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Estes são os carros mais baratos de manter no Brasil em 2024

Prêmio Menor Custo de Uso destaca os carros que menos pesam no bolso dos proprietários com consumo, desvalorização, impostos e seguro

Por Eduardo Passos
Atualizado em 10 jun 2024, 11h37 - Publicado em 7 jun 2024, 12h00
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  • Além de todos os problemas que a pandemia de Covid-19 trouxe, quem buscava comprar um carro zero-km nos últimos anos passou por maus bocados. Os preços dispararam, as filas de espera cresceram tanto quanto e vários lançamentos foram adiados.

    Mas a maré virou, e os últimos meses foram marcados por intensa renovação no mercado brasileiro: as chinesas BYD e GWM ampliaram a oferta de veículos elétricos e híbridos, obrigando a concorrência a derrubar o preço de seus produtos. Mesmo entre os carros a combustão, até líderes de venda como a Jeep, entre os SUVs, precisaram dar descontos para manter a atratividade em meio a cada vez mais opções.

    As montadoras, entretanto, têm alguns dos melhores calculistas do país, e é raro que algum automóvel seja precificado fora do ponto ideal. Some tudo isso ao fato de que a indústria tem variações cada vez menores de eficiência e o resultado só poderia ser valores (e custo/benefício) muito semelhantes, ao menos no papel.

    Um tira-teima útil é este Menor Custo de Uso, onde vamos além do Pix necessário para tirar o carro da loja. Apuramos, também, o montante desembolsado em manutenção, seguro e consumo de combustível, a fim de chegar a um desempate.

    Em 2024, incluímos a desvalorização do veículo, que se torna mais importante à medida que as assinaturas se popularizam. Também colocamos híbridos na conta (a fim, inclusive, de avaliar a diferença de custo frente aos carros convencionais) e, na mesma pegada, incluímos os elétricos mais baratos do mercado, com método próprio para calcular o gasto com a recarga.

    O IPVA pode parecer inserido por preciosismo, dado que, em São Paulo (nossa base de cálculo), ele raramente variou, mas a repercussão da alíquota foi tira-teima em vários casos.

    Os métodos de apuração estão destacados no box acima e os rankings de cada segmento foram definidos com base no valor mensal obtido.

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    Como o cálculo é feito

    Combustível
    Média ponderada (70% urbano, 30% rodoviário), a partir de números do Inmetro.
    Preços (R$ 5,84/l gasolina e R$ 5,96/l diesel) são valores médios da Petrobras.
    A eletricidade (R$ 0,73/kWh-AC e R$ 2/kWh-DC) segue
    média da Aneel e apuração empírica, respectivamente.
    Calculamos o custo de rodar 15.000km, referência de distância média percorrida em um ano.
    Manutenção
    Despesas com as revisões previstas pelas fábricas para o primeiro ano ou 15.000 km.
    Seguro
    O valor publicado refere-se à menor cotação dentre todas as obtidas pela TEx, fornecedora do TELEPORT, software de gestão e multicálculo para corretoras. Perfil QUATRO RODAS: homem, casado, 35 anos, sem filhos.
    Custo mensal
    Obtido pela soma das despesas durante um
    ano dividido por 12 meses.
    Preço de tabela
    Os valores são os sugeridos pelas fábricas, coletados no final de abril.

     

    Os hatches com menor custo de uso em 2024

    HATCHES
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    1º – Chevrolet Onix LT MT

    Na categoria que reúne os carros mais em conta do país, o preço de tabela fala alto, mas quem optar por um Chevrolet Onix pode se dar bem a longo prazo: o modelo da GM é o mais caro do páreo e, mesmo assim, levou o prêmio com vantagem confortável. Não à toa, é a versão mais emplacada na família do hatch da marca, ainda que não seja a variante de entrada.

    O mérito da vitória é da baixa desvalorização, de só 7,2% – praticamente a metade do resto dos concorrentes. Desse modo, quem vendesse um Onix LT manual após um ano economizaria cerca de R$ 580 comparado a quem fizesse o negócio com algum dos outros quatro.

