Talvez fosse melhor usar letras como CS ou Performance ou outra sigla que tenha a ver com a marca alemã e não algo que soe como o nome invertido de uma marca de whisky. Mas o BMW XM Label Red foi feito pensando em sheiks, esportistas, músicos ultra-milionários e qualquer outro tipo de consumidor endinheirado, assumindo-se como o BMW M de estrada mais potente da história.
E que, em vez de uma ressaca suave, será capaz de gerar performances igualmente inebriantes a partir de um rendimento máximo de 748 cv e 102 kgfm. Entre outras batalhas contra o cronómetro, pode atingir os 100 km/h em 3,8 segundos e prosseguir até aos 250 km/h ou mesmo 290 km/h, se estiver equipado com o pacote M Driver.
Há detalhes em vermelho na moldura da proeminente grade frontal, nas rodas de 21 polegadas, no difusor traseiro, nas molduras dos vidros, nas linhas de cintura e no rebordo das letras XM. Dá para combinar com as mais de 50 cores disponíveis no configurador da marca.
O mesmo visual esportivo pode ser encontrado no interior do carro, com um permanente contraste entre vermelho e preto. No primeiro caso, o tom aparece em aplicações cirúrgicas na parte de cima dos bancos com encostos de cabeça integrados e nas costuras. O vermelho também está no painel, nos forros das portas, console central e nas saídas de ventilação.
A faixa em fibra de carbono polido dá mais exclusividade a este modelo que será numerado de 1 a 500.
O botão M Hybrid pode ser usado para selecionar o modo de funcionamento do sistema de propulsão, da mesma forma que o botão Setup concede acesso direto à configuração de motorização, chassis, direção, sistema de frenagem e sistema de tração nas quatro rodas.
Nas borboletas de mudança de marcha atrás do volante, também com símbolos em vermelho, o motorista pode acionar o Boost Mode, um modo de aceleração máxima.
Números exponenciais
Aos 585 cv e 76,5 kgfm do motor V8 biturbo juntam-se os 197 cv e os 28,5 kgfm do motor elétrico, mas a utilização de uma tecnologia de aumento de rendimento entre o rotor do motor elétrico e a transmissão permite elevar o torque até 45,8 kgfm.
Em condições normais, isso apenas seria possível com um motor elétrico maior e mais pesado.
O sistema de escape dispõe de duas válvulas controladas eletronicamente de forma continuamente variável para gerar um ronco digno da performance do XM Label Red. Ele é emitido pelas duas ponteiras de escape duplas, dispostas uma sobre a outra.
Além de ser determinante para melhorar as acelerações, a assistência do motor elétrico contribui para retomadas de velocidade mais imediatas e, ao aliviar a carga sobre o motor V8, também promove consumos mais baixos: a média homologada é de 58,8 km/l em ciclo WLTP.
Por outro lado, a bateria de 25,7 kWh permite uma autonomia 100% elétrica de 75 a 83 quilómetros, sendo a velocidade máxima de 140 km/h desta forma.
O carregamento da bateria pode ser feito em corrente alternada (AC) até um máximo de 7,4 kW. Serão necessárias 4h15m para uma carga completa.
A carroceria foi alvo de uma nova afinação geral, mais firme, para estar à altura das maiores exigências desta que é a versão mais potente do XM.
O sistema de tração envia a potência dos dois motores para as quatro rodas, com prevalência das traseiras, que se torna ainda mais dominante quando é escolhido o programa Sport.
Se desativar o controle de estabilidade é possível engrenar o modo Sand (Areia), concebido especialmente para dirigir sobre dunas e superfícies similares, para otimizar a capacidade de tração do XM. Um autoblocante eletrônico traseiro contribui para melhorar a tração.
De série inclui-se suspensão com amortecimento adaptativo, barras de estabilização ativas (conjuntamente chamados Suspensão Adaptativa M Professional) e direção ativa integral. O sistema de frenagem (que dá ao motorista a possibilidade de escolha entre duas respostas distintas do pedal da esquerda) combina pinças fixas de seis pistões nas rodas dianteiras com pinça única flutuante nas traseiras.