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Guia de Usados: Citroën C4 Hatch

Barato e bem-equipado, ele só peca no pós-venda

Por Felipe Bitu
Atualizado em 21 mar 2024, 09h19 - Publicado em 16 abr 2014, 00h38
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Quando o Citroën C4VTR deu as caras em 2006, os brasileiros ficaram impressionados: o desenho original e incomum (em especial da traseira) era realçado pela carroceria de duas portas, linda mas nada prática. Essa ousadia só seria balanceada três anos depois com a chegada do C4 Hatch, que ganhava a praticidade das quatro portas e um desenho mais sóbrio e elegante. Ele estava apto para encarar rivais como Fiat Stilo, VW Golf, Peugeot 307,Vectra GT e Hyundai i30.

Dono de bom desempenho e estabilidade, era tão bem-equipado que o 1.6 16V (110/113 cv) GLX já impressionava: freios a disco com ABS, EBD (distribuição eletrônica de frenagem) e AFU (assistente de frenagem), airbags frontais, cintos de três pontos para todos, Isofix, volante multifuncional de cubo fixo, som com MP3, faróis de regulagem elétrica. Quem fazia questão de desempenho podia escolher o 2.0 16V (143/151 cv), com o problemático câmbio automático sequencial de quatro marchas, opcional. Disponível só com o gastão 2.0 (médias 4 a 5 km/l não são raras), a versão Exclusive adiciona quatro airbags (laterais e de cortina), sensores de ré, farol e chuva, faróis de neblina, bancos e volante de couro, ar digital bizona, Bluetooth com comando no volante e perfumador de ambiente. Com o Pack Technologique, incorporava farol direcional de xenônio, controle de tração e estabilidade, bancos elétricos, retrovisores rebatíveis e sensor de estacionamento dianteiro.

Quando novo, o C4 Hatch já era oferecido a preços competitivos frente aos rivais, de tal forma que hoje o seminovo é facilmente encontrado no mercado a preços bem abaixo da tabela. Contribuem para isso a postura da rede Citroën (que derruba o valor na troca por um carro zero) e o pós-venda deficiente, incapaz de sanar problemas relativamente simples.

Ruim para quem vende, mas bom para quem compra, o C4 hatch ainda é uma boa escolha que mantém o mesmo visual do modelo novo, que pouco envelheceu frente às novidades do segmento. Atenção especial para os modelos 2011 em diante, quando a garantia foi estendida para três anos.

FIQUE DE OLHO

Se você é daqueles que fazem questão do teto solar, inicie sua procura pela versão Solaris. Completa, ela traz todos os itens da versão Exclusive mais o teto elétrico (corrediço externo) com função um-toque e fechamento automático.

NÓS DISSEMOS Março de 2009

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>> Confira o teste na edição

“Seus faróis acendem no controle remoto da chave. Tem tecla de atalho no volante para a recirculação do ar-condicionado, botão para escurecer os visores (e, assim, chamarem menos atenção)… (…) Leia os números na ficha de testes: quando o C4 parte, em linha reta, ninguém alcança (apenas no posto de combustível, pois o motor 2.0 flex da Citroën é o mais sedento da turma). Como o hatch tem entre-eixos 20 cm mais curto que o Pallas, ele consegue ter o mesmo comportamento firme, em pista lisa, sem recorrer a uma suspensão tão dura (…). O hatch acaba sendo um carro mais ágil e de reações mais constantes.”

PREÇO DOS USADOS (EM MÉDIA) 1.8 GLX mec.

2009: 31 685

2010: 32 665

2011: 37 118

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2012: 41 017

2.0 Exclusive aut.

2009: 40 704

2010: 42 656

2011: 48 272

2012: 51 770

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PREÇO DAS PEÇAS Para choque dianteiro

Original: 1 300

Paralelo: 300

Farol completo (cada um)

Original: 800

Paralelo: 370

Disco de freio (par)Original: 310

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Paralelo: 190

Retrovisor (cada um)

Original: 725

Paralelo: 490

Pastilhas de freio (dianteiras)

Original: 270

Paralelo: 90

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Embreagem

Original: 755

Paralelo: 700

PENSE TAMBÉM EM UM… Peugeot 307

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Ao contrário da Citroën, a Peugeot se deu bem na década passada com o hatch médio 307, que fez a alegria de quem era avesso à sisudez do VW Golf. Espaçoso, bem-equipado e com design marcante, sempre trouxe airbags e freios ABS como equipamentos de série, com a vantagem de ter valor de seguro bem menor que o da média do seu segmento. As grandes desvantagens são o custo das peças de reposição e o visual datado, que permaneceu quase inalterado entre 2002 e 2012 e envelheceu após a chegada do sucessor, o 308.

ONDE O BICHO PEGA

654_usado_04.jpeg 654_usado_04.jpegTransmissão automática: É o principal problema do modelo: o câmbio começa a operar em modo de segurança e trava na terceira marcha. É causado por uma pane nas eletroválvulas da transmissão AL4, reparo que não é complicado nem exige o desmonte do câmbio, mas custa em torno de 1 300 reais.

Lavadores de farol: Cheque se estão funcionando, pois são essenciais para o correto funcionamento das luzes de xenônio. Avarias neles são um indício de colisão dianteira – cada lavador não sai por menos de 460 reais.

Saia dianteira: Como a frente raspa com facilidade em lombadas e valetas, verifique o estado geral da parte inferior do para-choque. Negocie um bom desconto se estiver muito avariada.

Amortecedores: Cerca de 90% dos donos reclamam da suspensão de curso curto, especialmente a traseira. É preciso atenção especial ao estado dos batentes e a vazamentos nos amortecedores. O conserto custa pelo menos uns 2 500 reais.

Direção assistida: Panes intermitentes indicam a necessidade de atualizar o programa do módulo de controle. Como foi alvo de em 2010, o ideal é que o veículo seja encaminhado à autorizada para checar se houve a atualização geral dos sistemas eletrônicos.

A VOZ DO DONO

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“Surpreendeu pela confiabilidade e nível de equipamentos, sem igual. O motor 2.0 16V oferece na estrada agilidade, performance e conforto. Mas a suspensão tem curso curto e chega fácil ao fim do batente, transmitindo todas as irregularidades do piso. Também incomodam a frente baixa e a desvalorização alta.” – Marcello Passos, 30 anos, funcionário público, São Bernardo do Campo (SP)

O QUE EU ADORO

“Confiável, não dá problema algum. Muito confortável, silencioso e potente, mas o melhor de tudo é a beleza e o acabamento do interior. Estou muito satisfeito com o carro.” – Jhonatan Aminadaby, 27 anos, personal trainer, Natal (RN)

O QUE EU ODEIO

“O curso da suspensão é curto, ainda mais a traseira, que bate demais, agravado pela baixa altura do solo. O custo de manutenção é alto, por isso desvaloriza muito.” – Christian Ferreira, 22 anos, estudante de medicina, Pelotas (RS)

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