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A receita de equilíbrio para manter os nervos no trânsito

Dominar a tensão e o estresse e aumentar a concentração no trânsito evita problemas e acidentes

Por Luís Perez
Atualizado em 23 abr 2021, 00h49 - Publicado em 7 jan 2016, 19h45
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    O cansaço do congestionamento pesado, o filho chorando no banco de trás, uma distração causada pelo celular… São todas situações que podem terminar numa briga de trânsito ou, pior, num acidente. No entanto, isso pode ser evitado com procedimentos simples e práticos que são ensinados até em cursos específicos que trabalham o que se chama hoje de “direção emocional”. Confira a seguir as dicas elaboradas por especialistas que o ensinam a manter a concentração e o autocontrole mesmo nas situações mais críticas ao volante.

    Planejamento

    Ficar ou não nervoso no trânsito começa com a preparação do compromisso que você tem a cumprir. Um exemplo: você tem uma importantíssima entrevista de emprego às 8h e não pode se atrasar. O percurso é de no máximo 10 km, que normalmente você cumpre em uns 20 minutos. A que horas você sairá de casa? Que tal 1 hora e meia antes? Parece exagerado? Não é. Veja as variáveis: pode haver engarrafamento, acidente (com outro veículo ou com o seu), problema mecânico ou pneu furado. “Eu aprendi que, nesse caso, talvez optasse por ir de táxi, pois, se houver um problema, é só sair e pegar outro”, diz o administrador Augusto Cesar Lacerda, que mudou sua atitude no trânsito depois de fazer um curso específico de direção emocional (leia texto ao lado). Ele se diz uma pessoa muito estressada no trânsito, a ponto de às vezes ter vontade de “passar por cima” dos outros motoristas. “Ou bater no outro carro a ponto de fazê-lo dar um giro de 180 graus, como nos filmes.” Após o curso, ele disse que passou a ficar mais tranquilo no trânsito, mais paciente. “Hoje fico com dó de quem começa a correr e fechar todo mundo.”

    Dê passagem

    Quem nunca andou ao lado do motorista e disse: “Olha, esse carro vai entrar na sua frente. Não deixa, não deixa!”? É o que Giusep­pe Calabro Filho, instrutor de curso de direção emocional, costuma chamar de “a diferença entre ser gentil e ser trouxa”. Qual é o problema em dar passagem? Cordialmente, dê passagem, sorria, mas depois retome sua trajetória. Foi o que aprendeu Augusto depois do curso. “Outro dia vi que se aproximava um carro fechando todo mundo e que iria me ultrapassar pela direita. Normalmente, eu fecharia a passagem. Resolvi deixar quieto. Não que eu ache certo. Mas pensei que talvez ele estivesse com algum problema.”

    Nada de choro

    Outra situação que pode gerar altas doses de estresse no trânsito e simples de ser contornada: criança pequena chorando no banco de trás enquanto você tenta fazer uma manobra. Nesse momento, respire fundo e concentre-se no volante e nos obstáculos à frente. Resolva o problema de seu filho depois. Ignore-o por alguns minutos. Muita gente bate na coluna do estacionamento do prédio por perder a calma nessa hora.

    Desconfiar sempre

    Provavelmente todo mundo já ouviu do pai ou da mãe aquela frase: “Em você eu confio, o problema são os outros”? Aja da mesma maneira ao volante, pois há variáveis no trânsito que estão fora de nosso controle. Antecipe a mudança de faixa do veículo vacilante à frente, precavenha-se do pedestre que pode sair repentinamente de trás de um ônibus e, principalmente, desconfie que outro motorista pode furar o sinal que está vermelho para ele, ainda mais à noite. A capacidade de prestar atenção e se antecipar aos outros ajuda até em caso de roubo. Especialistas em segurança afirmam que assaltantes fazem dos distraídos suas vítimas preferenciais, em vez daqueles que parecem estar atentos do que acontece a sua volta.

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    Monotarefa

    O ser humano não é multitarefa, não consegue fazer várias coisas ao mesmo tempo sem perder eficiência. Estar com um veículo de quase 2 toneladas nas mãos requer atenção total. Por isso não se deve dirigir falando ao celular. Se for preciso, compre um viva-voz – além de ser uma infração, claro. O telefone está longe do seu alcance? Não se desespere. Deixe tocar e assim que houver uma folga ligue de volta. O grande perigo é quando a ligação ou mensagem de texto é tão importante que ganha do nosso cérebro prioridade maior que o ato de dirigir. Por isso o melhor é parar em um local seguro quando receber uma ligação.

    Mantenha distância

    Uma fórmula conhecida para se precaver de acidentes, mas nem sempre seguida, é manter sempre no mínimo 2 segundos de distância do veículo da frente, sobretudo em rodovias. Espero o veículo passar por um placa de referência e conte esse tempo para ver se você não está muito perto. Essa distância vai lhe dar tempo caso haja uma freada brusca ou mudança de trajetória do veículo à frente. Se deixou de ver os pneus traseiros do outro carro, é sinal de que está muito perto.

    Sem preferências

    Muitas vezes, quem tem a preferencial em um cruzamento simplesmente passa direto ou, no máximo, dá uma olhada. Não faça isso. Nunca se sabe quando haverá alguém apressado no mesmo cruzamento. O mesmo vale para a regra da rotatória, em que a preferencial é sempre de quem já está fazendo o contorno. Depois que acontece o acidente, pode ser tarde demais para reivindicar a razão. “Não adianta mais discutir de quem é a culpa”, afirma Calabro Filho.

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    Calma sob pressão

    Não dê atenção a quem buzina para você. “Quem faz isso é porque em geral não tem condições de sair sozinho de uma situação”, diz o instrutor de direção defensiva Luiz Fonseca. Se alguém começa a diminuir a velocidade na sua frente e, sem dar seta, decide parar ou fazer uma conversão, não perca a calma. Siga em frente. Ou, no jargão dos instrutores, tome a providência de sair da situação. Lembre-se: você também pode errar e alguém pode fazer o famoso gesto do dedo em riste para você. Não dê atenção, não revide. Você não conhece o temperamento do outro motorista nem sabe se ele está armado. “Se a gente vai gerar ou não mais violência, é decisão nossa”, afirma Calabro.

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