Uma pesquisa revelou como evoluíram os quesitos que definem a compra de um carro no Brasil. A preferência nacional foi mudando nos últimos anos, o que elevou alguns pontos de interesse. Com base na plataforma NPS Prism, a Bain falou com 17 mil consumidores brasileiros, mostrando o que mudou no hábito dos que procuram um novo automóvel.
O estudo mostrou o que mudou nos gostos até 2019 e depois de 2020. Alguns pontos de decisão subiram mais do que outros. O desenho externo passou de 72% para 84%, um crescimento de 12%. Na mesma linha, o design interior também é muito valorizado, tendo subido de 76% para 84%, o que demonstra a importância do design. Ligado ao desenho interno vem os sistemas de entretenimento, um ponto que aumentou de 69% para 85%.
Na hora de recomendar o carro a amigos ou parentes, o desenho interior é mais citado que o design externo. Visual, conforto e ergonomia se destacam em várias categorias de modelos, mas o apelo é mais forte entre os donos de SUVs e picapes, mulheres, clientes de classes mais altas e nas faixas de idade acima dos 30 anos.
Em um período de grandes aumentos de preços e achatamento da capacidade de compra, o custo-benefício ganhou maior importância, passando de 82% para 89%.
Quesitos técnicos também evoluíram. A segurança foi de 82% para 91%, atingindo quase todos os compradores. Com carros cada vez mais rápidos, a decisão de compra é influenciada pelo desempenho em 87% dos casos, em relação aos 77% registrados até 2019. A estrutura é outro item que foi ampliado, indo de 80% até 88%. Um item que não registrou um crescimento na mesma medida dos demais foi a sustentabilidade. Se antes eram apenas 64%, agora são 75%, um bom incremento. No entanto, ainda é o único ponto que ainda não passa dos 80%.
A pesquisa mostra as diferenças de comportamento dos consumidores dos automóveis premium. Para eles, o design chega a 89%; a beleza de cabine alcança 89%; a performance chega a 91%; a estrutura a 90%; a segurança toca nos 91% e o custo-benefício marca 80%, nove pontos a menos do que nos carros que não são de luxo, para citar um exemplo. São indicadores que servem para demonstrar a maior exigência desses consumidores, além da importância menor dos preços para esses.
O estudo apontou o que os consumidores pesquisam antes da compra:
1) Informações sobre o veículo – 48%
2) Imagens ou vídeos do modelo – 48%
3) Preço do veículo – 45%
4) Ofertas especiais ou incentivos – 40%
5) Comparativo entre o carro e seus rivais – 38%
6) Avaliações ou opiniões de especialistas ou outras pessoas – 33%
7) Comparativos entre as versões do automóvel – 26%
8) Um orçamento para um carro específico – 21%
9) Localização do modelo para ver pessoalmente, fazer um test drive ou compra – 11%
10) Fazer uma pergunta específica sobre o automóvel – 7%