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Mercedes-Benz E 400

Mercedes enquadra o desenho do Classe E e faz dele o carro mais avançado da marca em eletrônica de segurança

Por Joaquim Oliveira | Fotos: Dirk Weyhenmeyer
Atualizado em 9 nov 2016, 02h01 - Publicado em 12 abr 2013, 16h52
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    Quando o atual Classe E nasceu, em 2009, o design da dianteira fez alguns fãs da Mercedes torcerem o nariz. No face-lift que chega em março à Europa e no terceiro trimestre ao Brasil, a marca fez questão de concentrar suas alterações no desenho que causou polêmica, adotando um estilo menos radical, mais próximo até do de um Classe C. E aproveitou a tradicional mudança de meio de ciclo de vida para ir mais longe: uma nova gama de motores e um arsenal de 11 novos dispositivos de assistência à condução que o tornam a referência na indústria automobilística.

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    Os faróis, antes duplos e assimétricos, passam a integrar todas as funções sob uma única lente, com tecnologia de leds no farol baixo e nas luzes de condução diurna (opcionais para o farol alto). Os alemães foram mais longe ainda: será possível escolher entre duas dianteiras diferentes. No pacote Elegance, a grade típica leva a estrela saliente no capô, enquanto no Avantgarde, mais esportivo, ela aparece num emblema integrado à grade, como acontece há 15 anos no Classe C. Os dois para-choques adquirem traços mais arredondados, ganhando um ar menos pesado. Existe, por outro lado, um novo vinco lateral que sai da porta traseira e se prolonga até os faróis, para reforçar a sensação de movimento. Por dentro notam-se novas saídas de ar, revestimentos de dois materiais distintos e novo volante multifuncional com borboletas de troca de marchas.

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    Visão estéreo

    Mas grande parte da evolução está na inclusão de novos sistemas de segurança, que fazem sua estreia neste modelo e não no Classe S, como ocorre tradicionalmente. A conjugação de sensores mais sofisticados com uma câmera multifunções estéreo (antes era mono) são determinantes para a chegada desse pacote tecnológico. É estéreo porque dispõe de duas lentes, com alcance de 500 metros, que geram a visão tridimensional de uma área até 50 metros à frente do veículo. Na prática, melhorou a detecção e a classificação dos objetos, bem como de seu movimento, quer venham de frente, quer estejam cruzando com o Classe E.

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    Isso permitiu desenvolver novos sistemas de segurança – ou melhorar os já existentes. O Distronic Plus ajuda a manter o veículo dentro da faixa e a seguir o tráfego de modo semiautomático em vias rápidas. A assistência à frenagem consegue agora detectar se há veículos ou pedestres que vão atravessar seu caminho, aumentando a potência da freada, enquanto o Pre-Safe pode parar o carro sozinho nesse caso. O Pre-Safe Plus aciona as luzes de emergência para avisar o veículo que está para bater atrás e ao mesmo tempo prepara os dispositivos de proteção dos ocupantes para diminuir a força do impacto, além de acionar o freio depois para evitar colisões sucessivas. A assistência da manutenção da faixa, por sua vez, consegue até perceber se a faixa do lado está ocupada e impedir que o carro troque de pista.

    Nos motores a gasolina, os quatro cilindros incorporaram a tecnologia Blue Direct (como os de seis e oito cilindros), ou seja, injeção com spray dirigido, injetores mais rápidos, variação de válvulas de admissão e escape e, claro, turbo. Novidade mundial é a combinação de um processo de queima pobre com compressão dos gases de escape, além da recirculação externa desses gases. Com tudo isso, o resultado é um consumo médio homologado de 17,2 km/l para o E 250. O seis-cilindros aspirado do antigo E 350 passa a equipar o novo E 300 (com 252 cv), além estrear a versão E 400, com um V6 biturbo de 333 cv. Há o câmbio manual de seis marchas e o automático de sete, que ganhou borboletas de trocas no volante – essa caixa funciona com suficiente rapidez desde que recebeu melhorias há dois anos (mas ainda é mais lenta que as de Audi e BMW).

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    Durante nosso test-drive em Barcelona, na Espanha, percebemos como o E 400 tem torque suficiente em qualquer rotação, até porque não é só o motor biturbo que está trabalhando no regime ideal (seus 48,9 mkgf mantêm-se no pico de 1 400 a 5 000 rpm), mas também por causa do kickdown do câmbio automático, que rapidamente o leva a essa “zona de conforto”. O resultado são as ótimas retomadas e um 0 a 100 km/h de 5,3 segundos, segundo a fábrica.

    A suspensão (multilink atrás) pode ser adquirida em quatro variações. A Elegance oferece amortecimento controlado por um segundo êmbolo dentro do amortecedor. A Avantgarde é 1,5 cm mais baixa. No pacote AMG, os amortecedores têm regulagem mais dura e as barras estabilizadoras são de maior diâmetro. Por fim, a pneumática controlada eletronicamente equipa todos os Classe E com motor V8. Na opção Avantgarde avaliada, com a suspensão rebaixada nos tais 1,5 cm, percebe-se que os movimentos da carroceria estão bem contidos, o que penaliza um pouco o conforto sobre pisos ruins. A direção recebeu melhorias na ligação mecânica e no software de assistência elétrica, para torná-la mais precisa e mais dura em alta velocidade.

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    O novo Classe E redime a geração anterior e recupera a boa forma. Ao incorporar a última palavra em tecnologia na marca, ele deve recuperar rapidamente o prestígio perante seu exigente eleitorado.

    VEREDICTO

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    O desenho mais harmonioso e o nível de segurança maior mostram que o novo Classe E deve recuperar o brilho que a versão anterior perdeu.

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