Por Péricles Malheiros
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O C4 Lounge é o novo carro de Longa. Descendente do C4 Pallas – este, o primeiro Citroën a nos acompanhar por 60000 km, em 2009 –, o Lounge nos dará a oportunidade de aferir o poder de evolução da marca.
No lugar do quatro-cilindros movido a gasolina, um com central flex. Em vez da caixa automática de quatro marchas, uma com seis. Vamos ver como se comporta também a rede de assistência, cujo atendimento leniente foi o principal gerador de problemas para o Pallas e também o grande responsável pela aprovação com ressalvas, no desmonte, em dezembro de 2009.
Se o Pallas nasceu com a missão de enfrentar os japoneses Civic e Corolla, a tarefa do Lounge é ainda mais dura. Afinal, o segmento dos sedãs médios cresceu nos últimos anos: vieram Cruze, 408, Fluence, Elantra, Cerato, Jetta e o novo Civic – e a próxima geração do Corolla chega nos próximos meses.
Optamos pela versão Exclusive (top entre os Lounge com motor 2.0 e câmbio automático), pela qual pagamos 73780 reais. Desistimos da Tendance (intermediária, de 66990 reais) por causa da sua clara desvantagem na relação custo-benefício: por 5500 reais a mais, a Exclusive entrega chave presencial, revestimento de couro nos bancos, controles de estabilidade e tração, airbags laterais e do tipo cortina e retrovisores externos com rebatimento elétrico.
A opção pelo C4 Lounge Exclusive nos colocou numa fila de espera e revelou um deslize da marca ao determinar o mix das versões. Nas 11 concessionárias consultadas na fase de cotação, ouvimos o mesmo discurso: “Para pronta entrega, só tenho a Tendance ou a THP 1.6 Turbo”. Também de acordo com a rede, a normalização das vendas da versão Exclusive não tinha sequer previsão de data para ocorrer. Apenas a paulistana Rivoli se prontificou a entregar o carro desejado num prazo aceitável, sem desconto e numa outra cor: prata, em vez de grafite, como queríamos inicialmente. Batemos o martelo e um mês depois retiramos o carro.
O processo de entrega foi cordial, mas faltou informação. “O técnico nem ao menos falou das peculiaridades do Lounge, como a tecla que permite alternar a cor e a intensidade da iluminação do quadro de instrumentos”, diz o editor Péricles Malheiros, responsável pela retirada de cada novo integrante da frota.
Péricles aponta outra falha na revisão de entrega: “Logo que saí da Rivoli, parei no posto para abastecer. Ao calibrar os pneus, notei que todos estavam com 45 libras, em vez das 35 recomendadas na etiqueta junto à porta do motorista. Os tanques (principal e da partida a frio) estavam praticamente a zero”.
Mal chegou à nossa garagem, o Lounge seguiu para a oficina Fukuda Motorcenter, onde nosso consultor Fabio Fukuda fez a marcação das peças. De lá, o carro seguiu para sua maratona de 60 000 km. Seja bem-vindo.
Consumo
No mês (00,0% na cidade) – Etanol 0,0 km/l
Desde jan/14 (00,0% na cidade) – Etanol 0,0 km/l
Diário
Nosso consultor técnico marca as peças do estreante | Botão de partida à esquerda do volante dispensa a chave