A BYD Shark enfim foi lançada no Brasil. A picape chega como a segunda híbrida do nosso mercado, mas é a primeira do tipo plug-in. Não só isso, ela também é o primeiro veículo da montadora chinesa desenvolvido pensando no mercado mundial, uma vez que as picapes não são muito populares na China.
Já sabemos muito sobre ela, inclusive, até pudemos dirigí-la no México em maio deste ano. Por isso, vamos logo ao que interessa: o preço. A Shark chega em versão única por R$ 379.800, sendo a mais cara entre as picapes médias, com exceção da Ford Ranger Raptor, com vocação esportiva e que custa R$ 475.000.
Quando o assunto é picape híbrida, porém, existia apenas a Ford Maverick Lariat Hybrid, com porte menor e que parte dos R$ 239.500.
A BYD Shark combina o 1.5 turbo a gasolina de 183 cv e 26,5 kgfm, que trabalha junto com outros dois motores elétricos. O dianteiro tem 231 cv e 31,6 kgfm, enquanto o traseiro tem 204 cv e 34,7 kgfm. Ao todo são 437 cv combinados e essa disposição garante tração integral à picape.
Com esses números, ela promete um 0 a 100 km/h de 5,7 s sendo, na prática, mais lenta só que a nova Ram 1500. Tudo isso, mesmo pesando 2.710 kg – mais que uma Ram 1500.
Quanto a bateria, ela é Blade de 29,6 kWh e permite uma autonomia elétrica de 57 km (PBEV). A recarga pode ser feita em carregadores rápidos de corrente contínua a até 55 kW e leva cerca de 20 minutos para recuperar de 10% a 80% de carga. Em carregadores lentos (AC), porém, a potência máxima de recarga é de 6,6 kW. O veículo tem função V2L que permite alimentar equipamentos ou aparelhos elétricos.
As capacidades são menores que as de picapes médias convencionais, a diesel. A caçamba tem bons 1.435 litros, mas a capacidade de carga é de 790 kg. Já a capacidade de reboque é de 2.500 kg. Quanto às dimensões, a Shark tem 5,46 m de comprimento, 1,97 m de largura, 1,92 m de altura e 3,26 m de entre-eixos.
A BYD Shark tem visual é bem diferente do que temos em outros modelos aqui no Brasil. Apesar do conjunto óptico dianteiro se assemelhar ao da elétrica Ford F-150 Lightning, principalmente pelos DLRs de leds que contornam os principais e atravessam a parte superior, existe uma originalidade. Isso fica evidente na pequena grade dianteira, que serve mais como um plano de funo para destacar o nome “BYD” bem no centro do conjunto.
A traseira remete ainda mais à picape elétrica da Ford, por usar uma barra iluminada para interligar as lanternas grandes e largas.
Por dentro, a cabine tem um visual que remete aos SUVs da FangChengBao, com alças no meio do console e muitos botões para controlar seus modos off-road. A picape traz seis modos de condução, sendo três off-road (neve, lama e areia), além dos modos Eco, Normal e Sport. Isso para a versão de entrada.
Tem seis airbags, sistema de prevenção de capotamento, central multimídia de 12,8’’ com Android Auto e Apple CarPlay sem fio, quadro de instrumentos digital de 10,25’’, carregador de celular por indução, chave presencial com tecnologia NFC.
Há ainda sensores de chuva e crepuscular, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, rodas de liga leve de 18’’, retrovisores elétricos com função de rebatimento automático e desembaçador, ar-condicionado de duas zonas e bancos dianteiros elétricos com ventilação e aquecimento.
Subindo um degrau, a BYD Shark tem recursos ADAS como controle de cruzeiro adaptativo, avisos de colisão frontal e traseiro com frenagem autônoma de emergência, alerta de ponto cego e assistente de troca de faixa. E a antena do tipo “shark” é de série.