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Motores de supercarros elétricos podem viabilizar novos aviões híbridos

Motores elétricos de altíssima performance movimentam novos carros esportivos, mas vêm servindo, também, a novos tipos de aviões comerciais

Por Eduardo Passos
15 jul 2024, 07h00
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  • Aeronave Pantanal Azul, parceria da Azul e Ministério do Turismo 3
     (Guilherme Ramos/Divulgação)

    Para adicionar mais potência e torque a um veículo, normalmente usamos motores maiores. O turbo é útil, mas, uma vez instalado, ganhos extras vêm à base de mais cilindros, mais peso, menos consumo e por aí vai.

    Os motores elétricos dispensam essa lógica: a sacada é utilizar supercomputadores que consideram o campo eletromagnético, dando aos projetistas o formato exato que os materiais condutores devem ser enrolados. E a britânica Helix mostra bem o potencial desse método.

    A fabricante de propulsores a eletricidade apresentou o SPX177. É o nome do motor elétrico de impressionantes 952 cv, ainda que caiba em uma mochila comum e, incluindo inversores e outras partes de conexão a bateria, pesa só 41 kg.

    Ele foi feito para um hiperesportivo inédito, de montadora ainda secreta. Nesse segmento, tração integral é regra, então é provável que haja dois motores no carro, podendo levá-lo a surreais 1.700 cv.

    Mas as aplicações desses propulsores também atraem os fabricantes de aviões: o SPX242 é mais leve (31 kg) e tem “só” 517 cv, mas foi pensado nas aeronaves híbridas, que já ganham os céus.

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    Uma opção é usar o SPX242 em série com o propulsor convencional, dando potência extra a fim de permitir voos mais rápidos e/ou em altitudes maiores. Outra opção é usar o motor a gasolina como gerador.

    Operando em faixas mais limitadas de rotação, ele consome menos e fornece eletricidade à nova tecnologia. As modificações da Helix preveem acoplamento mecânico para ambos os casos e, segundo a empresa, seus produtos também servirão aos eVTOLs, a opção mais parecida com os carros voadores que teremos e que, inclusive, serão feitos pela Embraer no Brasil.

    Utilidade inesperada

    Motores elétricos de altíssima performance vêm dando vida a hiperesportivos que banalizam os 1.000 cv. Mas, agora, também servem ao plano de termos aeronaves mais sustentáveis

    Motores Elétricos
    (Divulgação/Quatro Rodas)

    Calma nessa hora

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    Os engenheiros da Helix tiveram grandes desafios para evitar que a monstruosa força magnética de seus motores gerasse calor excessivo. Materiais usados por espaçonaves serviram, ainda, para garantir força centrípeta adequada às partes giratórias, que poderiam explodir.

    Motor híbrido-elétrico da Azul em parceria com a Ampaire _ Foto Guilherme Ramos(1)
    (Divulgação/Quatro Rodas)

    Solução equilibrada

    Aviões elétricos ainda estão longe de solucionar o problema de peso das baterias. O Cessna Grand Caravan da Azul, porém, tem baterias pequenas, já que une o motor elétrico (à direita) ao 18.0 turbo com mais de 700 cv. Cada um deles opera quando é mais conveniente e, dessa forma, o consumo de combustível fica 70% menor.

    Em breve no brasil

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    A Azul foi uma das primeiras empresas a contratar a Ampaire, que desenvolve versões híbridas do Cessna Grand Caravan. Eles devem estrear nos céus brasileiros ainda em 2024 e, com combustível de origem renovável, terão pegada de carbono quase neutra.

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