Veja quais são os melhores carros 2024 para comprar, por categoria

Carros confiáveis e com manutenção mais barata que seus concorrentes têm grandes vantagens no Melhor Compra, prêmio de QUATRO RODAS que desde 1995 destaca as melhores opções de carros novos à venda no Brasil. Mas os grandes vencedores ainda precisam ter bom pacote de equipamentos e serem bons de andar.

A seguir, você confere as melhores opções de carros para comprar nos principais segmentos, acompanhados dos preços das peças, desvalorização, custo das revisões e do número de concessionárias espalhados pelo Brasil. Todos os carros são campeões do Melhor Compra 2024 em suas respectivas categorias.

Melhor carro até R$ 75.000: Citroën C3 Live MT 1.0 – R$ 74.790

O Melhor Compra 2024 abre com um bicampeão. O Citroën C3 Live é bastante básico, mas o pacote de equipamentos de série ao menos tem ar-condicionado, direção elétrica, vidros elétricos dianteiros e a fiação para instalação de som. Nos custos, revisões e peças são mais baratas que as do Fiat Mobi, e seguro na mesma faixa.

Mas o que pesa muito a favor é ser o carro com o melhor espaço interno e ter um dos maiores porta-malas (são 315 l) entre os hatches compactos vendidos no Brasil. O motor 1.0 Firefly de 75 cv de origem Fiat é moderno, eficiente e dispensa o sistema start-stop, que está no Kwid, que futuramente aumentará o custo de troca da bateria.

Melhor carro até R$ 85.000: Fiat Argo 1.0 – R$ 84.990

Esta categoria mudou bastante desde o último ano, quando contemplou HB20, Polo e 208. Após tantos reajustes, se tornou, praticamente, uma categoria para carros de entrada mais completos. O Fiat Argo 1.0 é a exceção: tem porte maior e uma boa reputação. Além disso, seus custos de propriedade são mais baixos que os do Citroën C3.

Por sinal, Argo usa o mesmo motor 1.0 Firefly de 75 cv do Citroën C3, mas, com relações de marcha mais próximas entre si, consegue ser mais ágil no trânsito urbano e isso não prejudica tanto o consumo. A lista de equipamentos inclui ar-condicionado, direção elétrica e vidros elétricos dianteiros.

Melhor carro até R$ 100.000: Toyota Yaris Sedã XL – R$ 99.920

O rearranjo na fábrica da Toyota em Sorocaba (SP) para produzir o novo Yaris Cross a partir de meados de 2025 ameaça a continuidade do Yaris sedã em prol do hatch, que seguirá à venda. Mas é inegável que, a despeito do visual datado e pouco inspirado, o sedã ainda é uma ótima opção para quem não quer ter dor de cabeça com o carro da família.

Trata-se de um compacto com bom espaço e motor 1.5 de 110 cv com câmbio automático CVT. Tem as peças mais baratas, o prêmio do seguro é baixíssimo e é bom de revenda. Além do mais, mesmo sendo a versão de entrada, tem sete airbags e central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay. 

Melhor carro até R$ 120.000: Honda City Sedã EX – R$ 121.700

Aqui houve rivalidade dentro de casa, porque o City Sedã LX, de R$ 115.300, também avançou para a final da votação. Com praticamente os mesmos custos, a versão EX acabou levando a melhor por ter chave presencial, saída de ar para o banco traseiro, câmera de ré, rodas de liga leve aro 16, faróis de neblina, piloto automático e revestimento do apoio do braço de couro.

Os custos estão na média de um segmento em que ainda disputam VW Virtus TSI (com R$ 6.606 de revisões) e Chevrolet Onix Plus LTZ (com R$ 7.377 de peças). Fora isso, o motor 1.5 com injeção direta e 126 cv permite bom desempenho (melhor que alguns 1.0 turbo) e com consumo mais baixo.

Melhor carro até R$ 150.000: Toyota Corolla GLi – R$ 151.010

O Corolla GLi foi uma unanimidade neste Melhor Compra. Todos de nossa equipe colocaram a versão de entrada do Toyota como primeira opção nesta categoria. Além de ter porte maior, vem com motor 2.0 de 175 cv e CVT de dez marchas, com a primeira marcha real, que garante agilidade nas arrancadas.

