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Mercedes-Benz C 250 Sport

O best-seller da Mercedes-Benz sobe de patamar para voltar a incomodar o BMW Série 3

Por Vitor Matsubara
26 set 2014, 14h37
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    Nenhum produto é mais importante para a Mercedes-Benz do que o Classe C. Com mais de 10 milhões de unidades comercializadas em mais de três décadas, o sedã lidera as vendas da marca pelo mundo. Mas isso não significa que ele tenha vida fácil entre os sedãs premium. A evolução dos arquirrivais Audi A4 e BMW Série 3 e o surgimento de um novo competidor dentro da própria Mercedes-Benz, o CLA, forçou a empresa a aprimorar o C.

    A quinta geração do sedã, que chega ao Brasil agora, preserva a fórmula de sucesso criada em 1982, mas com doses de esportividade e tecnologia jamais vistas em um Classe C. Essa mistura é escancarada no design, fazendo o C parecer um carro de categoria superior. A frente arrojada lembra o Classe E e as lanternas que parecem flutuar na traseira vieram do Classe S. Ao mesmo tempo, alguns elementos o identificam como um típico Mercedes-Benz. O DNA da marca surge em elementos como os vincos no capô, o recorte da tampa do porta-malas e o desenho da grade frontal. A peça, aliás, virá para cá apenas com a estrela centralizada – o adorno no topo do capô deixou de ser oferecido aqui há alguns anos. Parece discurso de marketing, mas ela realmente deixa o sedã com uma cara mais esportiva, especialmente na versão C 250 Sport, que traz um belo kit aerodinâmico assinado pela AMG, com direito a rodas aro 18, apliques cromados e dupla saída de escapamento.

    Por dentro, a qualidade dos materiais empregados na cabine impressiona. Dá até para se sentir dentro de um Classe E. Ou não, já que uma cabine tão bonita merecia uma tela de central multimídia mais caprichada. Fixada no topo do console central, a tela de 8,4 polegadas parece um navegador GPS adquirido no mercado paralelo. Pelo menos o sistema é fácil de operar, graças ao novo touchpad. Bastante parecido com um smartphone, ele fica no console central, permite navegar pelos menus e reconhece letras desenhadas em sua superfície. O touchpad não substitui o antigo seletor giratório, que fica logo abaixo dele.

    Ao longo dos anos, o mercado de sedãs se acomodou num estado claro: quem preferia um sedã mais confortável ficava com o Classe C. Quem preferia um mais esportivo levava o BMW Série 3. O novo C quer mudar essa história. Nem é preciso levá-lo ao limite para ver como seu comportamento dinâmico melhorou. Essa qualidade se acentua no C 250, que traz um novo motor 2.0 de 211 cv. O seletor de modos de condução Agility Select transforma o pacato sedã num esportivo no modo Sport+, melhorando as acelerações e a estabilidade nas curvas. Sua pegada nervosa é potencializada pelos estampidos vindos dos escapamentos a cada troca de marcha (como nos Audi), fazendo deste Classe C o mais empolgante de guiar de todos os tempos. Se você exagerar, a eletrônica entrará em ação com o sistema de distribuição de torque, que freia a roda do lado interno da curva para recolocar o veículo na trajetória. Tudo sem afetar o conforto em situações normais, para alívio dos fãs mais tradicionais da marca.

    Além da C 250, outras duas versões compõem a linha. A C 180 vem em duas opções de acabamento, com apliques internos em preto brilhante na Avantgarde e madeira na Exclusive. Ambas custam os mesmos R$ 138 900 e trazem rodas aro 17 e faróis full led. Acima, surge a C 200 Avantgarde, que acrescenta teto solar, retrovisores com rebatimento elétrico, estacionamento autônomo e banco do motorista com regulagens elétricas e memórias de posição, por R$ 154 900. Ambiciosa, a marca pretende vender quase 7 000 veículos em 2015, igualando o recorde de 2011. Se tudo correr como esperado, a C 180 deve responder por até 70% do volume total.

    Antes de enfrentar seus rivais, o Classe C precisa encarar uma briga caseira, com o CLA. Vendido até então por R$ 150 500, o sedã menor ganhará uma versão mais barata (R$ 128 000) para se afastar do C e se consolidar como o sedã mais barato da marca no Brasil. Embora tenha o mesmo motor e um porte parecido, a expectativa é que a diferença de aproximadamente R$ 10 000 faça os sedãs conviverem em harmonia. Até porque a empresa diz que eles não competem entre si: enquanto o CLA atende os fãs de design, o C satisfaz o cliente ávido por outros predicados (como maior espaço interno e desempenho superior) além do visual.

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    Não bastasse o peso de manter a condição de modelo mais vendido da marca, o C desembarca no país com outra responsabilidade. Caberá a ele a honra de inaugurar a nova fábrica de Iracemápolis (SP), a partir de 2016. Até lá, a marca espera ter retomado a liderança de sedãs premium no país, perdida para o BMW Série 3 há dois anos.

    DIREÇÃO, FREIO E SUSPENSÃO

    Os alemães conseguiram dar um toque de esportividade sem afetar o conforto que virou marca registrada do Classe C.

    ★★★★

    MOTOR E CÂMBIO

    Mais potente que seu antecessor, o motor 2.0 casa bem com as trocas rápidas da caixa de sete marchas, especialmente no modo Sport+.

    ★★★★

    CARROCERIA

    Além de ter deixado o sedã com cara de carro mais caro, o design esguio melhorou a aerodinâmica do C.

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    ★★★★

    VIDA A BORDO

    A cabine tem agora um visual mais moderno, embora alguns comandos continuem mal localizados.

    ★★★★

    SEGURANÇA

    Oferece tudo que se espera de um Mercedes, mais o modo de distribuição de tração, que dá mais aderência nas curvas.

    ★★★★

    SEU BOLSO

    Todas as evoluções em tecnologia e design cobram seu preço. No caso, R$ 10 000 a mais que o antigo C.

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    ★★★★

    OS RIVAIS

    BMW 328i GP

    bmwserie3.jpeg

    Vendido pelos mesmos R$ 189.900, traz a tecnologia flex e 34 cv a mais.

    Audi A4 Attraction

    audia1.jpeg

    Embora seja R$ 52.000 mais barato, também entrega menos potência: 180 cv.

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    VEREDICTO

    Esportivo sem abrir mão do conforto típico de um Mercedes-Benz, o Classe C ganha mais fôlego para tentar desbancar seu rival BMW Série 3 – e se afastar do irmão menor CLA.

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