Depois de BYD, GWM e Seres, o mercado brasileiro receberá mais duas marcas chinesas de peso, indicando que a onda asiática está só começando. Omoda e Jaecoo, pertencentes ao grupo Chery, chegarão ao Brasil em 2024 com operação conjunta e de olho na produção nacional, porém independentes da Caoa Chery.
Segundo anúncio feito nesta terça-feira (19) pela vice-presidente global das marcas, Lilian Xiong, Omoda e Jaecoo desembarcam por aqui no próximo ano já com um robusto plano de lançamentos. Quem abrirá os trabalhos será a Omoda (de pronúncia fechada, “ômôda”), com proposta mais jovem, tecnológica e de design moderno.
O Omoda C5 será o primeiro a desembarcar, já com duas configurações mecânicas. A primeira será uma a combustão, demonstrando uma estratégia diferente da concorrência citada há pouco, que, por aqui, só oferece carros eletrificados. Não há informações sobre a motorização para o Brasil mas, na China, o Omoda C5 tem motor 1.6 turbo de 149 cv.
Em seguida, o mesmo Omoda C5 ganhará uma versão elétrica, sem nenhuma configuração híbrida entre elas. Ainda para 2024, estão previstos dois novos modelos maiores que o C5, com motorização a combustão e híbrida plug-in. Posteriormente, para 2025, a Omoda terá mais dois modelos, desta vez menores, também com motores a combustão e elétrico. A marca não especifica se serão quatro modelos diferentes ou dois, apenas com motorizações distintas. A segunda opção mostra-se mais provável.
A Jaecoo (com pronúncia “djeicu”), por sua vez, foca em modelos maiores e mais refinados, com design mais sólido. No caso desta, os planos são ligeiramente maiores. Para 2024, serão cinco modelos de uma só vez, começando pelo J7 a combustão. Em seguida, o J7 também ganhará uma versão híbrida plug-in.
O J7, segundo a Omoda&Jaecoo, tem capacidades off-road superiores a de clássicos SUVs off-road – considerando a inspiração de design do modelo, é possível que a referência seja algum Land Rover. O modelo possui sete modos de condução e capacidade de imersão de 600 mm.
No mesmo ano, a marca planeja lançar dois modelos maiores, um a combustão e um híbrido plug-in – que, como na Omoda, pode ser o mesmo modelo, mas com motorizações distintas. O quinto modelo será menor que o J7 e sempre a combustão.
Para 2025, a Jaecoo quer mais dois modelos no mercado brasileiro, também menores que o J7. Um deles será elétrico e, o outro, será um elétrico com gerador extensor de autonomia, como eram os primeiros BMW i3, equipados com um motor a gasolina que não traciona o veículo.
Detalhes sobre a operação ainda são limitados, mas já se sabe que será conjunta entre as duas marcas. Embora Omoda e Jaecoo tenham nomes, modelos e características distintas, elas formam uma espécie de grupo denominado de Omoda&Jaecoo, assim mesmo, unidas por um “&” (uma letra “e” comercial), sem espaço.
Além de conjunto, o trabalho da nova chinesa será independente da Caoa Chery no Brasil, embora pertença ao grupo Chery. Isso torna mais relevante a informação de que a Omoda&Jaecoo já considera a instalação de uma fábrica no Brasil, o que dependerá, claro, de seu sucesso por aqui. Preços e posicionamentos dos modelos ainda não estão claros.
A Omoda chegará, ainda em 2023, a 20 países. O mesmo número deverá ser atingido pela Jaecoo em 2024.