Some a isso o fato de ter mais espaço, acabamento superior e custos de manutenção até mais acessíveis que os de um Honda City. Ainda tem sete airbags, piloto automático adaptativo, assistente de faixa, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro, ar-condicionado digital automático, central multimídia de 9” e quadro de instrumentos digital de 7”.

Melhor carro até R$ 200.000: Toyota Corolla XEi – R$ 160.920

Sim, outro Corolla. Entra ano, sai ano e todos os sedãs médios ainda querem ser como o Toyota. A versão XEi tem o mesmo pacote de itens de segurança da GLi e algumas diferenças no visual, como a grade frontal com acabamento brilhante, as rodas aro 17 e os faróis de neblina de led.

O que traz a mais e realmente conta é o quadro de instrumentos digital maior, de 12,3”, chave presencial, borboletas para trocas sequenciais, modo Sport, retrovisor interno eletrocrômico, bancos parcialmente de couro. Tudo isso com custos equivalentes aos do Virtus Exclusive, que, apesar do motor, ainda é um sedã do segmento dos compactos.

Melhor SUV até R$ 120.000: Jeep Renegade T270 – R$ 118.290

Eis um modelo que cobra pouco e entrega muito, frente aos da mesma faixa de preço. Tem motor 1.3 turbo de 185 cv e câmbio automático de seis marchas, farois full-led, central de 7”, rodas aro 17, seis airbags, frenagem autônoma de emergência e, recentemente, garantia de cinco anos. O Renegade Sport custa R$ 25.700 mais caro (na tabela) só para ter luzes de iluminação dos para-sóis e do porta-luvas, tapetes, rack de teto e um filtro especial para o ar-condicionado. Mas é possível encontrar os Sport pouco mais caros que a versão básica. Ambos são um bom negócio mesmo quando analisados os custos de propriedade.

Melhor SUV até R$ 170.000: Toyota Corolla Cross XR 2.0 – R$ 164.990

A versão de entrada XR, do Corolla Cross,  existe e pode ser comprada, mas é escondida pela Toyota a ponto de não aparecer no site da marca. Tem motor 2.0 com 175 cv, câmbio CVT com dez marchas e excelentes médias de consumo na mesma faixa de preço dos compactos mais equipados e custa R$ 13.600 a menos que um XRE. Tem faróis full-led, sete airbags, central de 9”, quadro de instrumentos digital de 7”, saídas de ar traseiras e piloto automático adaptativo. Os bancos são de tecido. Com o Caoa Chery Tiggo 7 Sport fora da disputa, por não ter sido emprestado pela fábrica para ser avaliado, o Corolla Cross ganhou fácil.

Melhor SUV até R$ 200.000: Toyota Corolla Cross XRX 2.0 – R$ 193.090

Novamente, um Corolla Cross. Esta só não é a versão mais completa disponível com o motor 2.0 de 175 cv e o câmbio CVT de dez marchas, pois existe a versão GR-S, com visual esportivo. Ar-condicionado bizona, ajustes elétricos para o banco do motorista, abertura e fechamento elétrico do porta-malas, teto solar, alerta de pontos cegos, molduras cromadas nas janelas, rodas aro 18 e couro bege o diferenciam.

A mecânica, que combina injeção multiponto e direta, é tão ágil quanto a das rivais turbo (0 a 100 km/h em 10,3 s) e ainda mais econômicos (médias de 12,3 km/l na cidade e 15 km/l na estrada). E não sofre com etanol.

Melhor carro de sete lugares: Chevrolet Spin LTZ 1.8 AT 7L –  R$ 137.990

Com a reestilização, a Spin passou de opção bastante conservadora no pouco disputado mercado de carros de sete lugares a uma opção válida e, por sinal, muito bem equipada. A Spin LTZ é, hoje, a opção mais barata com sete lugares. Tem seis airbags, câmera de ré, quadro de instrumentos digital de 8”, central multimídia Mylink de 11”, Wi-Fi 4G, ar digital com saída traseira, chave presencial, partida por botão, sensor de chuva e crepuscular, sensor de estacionamento e rodas de liga leve aro 16. O pecado é não ter motor turbo: o velho e modorrento 1.8 flex de 111 cv segue fiel à fama de inquebrável junto ao câmbio automático de seis marchas.

