Desconto de até 39% OFF na assinatura digital
Continua após publicidade

Brasil (finalmente) terá gasolina com padrão de qualidade de EUA e Europa

Especificações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) garantem mais qualidade à gasolina feita aqui, mas ela também ficará mais cara

Por Renan Bandeira
Atualizado em 24 jun 2020, 14h43 - Publicado em 24 jun 2020, 14h13
O Creta inaugura uma nova fase: os carros serão abastecidos somente com gasolina
Gasolina com maior qualidade será oferecida a partir de agosto (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Finalmente os brasileiros terão gasolina produzida aqui com a mesma qualidade do combustível vendido nos Estados Unidos e na Europa – para alegria dos nossos leitores e também dos motores.

As refinarias deverão começar a oferecer o produto em agosto deste ano, de acordo com a explicação da diretora de Refino e Gás da Petrobras, Anelise Lara, durante videoconferência sobre Mobilidade Sustentável e o Futuro do Combustível, realizada pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva (AEA).

Quer ter acesso a todos os conteúdos exclusivos de quatro rodas? clique aqui e assine com 64% de desconto.

Vale lembrar que as novas especificações impostas pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a gasolina brasileira já haviam sido aprovadas em janeiro deste ano.

Refinaria de Petróleo
Refinarias brasileiras terão que seguir as novas regras impostas pela ANP (Agência O Globo/Veja)

Melhor qualidade, maior preço

Essa nova resolução estipulou os valores de massa específica do combustível, novos padrões de destilação e os limites de octanagem para garantir uma gasolina mais eficiente – e que, indiretamente, melhore o desempenho dos motores, reduza as emissões de poluentes e o consumo.

Continua após a publicidade

No entanto, não apenas boas notícias, já que, à medida que a qualidade sobe, o preço também aumenta. “A Petrobras pratica paridade dos preços de importação e a comparação será com gasolinas de melhor qualidade do exterior”, justifica Lara.

De acordo com a executiva, embora o valor seja elevado, esse gasto será compensado pelo rendimento aprimorado, que possibilitará rodar mais quilômetros por litro. “No final, para o consumidor, em termos de custo, a gente acredita que será positivo”, completa a diretora da Petrobras.

Frasco com etanol no Laboratório de Análise do CTC
Gasolina brasileira tem até 27% de álcool anidro na composição (Acervo/Quatro Rodas)

Mesma receita alcoólica

Embora tenha novas especificações de produção, a gasolina brasileira manterá a composição atual com 27% de álcool anidro na mistura das opções comum e aditivada distribuídas aos postos.

Essa formulação está em vigor há quase quatro anos e, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), testes indicam que não diferenças no comportamento dos veículos em relação ao combustível com até 25% de álcool anidro – composição válida até novembro de 2016.

O ponto positivo da adição de álcool na composição é o aumento de octanagem do combustível. Quanto maior o número de octanas, maior a resistência do combustível à compressão no momento da combustão interna do motor, o que garante maior eficiência na queima e evita as populares “batidas de pino”.

Continua após a publicidade

O combustível derivado da cana de açúcar eleva a octanagem por ter menor poder calorífico, ou seja, ele demora mais tempo para entrar em combustão que a gasolina (que, em estado puro pode até antecipar o tempo de combustão por suportar menos compressão do pistão).

O ponto negativo é que, por ter maior resistência a essa compressão, o processo de combustão do etanol exige que uma maior quantidade de combustível seja depositado na câmara, o que eleva o consumo. Ou seja, quanto maior o percentual de álcool na mistura, mais “beberrão” o veículo fica.

No Brasil, as gasolinas categorizadas como Premium possuem a  menor quantidade de álcool anidro na mistura: o limite é de 25% de adição na composição. Isso torna o combustível mais eficiente.

Continua após a publicidade
Bocal de reabastecimento
Gasolinas Premium compensam octanagem com antidetonantes (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Octanagem do jeito raiz

Embora tenha menos derivado de cana na mistura, as gasolinas Premium já chegam aos postos com maior percentual de octanagem, compensando a falta do álcool anidro. Para isso, as refinadoras acrescentam à fórmula uma série de elementos antidetonantes na composição, como metil-t-butil-éter.

Embora seja indicada para a utilização em veículos de alta performance, essa gasolina (mais cara) pode ser uma saída para proprietários de veículos importados e nacionais produzidos antes da década de 1990.

Continua após a publicidade

Sem componentes adequados para a mistura com álcool – que não tem o efeito lubrificante da gasolina –, há uma série de efeitos negativos, como deterioração dos retentores de borracha, mangueiras de combustível e plásticos e metais, que podem sofrer com ressecamento e oxidação com a mistura de 27%.

Não pode ir à banca comprar, mas não quer perder os conteúdos exclusivos da nova edição de quatro rodas? clique aqui e tenha o acesso digital.

Brasil (finalmente) terá gasolina com padrão de qualidade de EUA e Europa
(Fernando Pires/Quatro Rodas)
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 6,00/mês

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 14,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.