Exatos 50 anos atrás, em 1974, o primeiro lubrificante 100% sintético chegava ao mercado. Batizado de Mobil 1, ele foi concebido especialmente para os motores de alta performance, que evoluíam a olhos vistos na época, tanto nos carros de passeio como nas pistas de corrida. Sua grande vantagem era que, mesmo em condições extremas – rotações e temperaturas mais elevadas – o óleo mantinha suas propriedades de lubrificação, proteção e limpeza, proporcionando maior rendimento e economia de combustível.
A chave para o desempenho superior de Mobil 1 está em sua composição. A uma mistura de óleos básicos sintéticos de alta qualidade são adicionados componentes selecionados, que torna os óleos capazes de manter suas qualidades protetoras mesmo sob condições extremas – receita que, obviamente, é guardada a sete chaves. Óleos sintéticos convencionais, sem essa combinação proprietária e exclusiva, se deterioram e perdem suas propriedades protetoras mais rapidamente em condições extremas.
Caminhando lado a lado
Atualmente, carros da Bentley, Cadillac, Chevrolet, Corvette, Mercedes-AMG e Nissan saem de fábrica com Mobil 1. “A Porsche foi a primeira fábrica de veículos abastecida com óleo de motor Mobil 1”, diz Marina Teixeira, coordenadora de marketing B2C da empresa. Ela ressalta que a parceria continua forte – incluindo uma parceria no desenvolvimento do 911 GT3 RS Next Generation. “A icônica marca almejava mais potência em seu motor e os engenheiros dos lubrificantes Mobil 1 projetaram um novo sistema de lubrificação, fundamental para chegar ao desejado resultado de alta performance.”
Fato é que os motores não chegariam ao grau de desenvolvimento atual se os lubrificantes não acompanhassem suas novas necessidades, afirma. E o desafio só aumenta. “Nos últimos 20 anos, a demanda não se concentra só na potência, mas também na economia de combustível e na redução de emissões”, explica José Cesário Neto, coordenador de capacitação técnica da Moove e especialista em Mobil 1.
Para chegar a esse equilíbrio entre potência e consumo de combustível eficiente, recursos como o turbo, sistemas híbridos e start/stop, além da redução no tamanho dos próprios motores (o chamado downsizing), tornaram-se um padrão na indústria automotiva. “Além de levar a um ambiente mais agressivo que óleos de base mineral não suportam, esses recursos aumentam a demanda por proteção das partes internas”. Afinal, o turbo pode girar a 200 mil rpm, por exemplo.
Atenta às mudanças, a engenharia da ExxonMobil, responsável pela linha Mobil 1 trabalha para estar à frente dessas evoluções e manter a superioridade de desempenho que marcou o seu início. Por exemplo, Mobil 1 tem uma proteção ao turbo duas vezes melhor que os óleos sintéticos convencionais.
Mobil 1 também foi protagonista do maior teste de performance da história. Um BMW Série 3 rodou mais de 1,5 milhão de quilômetros, durante quatro anos – tempo em que foram feitas só manutenções programadas e uso exclusivo de Mobil 1. Depois da maratona, em que o virabrequim girou mais de um bilhão de vezes, o motor foi desmontado e minuciosamente analisado: todas as partes internas estavam como novas.
Nas pistas
Após o lançamento em 1974, não demorou para que o mundo das pistas voltasse sua atenção para Mobil 1, que passou a estar presente na Fórmula 1, NASCAR, Fórmula Toyota e Porsche Cup, dentre outras categorias. A receita básica usada na formulação do Mobil 1 para os carros de competição é a mesma usada nos carros de passeio. A diferença está no grau de viscosidade – que, inclusive, varia entre os carros de passeio, de acordo com o fabricante ou mesmo entre modelos da mesma marca.
A participação nas competições mais desafiadoras do planeta é uma importante frente de pesquisa e desenvolvimento para o lubrificante Mobil 1. Afinal, carros de corrida são aqueles submetidos às condições mais extremas – gerando valiosas informações que são revertidas para a melhoria e aprimoramento do próprio lubrificante. E todo esse avanço indo parar nos motores dos carros de passeio.
Na Fórmula 1, o Mobil 1 passou por diversas eras – dos aspirados aos turbos; dos V12 aos V8; dos motores a combustão “puros” aos atuais híbridos turbinados. Os lubrificantes Mobil sempre estiveram prontos, com a tecnologia certa para cada desafio. Muitos títulos foram conquistados e recordes quebrados. Como as 15 vitórias consecutivas com a Oracle Red Bull Racing, entre os GPs de Abu Dhabi de 2022 e da Itália de 2023.
Olhando para o futuro, a linha Mobil 1 já está pronta para a transição da mobilidade, trabalhando com fabricantes, nas ruas e nas pistas, desenvolvendo fluidos avançados para veículos elétricos. Afinal, os próximos 50 anos estão apenas começando.