Nissan Leaf sai de linha, mas continua disponível para assinatura
Elétrico não se rendeu a descontos e deixa de ser vendido no Brasil, mas ainda está disponível para assinatura
O Nissan Leaf foi o primeiro carro elétrico com produção em grande volume e, por muitos anos, foi o carro elétrico mais vendido do mundo. Mas seu tempo passou: deixou de ser fabricado no Reino Unido e pode ter a produção nos Estados Unidos e no Japão encerradas antecipadamente. Antes disso, porém, deixou de ser vendido no Brasil.
O preço de tabela, de R$ 298.490, não fazia sentido há muito tempo. O Nissan Leaf de segunda geração tem 192 km de autonomia pelo Inmetro, pois sua bateria tem modestos 40 kWh. O motor tem 150 cv de potência e torque de 32,6 kgfm, e uma aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 segundos além da velocidade máxima de 150 km/h. Na prática, é superado pelos elétricos chineses mais baratos.
Isso não quer dizer que a Nissan do Brasil desistiu do Leaf. Agora, ele passa a estar disponível como os carros elétricos da Volkswagen: apenas por assinatura.
A plataforma se chama Nissan Move e oferece o hatch elétrico por períodos contratuais que variam de 12 a 48 meses, mas com limites de quilometragem mensal entre 500 km e 2.000 km.
Mas não pense que os valores são interessantes. O plano mais barato é para rodar 500 km mensais ao longo de 48 meses e custa R$ 7.459 por mês e pode chegar a R$ 17.819 mensais para 12 meses com franquia de 2.000 km. Os assinantes até podem adquirir o Nissan Leaf ao final do contrato, mas o valor não é divulgado.
O Nissan Move inclui uma série de serviços, como IPVA, licenciamento, documentação, seguro completo, revisões preventivas, manutenção corretiva e assistência 24 horas. Essa modalidade também blinda o consumidor da grande desvalorização do modelo: 44,9% no último ano.