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Carros elétricos serão mais baratos que os movidos a gasolina até 2027

Europa verá essa mudança em seis anos, mas no Brasil são os híbridos que estão fazendo a transição para os carros eletrificados

Por Pedro Henrique Oliveira
14 Maio 2021, 08h00
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  • Chevrolet Bolt, Nissan Leaf e Renault Zoe vistos de frente
    Bolt, Leaf e Zoe são três modelos elétricos já presentes no Brasil (Christian Castanho/Quatro Rodas)

    Até 2027 os carros elétricos serão mais baratos quando comparados àqueles que utilizam combustíveis fósseis. Pelo menos é isso que aponta um levantamento feito pela BloombergNEF (New Energy Finance) para o Transport & Environment (T&E).

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    Este, possivelmente, seria o resultado do impulso dado pelas grandes potências mundiais que, na corrida para reduzir a emissão de gases poluentes na atmosfera, já colocaram data para o fim da comercialização de carros com motor a combustão com o objetivo de reduzir a emissão de poluentes.

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    Os hatches e sedã médios (segmentos C e D), e SUVs elétricos serão mais baratos que carros movidos a gasolina já em 2026, enquanto, de acordo com o estudo, veículos menores (segmento B) atingirão esse patamar em 2027.

    A pesquisa mostra ainda que as vans elétricas leves serão mais baratas que as movidas a diesel em 2025, enquanto as mais pesadas só alcançarão esse nível em 2026. 

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    Três gráficos que mostram a redução dos preços dos veículos elétricos até 2027.
    Gráfico mostra mudança no cenário de preços dos veículos elétricos na Europa (BloombergNEF via Transport & Environment/Divulgação)

    O motivo da redução no preço se dá por conta da previsão de queda do valor das baterias em 58% até 2030. Além disso, a nova arquitetura dos carros elétricos e as linhas de produção dedicadas a eles farão com que os EVs tornem-se mais baratos para os consumidores. 

    A pesquisa relata que, caso as agências legislativas da Europa atuem para aumentar as metas de redução de emissões de CO2 junto a medidas de incentivo aos carros elétricos, como instalação de mais postos de carregamento, os veículos movidos a bateria podem atingir 100% de novas vendas em 2035.

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    A diretora sênior da T&E, Julia Poliscanova, fez uma projeção para a próxima década. “Os veículos elétricos serão uma realidade para novos compradores dentro de seis anos. Eles não são apenas melhores para o clima e para a liderança industrial da Europa, mas também para a economia”, afirma.

    E no Brasil?

    A transformação do mercado europeu é uma realidade, mas no Brasil o cenário é outro. Apesar do início de 2021 ter sido o melhor da série histórica, com 7.290 veículos eletrificados (elétricos e híbridos) emplacados, o presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), Adalberto Maluf, afirma que há como melhorar.

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    Chevrolet Bolt, Jaguar i-Pace, Nissan Leaf e Renault Zoe vistos de trás
    Chevrolet Bolt, Jaguar i-Pace, Nissan Leaf e Renault Zoe são alguns elétricos do mercado nacional (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

    “Infelizmente, a gente está um pouco desconectado do resto do mundo. Quando falamos que, ano passado, a média mundial de participação dos elétricos nas vendas foi de 4,6%, aqui no Brasil, a participação de veículos elétricos puros foi de 0,3% do total”, explica.

    De acordo com o presidente da ABVE, o principal fator que atrasa o mercado interno é a tributação sobre os automóveis movidos a bateria. Ele explica que o regime automotivo brasileiro utiliza “metodologias do século passado ao cobrar por cilindrada e por peso” e, por consequência, penaliza novas tecnologias e a eficiência energética.  

    A infraestrutura não é o problema. Em 2019, o país contava com 350 postos de recarga para os veículos. Hoje, de acordo com a ABVE, o número está próximo a 600. Mesmo assim, Adalberto Maluf cita que não há uma “visão de futuro” em relação ao setor automotivo no Brasil.

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    Veículos elétricos carregando vistos de baixo para cima
    O Brasil avançou em 2020 na instalação de postos de carregamento de veículos elétricos, diz a ABVE (Alexandre Battibugli/Quatro Rodas)

    O presidente reforça que falta incentivo para fomentar o setor. “Cada vez mais os governos vêm subsidiando novas tecnologias para fazer essa transição e reduzir a emissão de poluentes. No Brasil, como nós não temos o governo federal induzindo esse processo, o setor não se vê motivado para investir”, disse. 

    Embora a ABVE não faça a previsão de quando os automóveis elétricos serão mais baratos do que os movidos a combustíveis fósseis no Brasil, o presidente da Associação diz que o país não ficará para trás. “Acredito que chegue no Brasil um ou dois anos depois por conta da nossa distorção tributária”. 

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    Toyota Corolla Cross XRX Hybrid flex 2022
    Dos 7.290 eletrificados vendidos em 2021, 46% foram fabricados pela Toyota em Indaiatuba e Sorocaba (SP) (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    Apesar das possibilidades de melhoria, o setor dos eletrificados apresentou 20% de aumento no primeiro quadrimestre de 2021 quando comparado ao mesmo período do ano anterior. A previsão é de que o mercado nacional deva ultrapassar a marca de 28.000 eletrificados vendidos em 2021. Atualmente há mais de 49.000 veículos desse tipo em território nacional.

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    Capa Quatro Rodas Abril
    (Arte/Quatro Rodas)
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