A nova Chevrolet S10 2025 já não é mais segredo: a picape está em pré-venda em três versões, a partir de R$ 281.900. Entre as novidades estão a aparência, além de ganhos mecânicos e tecnológicos. Tudo nela busca não apenas manter a vice-liderança, mas também manter-se à frente da Ford Ranger, atual referência entre as picapes médias. Mas quais são suas armas para isso?
Na aparência, a nova S10 se aproxima da “irmã” Colorado, vendida nos Estados Unidos, e aposta em um design mais ao gosto norte-americano, que transmite maior impressão de robustez. Os faróis, estreitos e posicionados no topo da dianteira, remetem ainda à Silverado – atual e antiga. Eles têm leds nos fachos alto e baixo, e na iluminação diurna.
A porção central que corta as grades é o maior ponto de diferenciação entre as versões. Na Z71, de proposta mais esportiva, é em preto brilhante; na LTZ, intermediária, é na cor da carroceria; na High Country, é cromado.
Quando vista de traseira, a picape tem lanternas que destacam as lentes vermelhas – mais uma referência ao mercado norte-americano. A tampa da caçamba – que tem abertura e fechamento aliviados e suaves, ao contrário de Ranger e Hilux – tem um novo volume central.
Motorização e capacidades
Nada de motor V6 para a nova S10, que, vale lembrar, não se trata de uma nova geração, mas “apenas” uma profunda reestilização. Para ela, o motor 2.8 turbo diesel passou por uma atualização que elevou potência e torque para 207 cv e 52 kgfm – antes, eram 200 cv e 51 kgfm. Já o câmbio deixou de ser o de seis marchas, e passa a ser o automático de oito marchas, emprestado da Colorado vendida nos EUA. A tração é 4×4, com opções de 4×2 traseira e 4×4 com reduzida.
Segundo a Chevrolet, o novo conjunto dá à S10 a melhor relação de eficiência entre suas principais rivais, Ranger e Hilux. De acordo com a marca, a S10 leva 9,4 segundos para ir de 0 a 100 km/h. Mais, mas próxima dos 9,2 da Ranger Limited (com motor V6 3.0 de 250 cv), e menos que os 12 da Hilux SRX (com um 2.8 de 204 cv). Todos os números são os divulgados pelas marcas.
No consumo, ela é a campeã, mais uma vez de acordo com a GM. Faz as médias de 9,5 km/l na cidade e 11,4 km/l na estrada. Mais econômica do que as rivais. Todos estes números ainda serão aferidos em nossos testes, quando a nova S10 for cedida pela marca. Isso deverá acontecer após o lançamento oficial, marcado para maio.
A S10 também tem capacidades na média do segmento, com 1 tonelada de capacidade de carga, 1.329 litros na caçamba (quando sem o protetor) e 2.850 kg para reboque.
Uma novidade para a S10 é a maior proposta urbana dada às versões de topo, LTZ e High Country. Mesmo com capacidades off-road, elas passam a ter pneus de uso urbano de série, acompanhando as rodas de 18 polegadas. A versão Z71 segue com pneus de uso misto.
Segundo a marca, a mudança ocorreu após pesquisas concluírem que os donos destas versões têm uso predominantemente urbano. Isso, também de acordo com a GM, melhora os níveis de ruídos e de frenagem da picape, em relação aos outros. É possível, porém, realizar a troca para pneus mistos na concessionária, no ato da compra.
Tecnologia e acabamento da S10 2025
A S10 mudou por dentro na mesma proporção que mudou por fora – ou talvez até mais. O interior é todo novo, com um painel mais refinado que dá direito até a revestimentos macios e que imitam couro no painel e nas portas, e volante vindo da Silverado. O nível de montagem e encaixe das peças também melhorou.
Destaque também para as novas telas da picape, que agora tem a nova geração do sistema multimídia MyLink, inaugurado na nova Spin. Para a multimídia, a tela de 11 polegadas abriga Android Auto e Apple CarPlay sem fio, além de wi-fi. Para o quadro de instrumentos, que também chegou primeiro na minivan, há uma tela de 8 polegadas.
Entre os equipamentos, que variam conforme as versões (veja o conteúdo de cada uma delas aqui), a nova S10 tem faróis de led, seis airbags, chave presencial, ar-condicionado digital (de apenas uma zona), banco do motorista com ajustes elétricos, carregador de celular por indução, partida remota do motor, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, sensor de chuva e câmera de ré.
Ela tem ainda monitoramento de pontos cegos, controle de oscilação de trailer e reboque, alerta de tráfego cruzado traseiro, frenagem automática de emergência, alerta de saída de faixa e faróis altos automáticos. A picape também estreia o ajuste de profundidade na coluna de direção – que soma-se ao ajuste de altura.
É um bom pacote, mas fica devendo itens como ar dual zone, piloto automático adaptativo, saídas de ar traseiras e um sistema mais tecnológico de câmeras, já que só há a traseira.