Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

BMW CS: velocidade em estado da arte

Precursor da Série 6, o cupê começou agradando pelo design, mas ganhou fama ao virar um ícone das pistas - e da pintura

Por Fabiano Pereira
10 mar 2017, 19h38
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Frente inclinada reforçava impressão de velocidade
    Frente inclinada reforçava impressão de velocidade (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Os anos 60 marcaram a aurora da era atual da BMW. Foi nessa época que surgiram clássicos como o 1500 “Neue Klasse” (1962), o compacto 2002 (1968) e um cupê esportivo que faria história, o 2800CS (1968), projetado para enfrentar os similares da Mercedes-Benz.

    Seu desenho básico era o mesmo de 2000C e 2000CS, de 1965, com carroceria Karmann. Porém os faróis horizontais destes, bem separados da tradicional grade em formato de rins, deram lugar aos duplos circulares, embutidos numa ampla grade horizontal. A frente e a traseira em perfil “tubarão”, inclinadas nas extremidades, foram preservadas.

    O BMW 2800CS encantava pelo motor 2.8 de 170 cv
    O BMW 2800CS encantava pelo motor 2.8 de 170 cv (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    No entanto, mais importante que o novo visual, o que encantava era seu seis-cilindros em linha – dois a mais que nos 2000, com motores 2.0 de 100 ou 120 cv. A chegada do 2800CS, com um 2.8 de 170 cv em 1968, marcava o nascimento de um mito. Com forma e conteúdo alinhados, a BMWcomeçava a escalada de potência que eternizaria o projeto.

    O modelo das fotos é um BMW 2800CS (geração E9), de 1971, da última safra da versão. Nele, sobra espaço para as pernas na frente e falta atrás. As colunas finas facilitam a visibilidade, embora o longo capô dificulte um pouco as manobras. Em velocidades altas, a direção passa segurança e precisão. Sentem-se os impactos da pista sem exagero.

    Continua após a publicidade
    Faróis duplos: referência visual da marca até os anos 90
    Faróis duplos: referência visual da marca até os anos 90 (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Os engates do câmbio manual são precisos, curtos e fáceis. Um pouco arisco em primeira, o motor é progressivo e dócil nas marchas superiores, sempre com disposição de sobra. “O velocímetro em milhas às vezes é um problema. Facilmente se atinge velocidade superior à que se imagina”, diz seu dono.

    Volante esportivo e alavanca de câmbio próxima combinava com a proposta do cupê
    Volante esportivo e alavanca de câmbio próxima combinava com a proposta do cupê (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Ainda em 1971 foi apresentada uma nova evolução, cujo nome mudou para 3.0 CS, com 180 cv. Com a injeção eletrônica Bosch opcional, o motor podia chegar a 200 cv – e empurrá-lo a 213 km/h. A suspensão dianteira também foi retrabalhada.

    Continua após a publicidade

    De olho nas corridas, a BMW criou uma versão com peso menor, com portas e painéis da carroceria que trocavam o aço por uma liga mais leve, além de um motor de saltou de 2 985 para 3 003 cm3 (só para estar apto a competir), batizada de 3.0 CSL (o “L” significava leve). Foi ela a responsável pela lenda em torno do modelo.

    Entrada de ar lateral e a assinatura da Karmann
    Entrada de ar lateral e a assinatura da Karmann (Marco de Bari/Quatro Rodas)

    Para correr nas pistas, o 3.0 CSL chegaria a preparações de quase 500 cv até 1976, inclusive com turbo. Recursos aerodinâmicos, como spoilers e aerofólios exagerados, explicam seu apelido Batmóvel. Como ao menos 500 unidades deveriam ser de rua para ele ser homologado para corridas, a BMW os vendia como kits para serem instalados se o dono quisesse.

    Mas nem tudo eram cavalos e velocidade após a crise do petróleo de 1973. A versão 2.5 CS de 150 cv veio em 1974 como opção mais comedida. No entanto, isso não apagou o mito em torno do 3.0 CSL, que se encerrou em 1975, mas continuou vivo com a homenagem de artistas, que o transformaram em quadros ambulantes (leia mais abaixo).

    Continua após a publicidade

    Hoje o legado de cupês de alto padrão vive na figura do atual Série 6.

    Ficha técnica – BMW 2800CS 1971

     

    Arteiro

    BMW 3.0 CSL
    (divulgação/BMW)

    Hervé Poulain pediu ao amigo e artista Alexander Calder que pintasse seu BMW 3.0 CSL (foto) para correr em Le Mans em 1975. Daí, a BMW pensou na sua Art Car Collection, que incluía um CSL pintado em 1976 por Frank Stella. Na coleção, havia até um BMW pincelado por Andy Warhol.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY
    Digital Completo
    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    Apenas 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 10,99/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.