    2º – Hyundai HB20 Comfort Plus 1.0 MT

    Preço: R$ 89.490
    Custo/mês: R$ 2.178
    Revisão: R$ 317
    Seguro: R$ 2.657
    IPVA: R$ 2.197
    Gasto c/ combustível: R$ 6.342 (anual)
    Depreciação: R$ 13.236 (anual)

    3º – Fiat Mobi Like 1.0

    Preço: R$ 72.990
    Custo/mês: R$ 2.192
    Revisão: R$ 500
    Seguro: R$ 3.262
    IPVA: R$ 2.920
    Gasto c/ combustível: R$ 6.294 (anual)
    Depreciação: R$ 13.324 (anual)

    4º – Fiat Argo Drive 1.0

    Preço: R$ 86.990
    Custo/mês: R$ 2.228
    Revisão: R$ 496
    Seguro: R$ 5.042
    IPVA: R$ 3.480
    Gasto c/ combustível: R$ 6.398 (anual)
    Depreciação R$ 11.323 (anual)

    5º – VW Polo Track

    Preço: R$ 87.290
    Custo/mês: R$ 2.336
    Revisão: R$ 676
    Seguro: R$ 3.131
    IPVA: R$ 3.492
    Gasto c/ combustível: R$ 6.294 (anual)
    D
    epreciação : R$ 14.443 (anual)

    Em relação ao ano passado, o Renault Kwid saiu de cena por conta das vendas ruins, deixando-o fora do top 5. O Hyundai HB20 herdaria o primeiro lugar, mas perde valor comparado ao Onix, ainda que o vença em termos de seguro e manutenção.

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    Já no duelo entre Fiat Argo e Mobi, o carro menor fica na frente por meros R$ 19/mês, graças ao IPVA e seguro. Isso porque o Argo tem revisão mais barata e desvalorização nominalmente menor.

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    Por fim, o Volkswagen Polo Track fica em quinto dado o fato de não ser o mais barato em nada e ainda acumular a maior perda de valor.

    Detalhe interessante é a proximidade dos concorrentes em termos de consumo: os gastos com gasolina estão todos entre R$ 6.200 e R$ 6.400 anuais. Um indicativo de quanto os times de engenharia das diferentes montadoras levaram seus motores 1.0 aspirados ao limite de eficiência que essa faixa de preço permite.

    Os sedãs com menor custo de uso em 2024

    SEDAS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)
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    1º – Toyota Corolla XEI

    No ano passado, a Toyota venceu entre os sedãs com sua opção mais barata do segmento, o Yaris Sedan. O título de 2024 fica na casa, mas passa às mãos do Toyota Corolla XEi.

    Ele custa R$ 158.950 (os oponentes vão de R$ 95.590 a R$ 128.990), mas a desvalorização do Corolla é tão pequena que chega a ser quatro vezes menor. É aí que vemos a transversalidade de nossas premiações: a Toyota, rotineiramente, fica entre as marcas mais bem avaliadas de Os Eleitos. A boa fama importa, e facilita a vida na hora de repassar o carro.

    O preço de tabela encarece o IPVA e o seguro do Corolla XEi só é mais em conta do que o cotado para o Fiat Cronos. Logo, em geral, mantê-lo custa mais até a hora da revenda, quando o jogo vira completamente.

    Hyundai HB20S Comfort Plus 1.0 MT

    Preço: R$ 95.590
    Custo/mês: R$ 2.565
    Revisão: R$ 317
    Seguro: R$ 3.631
    IPVA: R$ 3.824
    Gasto c/ combustível: R$ 6.397 (anual)
    Depreciação: R$ 16.616 (anual) 

    Volkswagen Virtus Comfortline

    Preço: R$ 128.990
    Custo/mês: R$ 2.577
    Revisão: R$ 744
    Seguro: R$ 3.892
    IPVA: R$ 5.160
    Gasto c/ combustível: R$ 6.893 (anual)
    Depreciação: R$ 14.235 (anual)

    Fiat Cronos Drive 1.3 MT

    Preço: R$ 99.990
    Custo/mês: R$ 3.136
    Revisão: R$ 556
    Seguro: R$ 4.754
    IPVA: R$ 4.000
    Gasto c/ combustível: R$ 6.261 (anual)
    Depreciação: R$ 22.063 (anual) 

    Chevrolet Onix Plus LTZ AT

    Preço: R$ 117.580
    Custo/mês: R$ 3.279
    Revisão: R$ 472
    Seguro: R$ 3.835
    IPVA: R$ 4.703
    Gasto c/ combustível: R$ 6.731 (anual)
    Depreciação : R$ 23.601 (anual) 

    O sedã da Fiat se manteve no ranking, mas tanto a apólice quanto a acentuada desvalorização fizeram-no descer do pódio. O Onix Plus “desonra” o irmão vencedor por também perder muito valor e fica em quinto.

