavancas, tendo apenas carregadores sem fio. A grande maioria das funções, como o seletor de câmbio, foram realocados no volante e na coluna de direção.
A motorização também ganhou um upgrade: antes, o eQ5 era oferecido em versões de 163, 181 ou 204 cv. Agora será apenas uma opção, com 211 cv e 29,0 kgfm. Mas a bateria está menor, sendo de 67,1 kWh — antes o SUV era vendido com opções de 70 ou 88 kWh.
Essas mudanças, porém, não afetaram a autonomia, e o eQ7 pode rodar até 512 km com apenas uma carga, segundo o ciclo CLTC, enquanto o antecessor tinha alcance declarado de 510 km com a bateria de 70 kWh. Claramente, o eQ5 com a bateria maior tinha um alcance melhor, chegando a 620 km.
Se os chineses não se empolgarem com as mudanças, talvez o preço ajude. O eQ7 tem uma estimativa de custo consideravelmente menor que o do antecessor, variando entre o equivalente a US$ 20.000 e US$ 23.000, enquanto o eQ5 era começava nos US$ 29.000. Talvez isso sirva para algo melhor que o fracasso do eQ5, que em seu primeiro ano vendeu apenas 867 unidades.