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Ford EcoSport 4×2 x Ford EcoSport 4×4

Testamos o novo EcoSport com tração nas quatro rodas e motor 2.0 e o comparamos com o irmão 4x2

Por Péricles Malheiros | foto: Christian Castanho
Atualizado em 19 mar 2024, 16h18 - Publicado em 5 fev 2013, 16h28
comparativos

A família da nova geração do EcoSport é novidadeira. O catálogo já contava com oito opções, multiplicadas em versões com motor 1.6 e 2.0, câmbio manual de cinco e seis marchas e automatizado de dupla embreagem e quatro níveis de acabamento (S, SE, FreeStyle 4×2 e Titanium). Achou muito? Pois saiba que a partir de janeiro mais uma versão chega às concessionárias: a FreeStyle 2.0 manual 4WD, com tração 4×4. Por aqui, quem a recebe é justamente aquela que será sua maior rival, a FreeStyle 2.0 4×2. Para deixar o encontro ainda mais interessante, levamos ambas para a terra, terreno que elas terão de encarar, mais cedo ou mais tarde.

A partir da nova geração, a versão 4WD passa a se basear no acabamento FreeStyle – até o modelo 2012, ela era conhecida apenas como 4WD. Iguais em conteúdo, os EcoSport FreeStyle 2.0 4×2 e 4×4 começam a travar a batalha pela preferência do consumidor antes de pisar a terra, já na tabela de preços: eles custam, respectivamente, 62490 e 66 090 reais.

Idênticos em conteúdo – ar-condicionado, direção elétrica, ABS, airbag duplo, som completo e controles de tração e estabilidade são de série -, os Eco FreeStyle guardam poucas diferenças técnicas entre si. O novo 4×4, assim como o da antiga geração, tem um sistema de suspensão traseira mais refinado, do tipo multilink, enquanto o 4×2 conta com um conjunto convencional, com eixo de torção. No uso, o sistema do 4×4 é um pouco mais rápido na comunicação com o piloto, mas isso só fica mais perceptível durante uma tocada mais agressiva, tanto no asfalto como fora dele. Porém, convenhamos, apesar do motor 2.0 de 147/141 cv de potência, o Eco é indicado preferencialmente para uma condução mais contemplativa e menos esportiva. Em termos de curso (compressão e extensão de molas e amortecedores), não há diferença significativa entre o 4×2 e o 4×4.

Cavando a própria cova

A ativação do 4×4 ocorre por meio de uma tecla no console central, abaixo dos comandos do ar-condicionado. Nessa condição, confirmada por uma luz no painel, a transmissão distribui o envio da força entre os eixos dianteiro e traseiro. Utilitários off-road mais radicais contam com sistemas capazes de repartir o torque entre as rodas. Mas, como a proposta do Eco – mesmo na versão 4WD – não é enfrentar trilhas selvagens, o conjunto, baseado no que equipa o Ford Escape nos Estados Unidos, é mais que suficiente. Selecionamos uma ladeira de terra seca e lá fomos nós com o 4×2 – e nada. Fizemos uma segunda tentativa, pegando embalo, e o máximo que conseguimos foi avançar 1 metro a mais. Depois, desativamos o controle de tração pelo computador de bordo, pegamos mais embalo e não fomos além além de um avanço de mais meio metro. Mesmo “pendulando” suavemente o volante para a direita e para a esquerda, a roda que girava em falso acabou cavando um buraco. Aquele era o ponto máximo que o Eco 4×2 atingiria na rampa. Passamos para o 4WD (com a tração integral e os controles de estabilidade e tração ativados) e logo na primeira tentativa chegamos ao topo da inclinada rampa coberta de terra seca e solta. De volta à base da ladeira, desligamos os controles de estabilidade e tração para ver se a dosagem exagerada do acelerador iria se sobrepor à eficiência do 4×4. Para nossa (grata) surpresa, o que mudou foi o tempo necessário para vencer o obstáculo. Mas é preciso ressaltar: com todos os dispositivos ativados, a direção foi muito mais tranquila e segura. Estava ali uma típica situação em que o 4×4 fazia toda a diferença.

A transposição de obstáculos é favorecida pelos bons ângulos de entrada (25,5 graus) e saída (31,5 graus). Durante o teste, o defletor de borracha na parte inferior do para-choque dianteiro dos Eco raspou algumas vezes na terra, mas sua flexibilidade permitiu que chegasse ao fim do comparativo íntegro. A direção com auxílio elétrico é bastante leve e facilita a vida do piloto nos casos em que é preciso esterçar o volante para um lado e para o outro, entre ré e primeira marcha, para vencer um obstáculo.

Acionados em estradas de terra pouco irregulares ou mesmo ruas de paralelepípedos, os vidros têm o movimento cessado pelo sistema antiesmagamento, que se ativa quando a janela encontra alguma resistência. Isso incomoda quando ocorre em dias de chuva ou ao se aproximar de outro veículo em estradas poeirentas. Em locais de poeira fina, aliás, convém providenciar proteção extra para a bagagem, pois havia vestígio de pó no porta-malas dos dois modelos avaliados. A invasão ocorre pela guarnição da tampa traseira.

No fim das contas, o confronto deixa claro que a definição de qual EcoSport é o correto para você passa pela visualização prévia dos tipos de obstáculo que pretende enfrentar. Se as escapadas de fim de semana incluem apenas subidas suaves e sem trechos que façam com que uma das rodas fique constantemente sem contato com o solo – e dirigir na terra em dias de chuva está fora de cogitação -, economize seu dinheiro e fique com o Eco de tração 4×2. Agora, se você não abre mão de ir com a família e amigos para o sítio, chova ou faça sol, não hesite: vá de 4×4. Só nessa versão você garante que vai chegar lá.

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E AÍ, QUAL É A SUA?

O trecho de terra que
você pretende encarar tem ladeiras com forte inclinação?

Subidas com superfície de baixa aderência (areia, lama, pedra ou terra fofa) são o tipo de obstáculo incompatível com a maioria
dos carros de tração dianteira.
Se estiver carregado, pior ainda.

Com que frequência você sai do asfalto para encarar a terra, durante um ano?

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Se você respondeu duas ou três vezes, talvez seja o caso de pensar em “rachar” o aluguel de um SUV 4×4. a diária de um Tucson, por exemplo, sai por cerca de 280 reais.

Você quer um 4×4 para trilha pesada, com travessia de riachos e grandes atoleiros?

O eco, mesmo com 4WD, é um SUV urbano que também faz bonito na terra. Mas vá com calma: saltos ornamentais, resgate de caminhão atolado e mergulho em riachos são tarefas árduas demais para ele.

OS RIVAIS EcoSport FreeStyle 4×2

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Para quem vai rodar mais na cidade. tem opções com motor 1.6 (59 990 reais) e 2.0 (62 490 reais).

Duster Dynamique 4×4

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Segue uma receita gêmea do Eco 4WD: motor 2.0, multilink na traseira e câmbio de seis marchas. Preço: 62 050 reais.

VEREDICTO

O encontro dos Eco 4×2 e
4×4 na terra deixou evidente a eficiência do sistema de tração integral. Apesar disso, o 4×2, mais barato, também não faz feio em trilhas leves. Antever o nível de radicalidade a ser enfrentado é essencial para fazer a compra certa.

>> Confira a Ficha Técnica dos carros

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