    O Volkswagen Virtus é o segundo mais caro da categoria (ainda que seja R$ 30.000 mais barato que o Corolla). A VW, porém, acaba fazendo bonito no aspecto de revenda, com 11% de desvalorização que deixam seu carro muito próximo ao HB20S (17%), o novo vice-campeão.

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    Para quem não estava sequer entre os sedãs mais vendidos de 2023, o HB20S excedeu expectativas ao beliscar a segunda posição. Mas que ele dê graças ao IPVA, já que o preço de tabela bem inferior do Hyundai reflete no imposto anual e garante que, por apenas R$ 33 mensais, seu custo de propriedade seja inferior ao do Virtus.

    Os SUVs compactos com menor custo de uso em 2024

    SUVs COMPACTOS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    1º – Fiat Fastback T200

    Como vemos, o preço de tabela do carro acaba repercutindo em gastos inevitáveis ao longo do tempo de propriedade. Logo, um carro mais barato é ainda mais em conta quando a diferença é acentuada, como no caso do Fiat Fastback T200, o utilitário cupê de entrada da marca italiana.

    Entre os SUVs compactos, quase tudo é parelho: preço de seguro, consumo de combustível, desvalorização relativa… Mas a depreciação do Fastback é ponto fora da curva, ficando longe dos 20% que os outros carros circundam; tanto isso quanto (novamente) o IPVA em conta dão o título ao Fiat, ainda que sua manutenção seja salgada.

    O peso desses aspectos no Fastback são corroborados pelos carros que completam o top 3: Nissan Kicks e Hyundai Creta são o segundo e terceiro modelo mais baratos e que menos perdem valor, respectivamente. E o Kicks também tem sua primeira revisão acima dos R$ 600.

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    2º – Nissan Kicks Advance

    Preço: R$ 135.990
    Custo/mês: R$ 3.501
    Revisão: R$ 615
    Seguro: R$ 3.911
    IPVA: R$ 5.440
    Gasto c/ combustível: R$ 7.283 (anual)
    Depreciação: R$ 24.762 (anual) 

    – Hyundai Creta Limited

    Preço: R$ 152.690
    Custo/mês: R$ 3.993
    Revisão: R$ 367
    Seguro: R$ 3.614
    IPVA: R$ 6.108
    Gasto c/ combustível: R$ 7.239 (anual)
    Depreciação: R$ 30.585 (anual) 

    4º – Volkswagen T-Cross Comfortline

    Preço: R$ 160.900
    Custo/mês: R$ 4.386
    Revisão: R$ 0
    Seguro: R$ 3.666
    IPVA: R$ 6.440
    Gasto c/ combustível: R$ 6.991 (anual)
    Depreciação: R$ 35.539 (anual) 

    5º – Chevrolet Tracker Premier

    Preço: R$ 170.140
    Custo/mês: R$ 4.513
    Revisão: R$ 456
    Seguro: R$ 3.483
    IPVA: R$ 6.806
    Gasto c/ combustível: R$ 7.887 (anual)
    Depreciação: R$ 35.525 (anual) 

    No caso de Volkswagen T-Cross e Chevrolet Tracker, a lógica se inverte, pois ambos têm preço de tabela elevado e depreciação um pouco mais acentuada, compensando nos bons preços de seguro e revisão.

    Considerando o poder aquisitivo de quem se dispõe a pagar mais de R$ 160.000 nesses SUVs compactos (com opções muito mais baratas disponíveis), dá para dizer que o custo de uso extra é bem pago – desde que as virtudes de cada um também satisfaçam seus donos, é claro.

    Ainda vale ressaltar que, mais uma vez, os custos de combustível, sempre parelhos, ficaram longe de determinar alguma posição nos rankings.