BOLSA DE VALORES

Desvalorização – 6,2%
Seguro – R$ 2.517
Rede – 553
Equipamentos ESP, EST, MUL, AB6, AUT

PEÇAS

Amortecedores dianteiros – R$ 1.360
Pastilhas de freio – R$ 985
Farol esquerdo – R$ 3.472
Para-choque dianteiro – R$ 982
Retrovisor esquerdo = R$ 1.826
Total R$ 8.625

REVISÕES

10.000 km – R$ 400
20.000 km – R$ 788
30.000 km – R$ 940
40.000 km – R$ 760
50.000 km – R$ 616
60.000 km – R$ 1.820
Total R$ 5.324

Melhor picape leve até R$ 150.000: Fiat Strada Freedom 1.3 – R$ 110.950

A picape mais vendida do Brasil também figura entre os carros mais vendidos. Essa segunda geração traz evoluções técnicas e, hoje, seu motor é o 1.3 Firefly de 107 cv, que se não tem a mesma reputação do antigo motor Fire, ao menos é muito mais potente e econômico.

Por R$ 7.000 a mais que a Endurance, esta versão da Strada tem direção elétrica, banco do motorista com ajuste de altura, alarme, calotas, capota marítima, preparação para rádio, trio elétrico e até iluminação do porta-luvas. Ainda tem ar-condicionado e computador de bordo. É, na prática, a Strada mais barata indicada se a compra não é feita por empresas.

Melhor picape média até R$ 250.000: Ford Ranger Limited V6 4X4 – R$ 326.990

A Ford Ranger V6 é bicampeã. Se na última edição do Melhor Compra ainda era uma novidade que estava se provando, após um ano confirmou ser uma picape superior às demais. Isso se reflete em uma dinâmica mais apurada e em um maior conforto para os passageiros.

Some a isso o motor V6 3.0 com 252 cv combinado com o câmbio automático de dez marchas, que faz da Ranger rápida e eficiente em termos de consumo. A versão condecorada é a Limited base, sem o piloto automático adaptativo, o quadro de instrumentos digital é maior, tem câmeras de visão 360^o e rodas aro 20”, mas cobra R$ 351.990 por isso.

Melhor híbrido até R$ 300.000: Haval H6 PHEV19 – R$ 239.000

Recém-lançada, a versão intermediária do Haval H6 é híbrida plug-in, mas com bateria menor, de 19 kWh em vez de 34 kWh. Ainda assim, tem mais bateria que seus rivais diretos, é mais potente (são 326 cv da combinação de um motor 1.5 turbo e um elétrico) e consegue ser mais econômico que a versão topo de linha por ser mais leve – além da bateria menor, não tem motor elétrico traseiro.

Entre os  equipamentos: teto solar panorâmico, assistentes de condução semiautônoma e head-up display. Além disso, sua bateria aceita recarga rápida, que pode ser útil em paradas nas viagens para garantir sempre o menor consumo.

Melhor híbrido acima de R$ 300.000: Haval H6 GT – R$ 319.000

A versão mais cara do Haval H6 destaca-se por ser a única com carroceria SUV cupê, dianteira exclusiva e com logotipos pretos. Ainda é a mais discreta na cabine: com acabamento preto fosco no painel e partes em Alcantara nos bancos e nas portas.

Isso ajuda na competição com marcas de luxo. Muitos carros em um, seus 393 cv e 77,7 kgfm conferem o desempenho de esportivo legítimo: cumpriu o 0 a 100 km/h em 4,8 s no nosso teste. Com a bateria de 34 kWh, pode rodar até 113 km (Inmetro) em modo elétrico, sem gastar a gasolina no tanque. O preço e os custos de propriedade compensam a falta de uma marca tradicional estampada no carro.

Melhor elétrico até R$ 200.000: GWM Ora 03 Skin – R$ 150.000

O que mais pesou a favor do Ora 03 Skin  foi o fato de vir com piloto automático adaptativo e outros assistentes semiautônomos de série mesmo na versão de entrada e ter melhor comportamento dinâmico. Seu espaço não é tão menor que o do BYD Dolphin, mas seu visual é mais ousado que o do concorrente, que custa praticamente o mesmo.

Quanto ao motor, o Ora 03 tem 171 cv, bem mais que os 95 cv do BYD. É bem mais ágil, o que o torna divertido para o uso urbano. Contudo, a bateria de 48 kWh acaba por limitar seu alcance: a autonomia registrada no Inmetro é de 232 km, cerca de 50 km a menos que a do rival. Vence pelo conjunto da obra.

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