Desenvolvido pelo departamento de engenharia da Honda do Brasil, o WR-V é um tipo de transformer aventureiro do Honda Fit. Apresentado no Salão de São Paulo de 2016, ele é muito mais que um Fit com suspensão elevada, porém.
Feito a partir da mesma plataforma de Fit e City, o WR-V recebeu modificações mecânicas e estilísticas substanciais, devidamente aprovadas pela matriz japonesa.
A decoração externa traz itens exclusivos como os faróis com iluminação diurna, lanternas traseiras com extensões horizontais sobre a tampa do porta-malas, para-choques com grade bipartida na parte central e laterais com apliques de plástico nos arcos de roda. O interior é praticamente idêntico ao do Fit, diferenciando-se apenas pelo revestimento exclusivo em tons coloridos de laranja ou cinza.
O WR-V é sempre impulsionado pelo motor 1.5 flex de 116/115 cv e 15,3/15,2 kgfm acoplado a uma transmissão continuamente variável (CVT). Os 29 kg a mais que o Fit e os pneus 10 mm mais largos cobram seu preço na eficiência: 0 a 100 km/h em 12,2 s (1 s a mais que o Fit) e consumo em cidade/estrada de 12,2/14,8 km/l (contra 12,5/15,4 km/l).
A versão de maior sucesso é a mais simples EX, que traz airbags frontais e laterais, ar-condicionado, sistema de som com Bluetooth, tela LCD de 5 polegadas e entradas USB/auxiliar, rodas de liga leve aro 16, câmera de ré, faróis de neblina, direção com ajuste de altura e profundidade, retrovisores elétricos, piloto automático e volante multifuncional.
Mais completa, a versão EXL conta com airbags de cortina e central multimídia com tela de 7 polegadas sensível ao toque e sistema de navegação (GPS).
Itens importantes como porta-objetos com apoio de braço integrado, vidros dianteiros com sistema de acionamento elétrico de um toque, ar-condicionado digital com tela sensível ao toque, central multimídia compatível com Android Auto e Apple CarPlay só vieram no modelo 2019. A versão EXL ia além, com GPS integrado à multimídia, retrovisores com rebatimento elétrico e bancos de couro com costura laranja.
Na hora da manutenção, trata-se de um modelo sem praticamente nenhum problema crônico. O perfil dos proprietários ajuda: o histórico de serviços costuma ser dos melhores, mérito também da rede de concessionárias, que desfruta de uma boa reputação no pós-venda. E da boa oferta de peças, que faz a alegria dos reparadores independentes, para quem o WR-V há muito deixou de ser um mistério.
Problemas e defeitos do Honda WR-V
• Cabeçote A folga das válvulas deve ser verificada a cada 40.000 e ajustada se necessário: está diretamente relacionada ao rendimento do motor, com grande influência no consumo e desempenho.
• Câmbio CVT O fluido HCF-2 deve ser substituído a cada 24 meses ou 40.000 km, o que ocorrer primeiro. A oxidação natural do fluido é a principal responsável por vibrações e falhas na corrente metálica e nas polias da transmissão.
• Suspensão dianteira É simples e robusta, mas pode apresentar ruídos decorrentes de eventuais abusos em estradas sem pavimentação. O reaperto dos componentes costuma eliminar os ruídos: os mais persistentes podem indicar desgaste em buchas, mancais e bieletas. Aproveite e verifique os amortecedores.
• Pneus Folgas e desgaste nos componentes da suspensão comprometem o alinhamento e provocam o desgaste irregular dos pneus. Um pneu 195/60 R16 de primeira linha não sai por menos de R$ 600.
• Hodômetro Cuidado com adulterações: muitos WR-V foram parar nas mãos dos motoristas de aplicativo devido à sua aptidão urbana. Atenção ao histórico de manutenção e a sinais evidentes de desgaste como estado de componentes (pedais, volante e estofamento).
A voz do dono
Nome: Gabriel Expedito Marazzi
Idade: 61 anos
Profissão: Engenheiro / Jornalista
Cidade: São Paulo (SP)
O que eu adoro: “Muito prático, posição de dirigir confortável e de boa visibilidade, câmbio CVT eficiente. O melhor é o banco traseiro, que dobra para cima formando um espaço para transporte rápido de objetos estreitos e altos.”
O que eu odeio: “Apesar do funcionamento suave e silencioso, o motor é um pouco fraco. O volume da buzina é baixo e soa como um carro de brinquedo. Mesmo considerando sua funcionalidade, ele é o mais feio dos Honda.”
Preço médio dos usados do Honda WR-V
Versão | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 |
WR-V LX 1.5 CVT | – | – | – |
R$ 83.923
|
WR-V EX 1.5 CVT |
R$ 77.983
|
R$ 85.835 |
R$ 88.973
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R$ 91.093
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WR-V EXL 1.5 CVT |
R$ 82.913
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R$ 90.192
|
R$ 92.302
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R$ 94.734
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Preço das peças do Honda WR-V
Nós dissemos
Março de 2017 “Com amortecedores, molas, buchas de bandeja e barra estabilizadora reforçados, o WR-V acabou ficando com algumas medidas diferentes das do Fit, como o entre-eixos, por exemplo, respectivamente, 255,5 cm ante 253 cm. Ao volante, o WR-V comprova o discurso da Honda: “Bem acertado, ele é mais do que um Fit com suspensão elevada.”
Teste de pista (com gasolina)
- Aceleração de 0 a 100 km/h: 12,2 s
- Aceleração de 0 a 1.000 m: 33,7 s
- Retomada de 40 a 80 km/h (em D): 6 s
- Retomada de 60 a 100 km/h (em D): 6,7 s
- Retomada de 80 a 120 km/h (em D): 8,8 s
- Frenagens de 60 / 80 / 120 km/h a 0: 17 / 29,4 / 68,2 m
- Consumo urbano: 12,2 km/l
- Consumo rodoviário: 14,8 km/l
Ficha técnica – Honda WR-V EXL
- Preço: R$ 83.400
- Motor: flex, dianteiro., transversal, 4 cilindros, 1.497 cm³, 16V, 116/115 cv a 6.000 rpm, 15,3/15,2 kgfm a 4.800 rpm
- Câmbio: automático CVT, tração dianteira
- Suspensão: McPherson(dianteira)/ eixo de torção (traseira)
- Freios: disco ventilado (dianteira) / tambor (traseira).
- Direção: elétrica
- Rodas e pneus: liga leve, 195/60 R16
- Dimensões: comprimento, 400 cm; altura, 160 cm; largura, 173 cm; entre-eixos, 255 cm; peso, 1.130 kg; tanque, 45 l; porta-malas, 363 l
- Equipamentos de série: 6 airbags, central multimídia, piloto automático, navegador GPS
Pense também em um…
Nissan Kicks O SUV patrício é bem similar em proposta: alia o bom motor HR16DE de 114 cv de potência ao câmbio X-Tronic CVT para garantir médias de 10,9 km na cidade e 14,4 km na estrada (gasolina) e ainda é ágil, acelerando de 0 a 100 km/h em 11,9 segundos. Tem bom espaço interno para quatro adultos e um porta-malas de 432 litros.