    Os SUVs médios com menor custo de uso em 2024

    SUV-MEDIOS
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    1º – Toyota Corolla Cross XRE

    Corolla Cross tem destaques, mas o equilíbrio garante a média em seu favor

    É difícil parar o Corolla: tal como nos sedãs, o título entre os SUVs médios cabe ao Toyota Corolla Cross XRE, ainda que por motivos diferentes. Esse é o primeiro ano em que híbridos têm uma categoria à parte, e todo top 5 dela é formado pelos utilitários desse porte, mas só o campeão dela teria lugar aqui (e não é surpresa quem ele é).

    O Corolla Cross XRE, com seu 2.0 aspirado, desvaloriza mais do que o Jeep Compass Longitude 1.3 turbo flex. Mas seguro e manutenção do Toyota são menores e seu consumo já salva cerca de R$ 100 por mês.

    2º – Caoa Chery Tiggo 7 Sport

    Preço: R$ 134.990
    Custo/mês: R$ 3.225
    Revisão: R$ 625
    Seguro: R$ 7.062
    IPVA: R$ 5.400
    Gasto c/ combustível: R$ 7.871 (anual)
    Depreciação : R$ 17.752 (anual) 

    3º – Jeep Compass Longitude T270 Flex

    Preço: R$ 196.990
    Custo/mês: R$ 3.243
    Revisão: R$ 664
    Seguro: R$ 5.459
    IPVA: R$ 7.880
    Gasto c/ combustível: R$ 8.437 (anual)
    Depreciação : R$ 16.471 (anual) 

    4º – Mitsubishi Eclipse Cross HPE

    Preço: R$ 185.990
    Custo/mês: R$ 3.793
    Revisão: R$ 1.222
    Seguro: R$ 5.577
    IPVA: R$ 7.440
    Gasto c/ combustível: R$ 7.834 (anual)
    Depreciação: R$ 23.448 (anual) 

    5º – Volkswagen Taos Comfortline

    Preço: R$ 186.990
    Custo/mês: R$ 4.839
    Revisão: R$ 0
    Seguro: R$ 4.006
    IPVA: R$ 7.480
    Gasto c/ combustível: R$ 7.530 (anual)
    Depreciação: R$ 39.050 (anual) 

    Entre os dois, vem o novo Caoa Chery Tiggo 7 Sport, que vende muito graças ao preço de SUV compacto: apenas R$ 134.990. O IPVA ajuda e o custo de manutenção não o atrapalha. A desvalorização de 13% é, nominalmente, leve.

    O seguro é caro, mas tende a melhorar se o novo centro de distribuição da Caoa Chery diminuir o tempo de reposição de peças e ainda barateá-las, como prometido.

    O Mitsubishi Eclipse Cross HPE, por outro lado, tem a manutenção mais cara de todas e a desvalorização, ainda que percentualmente adequada, é acentuada pelo preço. Números de seguro e consumo do 1.5 turbo, por outro lado, ficam na média.

    A queda de 21% no preço do VW Taos Comfortline significa quase R$ 40.000 perdidos. A manutenção é grátis e sua apólice é a mais barata do páreo, de modo que acontece fenômeno inverso ao dos que têm um Corolla XRE: manter um Taos Comfortline é a opção mais atraente, até que, na hora de vendê-lo, as coisas se invertem.

    As picapes com menor custo de uso em 2024

    Picapes
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    1º – Volkswagen Saveiro Robust CS

    Apesar do seguro alto, Saveiro aproveita IPVA menor e Strada com revenda ruim

    O segmento mais diverso do Menor Custo de Uso é o das picapes, então, mais do que um mérito subjetivo, é importante contextualizar os números.

    Coube às duas caminhonetes compactas os primeiros lugares, mas, se nas vendas a Fiat Strada esbanja, a Volkswagen Saveiro dá o troco aqui.

    Suas versões mais vendidas são de cabine simples, com IPVA mais barato do que o restante desse especial no estado de São Paulo; só 2%. A Saveiro Robust é mais um veículo que vence pela desvalorização, que é duas vezes e meia menor do que a da Strada Endurance, com cerca de R$ 15.000 a menos de perda após um ano.

