Os motores 1.0 e 1.3 Firefly, da família GSE, estrearam em 2016 no Uno e hoje estão nos Argo, Cronos (apenas o 1.3) e no Mobi (apenas 1.0).
Agora, a família de motores mais nova da FCA está a caminho da Europa.
A ideia é iniciar, enfim, o processo de substituição dos motores Fire, um projeto com mais de 30 anos.
De quebra, estes motores ainda chegarão aos Jeep e Alfa Romeo.
Por trás disso estão as versões com quatro válvulas por cilindro – e não duas -, turbo e injeção direta dos motores Firefly.
Eles foram apresentados durante o Simpósio de Motores de Viena deste ano.
Eles foram batizados internamente de T3 e T4 – as versões aspiradas são chamadas N3 e N4, respectivamente.
O T3, 1.0 três cilindros GSE turbo, gera 120 cv e 19,4 mkgf de torque máximo. O T4, 1.3 quatro cilindros, por sua vez, chega aos 180 cv e 27,5 mkgf de torque.
Vale lembrar que a versão aspirada tem 10,9 mkgf com álcool e 10,4 mkgf com gasolina.
A potência fica em 77 cv com álcool e 72 cv com gasolina. O 1.3 chega a 101 cv e 13,7 mkgf com gasolina e 109 cv e 14,2 mkgf com etanol.
O ganho dos novos motores foi obtido com turbocompressor monoscroll, mas o uso de turbos twinscroll está previsto para longo prazo.
A injeção direta trabalha com 200 bar de pressão e há duplo comando de válvulas variável Multiair II, capaz de simular os ciclos Atkinson e Miller – como nos aspirados – para economizar combustível.
As versões aspiradas são diferentes. O cabeçote tem duas válvulas por cilindro, há variador de fase, que atua ao mesmo tempo nas válvulas de admissão e escape, e não de forma independente, e a injeção é multiponto, feita no coletor de admissão.
A taxa de compressão é maior nos aspirados: 13,2:1 contra 10,5:1.
As versões turbo mantiveram o coletor de estape integrado ao cabeçote, que diminui o tempo para que o motor chegue à temperatura correta de funcionamento, e também têm bloco e cabeçote de alumínio. E são leves: o T3 pesa 91 kg e o T4, 110 kg.
A FCA ainda não diz em quais modelos os motores GSE turbo serão usados.
No entanto, o desempenho sugere que eles poderão ser utilizados em três marcas do grupo: Fiat, Jeep e Alfa Romeo.
Na gama europeia da Fiat, tanto o 1.0 como o 1.3 poderiam ser usados no 500 e seus derivados, bem como no sucessor do Punto e no Tipo.
Na Jeep, o 1.6 E.TorQ do Renegade (versão de entrada no Velho Continente) poderia dar lugar ao 1.0. O 1.3 poderia ser usado até mesmo no Cherokee.
A Alfa Romeo poderia recorrer aos dois motores para o hatch médio Giulietta e ao 1.3 para as versões de entrada do sedã Giulia.
Seria a volta do clássico Alfa Romeo Giulia 1300, sucesso nos anos 60 e 70 – e que deu origem aos divertidos 1300 TI e 1300 Super?