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Refinanciar o carro pode ser melhor que fazer empréstimo; entenda

Eis uma modalidade de crédito com taxas mais baixas que as dos empréstimos bancários. Mas veja se essa é uma boa alternativa para você

Por Eduardo Sodré
3 jul 2022, 15h21
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  • Se a saúde financeira vai mal, o carro quitado que está na garagem pode ajudar a contornar o problema. E isso não significa necessariamente vendê-lo.

    Uma saída emergencial é o refinanciamento, modalidade de crédito em que o automóvel é usado como garantia de um empréstimo. Feito com os devidos cuidados, pode ser uma forma de pagar juros mais baixos. Mas não há milagres.

    “É, de fato, uma opção menos ruim de crédito, já que há tendência de redução das taxas devido à garantia, que é o próprio automóvel”, diz o educador financeiro Thiago Martello, que faz algumas ressalvas aos endividados.  “Antes de fazer o refinanciamento, a pessoa precisa se perguntar o porquê de estar passando por tal situação e analisar: ‘será que esse empréstimo vai resolver o meu problema?’”

    Pode não ser a solução definitiva, mas traz alívio a quem se depara com as tarifas praticadas no mercado. Com a disparada da inflação e a consequente elevação da Selic (taxa básica de juros do país), o custo do dinheiro subiu no exato momento em que mais se procura por ele.

    Segundo o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian, houve um aumento de 19,4% na busca por empréstimos de 2020 para 2021.

    Entre os tomadores de crédito estão aqueles que não fazem conta e, à beira do desespero, pegam o valor pré-aprovado no aplicativo do banco, com taxas que podem superar os 6% ao mês.

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    Kácio Tokumoto, sócio da Azul Empréstimos, explica que, ao utilizar o carro como garantia, a taxa é reduzida a aproximadamente 2%, podendo oscilar para mais ou para menos dependendo do perfil do cliente.

    Se o proprietário do carro refinanciar R$ 40.000 em 36 prestações a uma taxa de 2% ao mês, vai pagar parcelas de aproximadamente R$ 1.570. Mas, se o crédito for adquirido pelo aplicativo do banco a uma tarifa de 6%, o valor mensal sobe para cerca de R$ 2.740.

    Há diversas variações possíveis no reparcelamento, e é comum o consumidor desconhecer os problemas ou as possibilidades. “A taxa é menor de acordo com o percentual financiado, e nem sempre o cliente recebe essa informação”, diz Kácio. As oscilações ocorrem devido ao cálculo de risco feito pelo banco.

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    Por exemplo: se o automóvel que será usado como garantia no empréstimo vale R$ 40.000, o cliente vai pagar mais juros se financiar R$ 30.000 do que se optar por pegar R$ 20.000 em igual número de parcelas. A lógica, portanto, é a mesma da compra convencional, quando o cliente vai à loja e opta pelas prestações: quanto maior o valor da “entrada”, melhores serão as tarifas.

    Se houver atraso, o carro poderá ser apreendido e leiloado para o pagamento da dívida. É um processo longo, e muitas vezes o dinheiro arrecadado não é suficiente para a quitação do débito – em geral, veículos vendidos em leilões de bancos sofrem forte depreciação.

    O consumidor que simulou um financiamento há um ou dois anos pode se frustrar ao tentar usar o carro para obter crédito agora.

    Além de o veículo estar mais velho – o que já leva a juros mais altos –, as taxas subiram consideravelmente durante a pandemia de Covid-19. Basta dizer que, em janeiro de 2021, a Selic estava em 2%. Neste mês de maio, chegou a 12,75%.

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    “Os bancos e os fundos estão equilibrando ganhos e riscos, e os clientes devem optar pelo endividamento que realmente possa trazer algum benefício”, afirma Frederico Sabino, consultor da VC One.

    O especialista explica que o refinanciamento pode ser interessante para clientes que possuam um bom score de crédito, tendo acesso a melhores condições comerciais.

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    “O que influenciará bastante serão o modelo do veículo, o ano, a cidade de circulação e o histórico de crédito do proprietário”, afirma.

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    Kácio diz que até a motorização também pode influenciar. Carros 1.0 tendem a dispor de taxas mais baixas em caso de reparcelamento. Entretanto, se o automóvel ainda estiver financiado, será possível apenas prorrogar as prestações para pagar menos por mês.

    Caso o cliente deseje obter um troco em dinheiro nessa condição, será necessário fazer a quitação do bem e dar baixa no gravame. Além de trabalhoso, é um procedimento inviável aos mais endividados.

    Para o educador financeiro Thiago Martello, essa possibilidade de esticar o parcelamento deve ser avaliada com muito cuidado.

    “Digamos que o comprador fez um contrato com a taxa de 1,5% há dois anos, já pagou metade e agora precisa refazer o financiamento. A taxa será outra, bem mais alta, e o problema pode não ser atingido na raiz”, afirma.

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    Casos como este são sinais de descontrole nas contas. “Da forma como é usado no Brasil, o crédito se torna um câncer financeiro, e em poucos lugares do planeta vemos juros tão altos quanto os cobrados aqui em modalidades como o rotativo do cartão.”

    Para ajudar aos que pretendem partir para o refinanciamento, a fintech Juros Baixos elaborou uma lista de dicas:

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