    2º – Fiat Strada Endurance 1.3 CP

    Preço: R$ 103.490
    Custo/mês: R$ 3.243
    Revisão: R$ 540
    Seguro: R$ 3.877
    IPVA: R$ 2.070
    Gasto c/ combustível: R$ 6.481 (anual)
    Depreciação: R$ 25.950 (anual) 

    3º – Fiat Toro Freedom 1.3 Flex

    Preço: R$ 156.990
    Custo/mês: R$ 3.467
    Revisão: R$ 692
    Seguro: R$ 4.298
    IPVA: R$ 6.280
    Gasto c/ combustível: R$ 9.054 (anual)
    Depreciação: R$ 21.276 (anual)

    4º – Ram Rampage Laramie Diesel

    Preço: R$ 262.990
    Custo/mês: R$ 4.956
    Revisão: R$ 1.124
    Seguro: R$ 4.921
    IPVA: R$ 10.520
    Gasto c/ combustível: R$ 8.484 (anual)
    Depreciação: R$ 34.427 (anual) 

    5º – Toyota Hilux SRX Plus

    Preço: R$ 334.890
    Custo/mês: R$ 7.958
    Revisão: R$ 1.173
    Seguro: R$ 16.861
    IPVA: R$ 13.396
    Gasto c/ combustível: R$ 8.569 (anual)
    Depreciação: R$ 55.497 (anual) 

    Só assim para que ela saísse vencedora, já que bebe mais e tem manutenção mais cara. Mas nada como o seguro, que é quase o dobro e, como no Tiggo 7 Sport, pode estar relacionado ao fato de esse ser um modelo novo. Como os cálculos das seguradoras ainda estão sendo calibrados, a tendência é que sejam “arredondados” para cima.

    Fiat Toro e Ram Rampage têm a mesma base, com mudanças na carroceria e interior. Mas o 2.0 turbo diesel da Rampage Laramie a encarece e prejudica a revenda, quando a diferença para a Toro Freedom 1.3 turbo flex fica em torno dos R$ 13.000. O IPVA bem maior da Rampage também ajuda a deixá-la em quarto lugar.

    Única média do páreo, a Toyota Hilux SRX Plus tem gastos com combustível até menores que os da Toro, mas tem, de longe, o maior seguro e a maior perda de valor do Menor Custo de Uso de 2024. É soma equivalente a um carro zero-km, e nisso o quinto lugar vem naturalmente.

    Os híbridos com menor custo de uso em 2024

    Hibridos
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    1º – Toyota Corolla Cross XRX

    E deu Corolla de novo. Desta vez, o Toyota Corolla Cross XRX Hybrid que leva a taça na estreia da categoria dedicada aos híbridos no Menor Custo de Uso. Mas foi por pouco, dado que o GWM Haval H6 HEV (também híbrido convencional) vem logo atrás.

    Aqui, o consumo de combustível bem melhor do Corolla Cross determinou sua colocação. São 17,8 km/l, contra 13,8 km/l do Haval H6, cuja revisão custa o dobro.

    É curioso que o carro-chefe da GWM desvalorize menos não só que o Corolla Cross, mas que o Corolla Altis Hybrid, que fica em terceiro. O consumo do sedã (18,5 km/l), vale citar, representa economia de R$ 1.645 no ano, que não compensam sua perda acentuada na revenda.

    2º – GWM Haval  H6 HEV

    Preço: R$ 214.000
    Custo/mês: R$ 4.270
    Revisão: R$ 920
    Seguro: R$ 8.200
    IPVA: R$ 8.560
    Gasto c/ combustível: R$ 6.633 (anual)
    Depreciação: R$ 26.929 (anual) 

    3º – BYD Song Plus

    Preço: R$ 229.800
    Custo/mês: R$ 4.437
    Revisão: R$ 950
    Seguro: R$ 12.692
    IPVA: R$ 9.192
    Gasto c/ combustível: R$ 6.052 (anual)
    Depreciação: R$ 24.360 (anual) 

    4º – Toyota Corolla Altis Hybrid

    Preço: R$ 198.890
    Custo/mês: R$ 4.629
    Revisão: R$ 476
    Seguro: R$ 5.502
    IPVA: R$ 7.956
    Gasto c/ combustível: R$ 4.988 (anual)
    Depreciação: R$ 36.625 (anual) 

    5º – Caoa Chery Tiggo 8 PHEV

    Preço: R$ 239.990
    Custo/mês: R$ 4.855
    Revisão: R$ 550
    Seguro: R$ 6.113
    IPVA: R$ 9.600
    Gasto c/ combustível: R$ 7.986 (anual)
    Depreciação: R$ 34.017 (anual) 

    Os híbridos plug-in decepcionaram. O preço maior dos PHEV reflete no IPVA, mas o BYD Song Plus até que tem a menor depreciação dessa categoria jogando a seu favor.

