GPS que equipa o CLS 350 modelo 2012 da Mercedes Benz
Tenho viajado bastante de carro nos últimos tempos, entre 15.000 e 20.000 km por ano. Sempre na companhia do GPS, um “cara” que se revelou o melhor companheiro de viagem que um motorista pode ter. Aqui, confesso uma mania: mesmo nos carros com navegador original, fixo o meu celular em um suporte de para-brisa. É hábito, já estou familiarizado. Mas a mensagem importante aqui é: dirija sempre auxiliado por um GPS, mesmo que você não tenha dúvidas sobre o caminho a seguir.
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O principal benefício é o que chamo de visão além do alcance. Às vezes, você chega em uma fila de dois ou três caminhões rodando bem devagar e próximos um do outro. Por mais que o local permita ultrapassagens, fica o receio de a reta acabar antes da manobra ser concluída — até por que não é a coisa mais segura do mundo se enfiar emergencialmente entre dois caminhões. Pois bem, com o GPS ligado, vejo antecipadamente o tamanho da reta, ganhando um elemento fundamental para a decisão de ultrapassar ou esperar outra oportunidade melhor.
Não estou sozinho nessa. Fabricantes como Ford e Audi já desenvolvem sistemas integrados entre carros, navegadores e faróis adaptativos (que alteram a direção da luz) para que o facho se ajuste automaticamente ao ângulo e raio da curva que segue adiante, de acordo com as coordenadas do trajeto no GPS. Na Rolls-Royce, a novidade é a integração entre o GPS e o funcionamento do próprio motor, para que as marchas sejam pré-engatadas conforme o percurso logo à frente, melhorando a suavidade e a eficência de seu funcionamento.
Além do GPS, uso simultaneamente um aplicativo que avisa antecipadamente a aproximação de radares, lombadas, postos de combustível e outros pontos previamente salvos por mim mesmo. Salvo também pontos da estrada que não raramente têm problemas de conservação, além de curvas mais traiçoeiras e até pontos de assistência ao usuário, onde dá para parar e tomar um café e esticar as pernas.
Por fim, uso ainda um aplicativo de músicas, pois rádio na estrada, você sabe como é: canções regionais, sempre acompanhadas de muita interferência.
Péricles Malheiros é editor da QUATRO RODAS e responsável pelos testes de Longa Duração.