4355 km
Mal chegou à redação, o Hyundai i30 saiu em férias. Mas pouco descansou. Foram 2 400 km acompanhando a família do revisor da revista, Renato Bacci, em três semanas no fim do ano, entre São Pedro, no interior paulista, e Bertioga, no litoral. E, nesse período, o primeiro coreano da nossa frota foi um bom companheiro de viagem, conforme mostra seu relato abaixo.
“De cara, o que impressionou foi a qualidade de construção. Sem ruídos internos e com ótimo isolamento acústico, pouco se ouve de extraordinário na cabine, com os vidros fechados. No trânsito, com o som ligado, a gente desconfia até que não apertou direito a buzina, pois nem ela se escuta.
A tranquilidade auditiva se estende ao motorista e ao passageiro… dianteiro. Quem vai no banco de trás sente um pouco as imperfeições do asfalto. Consequência provável da configuração da rodas de aro 17 com largos e baixos pneus, que grudam o carro no chão, mas sacrificam o conforto.
De resto, o i30 é muito boa companhia. Seu câmbio automático, apesar de ter apenas quatro marchas, é ‘esperto’. Diferente do primeiro período com o carro, quando rodamos quase que 100% na cidade, desta vez, o consumo foi mais animador. O i30 marcou 10,3 km/l de média. Bom, para um carro automático recém-amaciado e carregado de equipamentos.
Por falar em amaciamento, no meio da viagem ele chegou aos 2 500 km, marca da primeira revisão obrigatória, para a qual o manual prevê a troca de óleo do motor e filtro. Com agendamento tranquilo pelo telefone, o carro foi levado à concessionária Caoa Morumbi, na capital paulista. “Vai ser feito apenas o previsto na revisão”, disse a consultora técnica Solange. Mas a ordem de serviço trouxe, além das trocas previstas, ‘descarbonização da injeção’ e ‘Oil Miralube’, um aditivo do óleo do motor, por 30 e 69 reais, respectivamente. Isso elevava a conta de 153 para 252 reais.
Questionamos, pois o manual não listava nenhum daqueles procedimentos. ‘É recomendação do departamento de engenharia da fábrica’, disse a consultora. Insistimos em que deveríamos ter sido avisados da inclusão de qualquer serviço adicional – já feitos -, e a solução foi rápida: os dois itens foram suprimidos da nota que seria emitida. Simples assim.”
O primeiro teste
Após as férias de fim de ano e a revisão de 2 500 km, era hora de o i30 encarar a pista de testes para as avaliações iniciais. E aos 3 750 km, em Limeira (SP), apresentou números de desempenho inferiores aos do primeiro i30 testado por QUATRO RODAS. No 0 a 100 km/h, foram 12,7 segundos, contra os 11,8 do modelo de teste, enquanto os 1 000 metros foram atingidos em 33,5 segundos, contra os 33,2 do carro de fábrica.
Na frenagem, nosso i30 se saiu melhor em uma das passagens e pior nas outras: foram necessários 15 metros para alcançar a imobilidade, vindo a 60 km/h, enquanto o carro de teste fez a mesma prova em 16,6 metros. Nas demais frenagens, partindo de 80 e 120 km/h, o i30 da Hyundai se saiu melhor que o nosso.
No ruído, o carro de Longa Duração confirmou o silêncio já notado no modelo. Quase que o decibelímetro não capta o ruído do i30 em ponto-morto, pois a menor escala do equipamento é de 34 decibéis. O nosso mexeu apenas meio decibel acima dessa marca. Na rotação máxima, marcou 67 decibéis. No consumo, nos testes, foi melhor que em nossa média mensal: fez 10,1 km/l no ensaio urbano e 12,4 km/l no teste rodoviário. Agora, que venham os 60 000 km.
Principais ocorrências
2489 km: primeira troca de óleo
3750 km: primeiro teste
Consumo
No mês (24,6% na cidade): Gasolina – 10,6 km/l
Desde dez/09 (33,1% na cidade): Gasolina – 9,9 km/l