    O seguro do Song Plus, todavia, é muito maior do que de todos os outros – o que é parcialmente ligado ao fato de o SUV médio ser importado e ter mecânica mais complexa. O Caoa Chery Tiggo 8 Pro também é assim, mas tem apólice bem menor.

    A vantagem no seguro é compensada pelo consumo fraco do Tiggo 8 (11 km/l), que representa até R$ 3.000 a mais de gastos no ano. E frente ao Song Plus, a desvalorização é 4% maior, que implica em cerca de R$ 10.000 de diferença na queda do preço depois de 12 meses.

    Note, entretanto, que, do Toyota Corolla Cross ao Tiggo 8, são R$ 818 de diferença por mês. Pro-porcionalmente, é a categoria mais acirrada deste especial.

    Os elétricos com menor custo de uso em 2024

    Eletricos até 200.000
    (Fernando Pires/Quatro Rodas)

    1º – Renault Kwid E-Tech

    No outro segmento que estreia no Menor Custo de Uso, consideramos carros elétricos até R$ 200.000, a fim de destacar os modelos que vêm ganhando volume digno de veículos comuns nas ruas. Mesmo assim, tudo é muito novo no mundo dos EVs, e números frios podem confundir.

    O Renault Kwid E-Tech é o segundo carro mais barato de se manter dos 35 que existem no segmento. Seu trunfo é, claro, o preço da eletricidade, principalmente quando utilizada a recarga doméstica. Mas, por ser o elétrico mais barato, ganha fôlego no IPVA e o compartilhamento de muitas peças com o Kwid 1.0 derruba o preço do seguro se comparado aos outros. Além disso, sua manutenção só é mais cara que a do BYD Dolphin Mini, segundo colocado, cuja primeira revisão acontece fora do período de cálculo do nosso regulamento.

    2º – BYD Dolphin Mini

    Preço: R$ 115.800
    Custo/mês: R$ 2.320
    Revisão: R$ 0
    Seguro: R$ 6.620
    IPVA: R$ 4.632
    Gasto c/ combustível: R$ 1.617 (anual)
    Depreciação : R$ 14.973 (anual) 

    3º – BYD Dolphin GS 180EV

    Preço: R$ 149.800
    Custo/mês: R$ 2.879
    Revisão: R$ 400
    Seguro: R$ 5.275
    IPVA: R$ 5.992
    Gasto c/ combustível: R$ 2.097 (anual)
    Depreciação: R$ 20.780 (anual) 

    4º – GWM ORA 03 Skin

    Preço: R$ 150.000
    Custo/mês: R$ 3.354
    Revisão: R$ 740
    Seguro: R$ 6.544
    IPVA: R$ 6.000
    Gasto c/ combustível: R$ 2.403 (anual)
    Depreciação: R$ 24.559 (anual)

    5º – JAC e-JS1

    Preço: R$ 126.900
    Custo/mês: R$ 3.662
    Revisão: R$ 360
    Seguro: R$ 7.080
    IPVA: R$ 5.076
    Gasto c/ combustível: R$ 1.864 (anual)
    Depreciação: R$ 29.561 (anual) 

    O Kwid ainda traz a menor desvalorização, mas são números bagunçados pelo desconto de R$ 50.000 que a Renault aplicou ao carro nos últimos meses. Simultaneamente, Dolphin e Dolphin Mini ainda carecem de maior volume para que a depreciação seja mais precisa. Já o GWM Ora 03 Skin perde para seus maiores rivais em aspectos como a revenda, manutenção, consumo de eletricidade e seguro, deixando em quarto.

    O JAC e-JS1, com a presença reduzida da marca e exigência de usar adaptadores para se conectar aos eletropostos nacionais, é o que mais perde valor e que tem a apólice mais elevada. Mas, de longe, os cinco EVs são os que menos gastam com combustível, com três híbridos vindo em seguida. 80% do top 10 nesse aspecto.

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