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Se melhorar estraga?

10618 km Nem bem o Uno se refez da passagem pela concessionária para um reparo de funilaria (uma pancada na traseira exigiu reparos no painel traseiro e troca do para-choque), agora a ansiedade de um portão de garagem combinado com a malemolência do motor 1.0 justificariam nova ida ao funileiro. A questão é: vale a […]

Por Redação
4 mar 2011, 18h48
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  • uno1

    10618 km

    Nem bem o Uno se refez da passagem pela concessionária para um reparo de funilaria (uma pancada na traseira exigiu reparos no painel traseiro e troca do para-choque), agora a ansiedade de um portão de garagem combinado com a malemolência do motor 1.0 justificariam nova ida ao funileiro. A questão é: vale a pena? Saindo da garagem de seu prédio, a editora Maria Paola de Salvo teve dificuldades com o motor do Uno frio, que não respondeu com a presteza esperada. Em vez de vencer a ladeira, ele morria no meio do caminho. Numa das tentativas de sair com o carro, o portão resolveu começar a se fechar sobre o carro. O resultado foram marcas no teto do novato, algumas das quais um belo polimento resolve. Outras, só a pintura, mesmo.

    O grande problema de pequenos riscos é que eles exigem a repintura de toda a peça. Quando isso é no teto, a questão fica ainda maior. Tudo porque há margem para a interpretação de que uma raladinha foi, na verdade, um acidente grave, talvez um capotamento. A suspeita desvaloriza o carro muito mais que o próprio dano. Um serviço mal feito pode até dificultar a renovação de um seguro, por exemplo.

    Mesmo sabendo disso, levamos o Uno a três concessionárias e a três lojas independentes para verificar o que nos recomendariam: consertar o carro, para vendê-lo por um preço mais alto, ou passá-lo para a frente do jeito que está. Ninguém recomendou que consertássemos o carro, pelo contrário: chegaram a nos dizer que não fizéssemos isso. Os preços de venda variaram de 24 000 reais, em uma loja independente, a 26 000 reais, em uma concessionária da própria Fiat. Novo e com o mesmo conteúdo que o nosso traz (ABS e airbags), o carro custa cerca de 36 000 reais.

    Apesar de o prejuízo parecer grande (quase 10 000 reais), a desvalorização do carro não pode ser creditada só à batida. A venda de um seminovo, como o nosso, sempre implicará perda de dinheiro. Entre o seminovo e o zero, a escolha sempre vai recair neste último (que traz facilidade de financiamento e cheiro de carro novo), a não ser que o seminovo tenha preço muito inferior, forma de torná-lo atraente. Com isso, apesar de novo custar 36 000 reais, nosso Uno poderia ser vendido a um particular por, no máximo, 30 000.

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    O resto da desvalorização é de responsabilidade da venda a autorizadas e lojas, opção indicada apenas para quem tem pressa de fazer negócio ou quer evitar a espera por um particular. Considerando que o preço máximo que pegaríamos no Uno seriam 27 000 reais, até que o teto não atrapalhou tanto assim.

    De todo modo, vale a ressalva: todas as concessionárias e lojas disseram que consertariam o teto depois de comprar o carro. “Minha oficina é boa, senão eu não arriscaria consertar”, falou o vendedor de uma concessionária. Em outra, o vendedor disse que o reparo seria feito por meio de micropintura.

    Consumo:

    No mês (24,5% na cidade): Álcool – 8,8 km/l

    Desde out/10 (36,7% na cidade): Álcool – 8,4 km/l

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